Localização | |
---|---|
|
|
Unidade federativa | Ceará |
Mesorregião | Noroeste CearenseIBGE/2008 [1] |
Microrregião | Litoral de Camocim e Acaraú IBGE/2008 [1] |
Municípios limítrofes | Norte – Oceano Atlântico;
Sul – Granja; Leste – Jijoca de Jericoacoara e Bela Cruz; Oeste – Barroquinha |
Distância até a capital | 347 km |
Características geográficas | |
Área | 1 123,937 km² [2] |
População | 60 163 hab. IBGE/2010[3] |
Densidade | 53,53 hab./km² |
Altitude | 8 m |
Clima | Tropical |
Fuso horário | UTC−3 |
Indicadores | |
IDH | 0,629 médio PNUD/2000 [4] |
PIB | R$ 238 819,958 mil IBGE/2008[5] |
PIB per capita | R$ 3 928,99 IBGE/2008[5] |
Índice |
Etimologia
O topônimo camocim, cambucy, camucym ou camotim vem do Tupi Guarani e poder siginificar:- buraco para enterrar defunto ou pote(vaso em geral), segundo Silveira Bueno;
- a urna funerária dos indígenas, também chamada de igaçaba;
- louça em geral segundo Gonçalves Dias.
Sua denominação original era Barra do Camocim e desde 1879, Camocim.[6]
É costume os moradores desta cidade serem chamados de coró (peixe abundante na região), assim como os moradores da cidade de Granja são conhecidos como cangati.
História
A área na qual Camocim localiza-se é um território de uma rica história de intercâmbio e conflítos entre os povos indígenas nativos e os europeus, tais como os franceses, holandeses, ingleses e portugueses. Os franceses já negociavam, o chamado escambo, com os povos nativos dessa região antes mesmos das primeiras expedições portuguesas,[7].Os primeiros habitantes foram os indigenas de várias etnias, tais como os Tremembé,[8][9], Tabajara, Jurema, Jenipaboaçu, Cambida,[10].
Os portugueses chegaram nestas bandas, a partir da segunda metade do Século XVI, com diversos intuítos: um reconhecimento completo da região a partir de Tutóia no Maranhão aos limites finais entre Ceará e Rio Grande do Norte ou como base de apoio para a ocupação do litoral, bem como base de apoio para confrontos militares com os franceses que ocupavam o Maranhão. Deste momento histórico existem várias cartas topográficas datadas dos séculos XVII[8], que já descrevem a barra do rio Camorim, que foi catografada com o nome de Rio da Cruz[8]. Em 1604, Pero Coelho de Souza, passou nestas bandas com rumo a Ibiapaba e as batalhas contra os nativos que apoiaram os franceses e contas o franceses estabelecidos na região entre o Camocim e o Maranhão.
Depois da segunda metade do século XVII, depois da saídas dos neerlandeses do Brasil, os jesuítas tinham o Camocim como porto e porta de entrada para a Ibiapaba. Dessa época surgiu ainda por parte dos portugueses o projeto de construir o Forte em Camocim com a intenção de proteger os assentamentos portugueses dos ataques dos índios e impedir que outros povos europeus fizessem escambo com os nativos indígenas, porém este projeto não foi adiante. A região do Camocim era o centro de apoio para as ações militares e religiosas por parte dos portugueses.
A Barra do Camocim como núcleo urbano vai consolida-se com a traferêcia da Missão de da Tabainha. Um empreendimento do padre Ascenço Gago, com o intuíto de aldaiar os Tremembé e outra etnias.
A partir de 1792, chegam a Barra do Camocim, famílias oriundas de Tutoia, as quais inplementaram a agricultura e pecuária na região. Em 1868, foi criado o distrito policial e desta forma Camocim consolida-se como núcleo urbano.[6]
E o que vai definitivamente consolidar Camocim como centro urbano e econômico é a construção da Estrada de Ferro de Sobral-Camocim a partir de 1879[11] e do porto.
Geografia
Clima
Tropical quente sub-úmido com pluviometria média de 1.350 mm [12] com chuvas concentradas de janeiro à abril.[13] O vento è muito forte de julho atè janeiro, normalmente entre os 25-35 knts.Hidrografia e recursos hídricos
As principais fontes de água são: Baía de Camocim, Lago Grande, do Boqueirão, da Moréia, Lagoa Cangalha e Inhanduba, Córrego da Forquilha, Rio Coreaú, Trindade, P. Maceió, Imburava. Embora alguns desconheçam as praias da Tatajuba, do Guriú, dos Remédios e do Xavier são pertencentes ao município de Camocim e não ao município de Jijoca de Jericoacoara como muitos pensam pelo fato de terem localização geográfica próxima e também por Jericoacoara ter um fluxo de turistas intenso, que acabam fazendo também esta rota.Relevo e solos
Região costeira(Areias Quartzosas Álicas, Areias Quartzosas Distróficas, Areias Quartzosas Eutróficas,Areias Quartzosas Marinhas Distróficas, Podzólico Vermelho Amarelo Eutrófico) formada de dunas. Não possui grandes elevações.Vegetação
A boa parte do território é coberto pela caatinga arbustiva aberta e densa, mais ao interior, e por tabuleiros costeiros, bem como por cajueiros e zona de coquerais mais próximos ao litoral. Apresenta também regiões de caatinga arbustiva e mangue próximo à foz dos rios: Coreaú, São Mateus, do Meio, da Fortuna, Inhanduba, Pesqueiro, Palmeira e dos Remédios.Subdivisão
O município tem 5 distritos: Camocim(sede),Amarelas e Guriú, MororoEconomia
As bases da economia do município são extração de sal marinho e a pesca, complementadas pela cultura de caju, arroz sequeiro, mandioca e feijão. Pecuária: bovino, suíno e avícolo.(Subsistência) Indústrias: Democrata Calçados, oriunda da cidade de Franca-SP.Cultura
Os principais eventos são:- Festa do Bom Jesus dos Navegantes - Padroeiro (novembro),
- Carnaval (fevereiro),
- Festival de Violeiros (abril),
- Festival de Quadrilhas (junho),
- Procissão Marítima de São Pedro (29 de junho),
- Festival de Música (julho),
- Festa da Lagosta e escolha da Rainha da Lagosta (julho),
- Aniversário de Camocim (setembro),
- Festa do Município (setembro),
- Regata de Canoa (setembro),
- Festa de São Francisco (outubro)
- Festa e novenas do Bom Jesus dos Navegantes - Padroeiro (novembro)
- Regata Ecológica de Tatajuba (novembro),
- Festa do Caju.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
EXPRESSE O SEU PENSAMENTO AQUI.