Visando
aumentar a competitividade brasileira, a Secretaria de Assuntos
Estratégicos da Presidência da República vai propor em março uma série
de medidas para elevar a entrada de mão de obra estrangeira qualificada
no País, de acordo com informações da edição deste domingo do jornal Folha de S. Paulo.
Segundo indica Ricardo Paes de Barros, secretário de Ações
Estratégicas da SAE, entre as propostas em estudo está o fim da
exigência de contrato de trabalho para conceder visto para
profissionais altamente qualificados, como, por exemplo, um estrangeiro
com doutorado em engenharia no MIT (Instituto de Tecnologia de
Massachusetts), que poderia emigrar para o Brasil sem um contrato de
trabalho fechado e prospectar empregos.
Outra
proposta é permitir que estudantes de faculdades conceituadas do
exterior façam "summer job" (estágio de férias) em empresas brasileiras,
como meio de atrair essa mão de obra. As propostas pretendem, ainda,
flexibilizar regras ao estrangeiro que muda de emprego ou cargo no
Brasil. "Hoje, um estrangeiro contratado pela Vale para trabalhar no
Rio precisa refazer todo o processo no Ministério do Trabalho se for
trabalhar na Vale no Espírito Santo, por exemplo, ou se for promovido
pela mesma empresa", afirma Paes de Barros, que também defende que
cônjuges e filhos de imigrantes estrangeiros qualificados tenham
permissão para trabalhar no Brasil. Atualmente, 0,3% da população
brasileira é de imigrantes. Segundo dados do Censo, o número de
estrangeiros no país encolheu na última década, de 683 mil em 2000 para
593 mil em 2010. E 43% deles têm mais de 60 anos. No mundo, a média de
imigrantes na população é 3%; na América Latina, fora o Brasil, fica
em 1,5%; nos EUA, em 15%.
Terra
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