Queijos estão entre os alimentos que podem provocar os sintomas da intolerância à lactose
Foto: Agencia RBS
Antes
disponível apenas no exterior, o exame genético para diagnóstico da
intolerância à lactose — problema que afeta cerca de 40% da população
brasileira — entrou no mercado nacional nesta semana. Realizado apenas
com a coleta de saliva por meio de uma haste plástica, ele é uma boa
alternativa ao desagradável exame convencional. Nesse método, copos de
leite ou lactose concentrada são ingeridos, o que gera efeitos
desagradáveis nas pessoas afetadas pelo problema.
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O novo exame, além de preciso, pois avalia o DNA do paciente, não é
invasivo. E a coleta é tão simples que pode ser realizada em casa —
diz o patologista clínico Armando Fonseca, diretor-médico do
laboratório DLE.
Pessoas
que sofrem de intolerância à lactose sentem desconfortos que vão de
enjôo leve, cólicas e gases até fortes dores abdominais. Os sintomas
ocorrem quando leite e seus derivados — como creme de leite, queijo,
manteiga, requeijão, iogurtes e outros — são consumidos.
Essa
intolerância ocorre em virtude da falta ou insuficiência de produção da
enzima lactase no intestino delgado, fundamental para digerir a
lactose.
—
O ser humano, na condição de mamífero, nasce produzindo lactase e perde
progressivamente a capacidade de quebra da lactose, logo após os
primeiros anos de vida — diz Fonseca.
O distúrbio
afeta, em maior ou menor grau, cerca de 40% da população brasileira.
Estima-se que 25% da população européia sofra com esse tipo de
intolerância. A população asiática é ainda mais sensível: praticamente
todos apresentam intolerância à lactose.
—
Caso apresente sintomas como gases, dores, distensão e cólicas
abdominais, náuseas, vômitos, diarréia ou constipação, além de sinais
de má digestão após o consumo de leite ou derivados, desconfie da
intolerância à lactose — alerta Fonseca.
Não
há cura para a doença. Por isso, a prevenção é outra ferramenta
importante para minimizar o distúrbio. O ideal é que os portadores da
intolerância evitem produtos com leite in natura ou seus derivados,
preferindo produtos lácteos modificados industrialmente para reduzir o
teor de lactose ou, em alguns casos mais raros, cortem definitivamente
da dieta este grupo de alimentos.
VIDA E SAÚDE DO CLICRBS
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