CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

sábado, 21 de novembro de 2015

A GLOBO É VOCÊ QUEM FAZ

‘Jornal Nacional’: emissora é acusada de alienar o povo 

(Reprodução)

Circula pelas redes sociais a seguinte notícia: “The New York Times detona a Globo: ‘TV Que Ilude o Brasil’”. É de uma profunda desonestidade intelectual, mas, vindo de onde veio, não chega a ser surpresa.
E não: eu não ganho para falar bem da Globo, do SBT, da Record, da Bandeirantes, do Netflix ou para paparicar fã-clubes. Quem paga esta coluna é o Yahoo! Brasil. É um blog sobre análise de TV – e o método aqui empregado é o de um apreciador de futebol que assiste a uma partida sem torcer para nenhum dos times. Ou seja, é mais fácil ver os erros e 
apreciar as boas jogadas de ambos os lados. Dito isto, vamos aos fatos:
Primeiramente não foi o ‘The New York Times’ que detonou a Globo, mas 
uma colunista brasileira cuja coluna é reproduzida no jornal. Digamos que 
eu escreva um texto dizendo que ‘The Voice Brasil’ é uma porcaria. 
Ninguém poderá sair por aí estampando: “Yahoo! detona ‘The Voice’”, porque
 a opinião é minha. Assim como a opinião da colunista não é a mesma do ‘New 
York Times’. Todos nós – ela, eu e outros colunistas – assinamos termos nos 
responsabilizando pelo o que escrevemos.
Em segundo lugar, a coluna em si. Li a dita cuja. Começa com a colunista
 assumindo que não tem o costume de ver TV e que tirou uma terça-feira para
 assistir à Globo e fazer uma análise. Mesmo assim, informou ela, pulou
 a parte da tarde, pois considerou que a programação era repetitiva (filmes e 
reprises de novelas).
É curioso ver a avaliação de alguém que não costuma ver televisão. Há um
 certo olhar mais apurado sobre fatos, frases e comportamentos que nós, 
espectadores assíduos, às vezes deixamos passar. Por outro lado, há o risco
 de se ter uma análise equivocada devido a um fator: o analista em questão
 simplesmente não está habituado a assistir à televisão.
No caso da análise sobre a Globo, praticamente tudo observado pela colunista
 pode ser aplicado às outras emissoras: as análises superficiais nos telejornais,
 os clichês nas novelas, a demasiada atenção às notícias que, segundo ela, 
são menores (como as informações sobre o trânsito pela manhã). O problema é
 que a Globo, por ser a maior emissora do país, é responsabilizada por uma 
lavagem cerebral que leva a população brasileira à suprema alienação. É
 quase como dizer que a emissora carioca seria a grande culpada pelas mazelas
 sociais do Brasil.
É um raciocínio que se finge de complexo, mas no fundo é bem simplista.
 Imputar à Globo tal responsabilidade é cômodo. Elejamos um inimigo e pronto. 
Sejamos sinceros: se 
a Globo saísse do ar o país melhoraria? Restaria o que, então, na TV aberta? 
Novelas bíblicas, realities e programas policiais? Não sei você, mas meu 
conceito de melhoria não passa por aí.

Curiosamente, ontem, o programa ‘Profissão Repórter’ teve como tema a invasão
 das escolas estaduais em São Paulo. Trata-se de um movimento civil, 
tocado por alunos que se rebelaram contra as novas diretrizes ditadas pela
 Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. No programa, os repórteres 
entraram nas escolas ocupadas, onde conversaram com alunos, professores
 e até dormiram em algumas delas. Em nenhum momento tomaram posição 
a favor do Estado ou amenizaram as críticas dos alunos ao novo plano. Foi 
uma boa e esclarecedora cobertura jornalística. 



BLOG TELA PLANA DO YAHOO

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