Unir exercício físico e dieta balanceada contribui para prevenir
transtornos psíquicos e emocionais, apontam psiquiatras
Foto: Felipe Carneiro / Agencia RBS
Priorizar uma alimentação saudável e fazerexercícios físicos regularmente representam inúmeras vantagens para o corpo e reduzem o aparecimento de diversas doenças. Mas estudos recentes apontam que manter um estilo de vidasaudável também é importante para a saúde cerebral. Esse foi um dos temas abordados durante a 33ª edição do Congresso Brasileiro de Psiquiatria (CBP), que ocorreu na semana passada em Florianópolis.
A presidente da Sociedade de Pesquisa Internacional em Psiquiatria Nutricional, Felice Jacka, afirma que o tema da psiquiatria nutricional ganhou foco a partir de 2009 e que pesquisas em diversos países conseguiram
comprovar a relação entre alimentação saudável e prevenção de transtornos
mentais como depressão:
— Nos últimos três anos, muitos cientistas publicaram estudos sobre isso e
— Nos últimos três anos, muitos cientistas publicaram estudos sobre isso e
o resultado é o mesmo: a dieta saudável previne, ao mesmo tempo que a
não saudável é um fator de risco para os distúrbios mentais.
Importância da atividade aeróbica com frequência
Ela defende que consumir alimentos pobres em nutrientes pode levar à
Importância da atividade aeróbica com frequência
Ela defende que consumir alimentos pobres em nutrientes pode levar à
deficiência de antioxidantes e fibras, o que representa um impacto
negativo sobre o nosso sistema imunológico e flora intestinal, que estão
diretamente relacionados à depressão.
— Uma dieta rica em gorduras saturadas e açúcares refinados tem um impacto
— Uma dieta rica em gorduras saturadas e açúcares refinados tem um impacto
negativo nas proteínas chamadas neurotrofinas, que são importantes
contra a depressão, pois protegem o cérebro contra o estresse oxidativo e
promovem o crescimento de novas células cerebrais — explica a especialista.
Além disso, a atividade física auxilia na prevenção e no tratamento contra
Além disso, a atividade física auxilia na prevenção e no tratamento contra
a depressão e outros transtornos. Mas o coordenador do Centro de
Estudos de Alzheimer da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ),
Jerson Laks, que estuda os reflexos do assunto em idosos, ressalta que é
importante fazer atividade física, principalmente aeróbica, pelo menos três
vezes por semana ou um total de 150 minutos.
— Existem muitos hormônios que são de neurogênese, de criação de novas
— Existem muitos hormônios que são de neurogênese, de criação de novas
ligações e da manutenção da atividade neuronal, que melhoram quando você
faz exercício físico. Então se você nunca fez exercícios, nunca é tarde para
começar a fazer — reforça.
Conforme Laks, a atividade física regular diminui o risco de Alzheimer em
Conforme Laks, a atividade física regular diminui o risco de Alzheimer em
idosos em 45% e outras demências em 25%. Além disso, aliada a
KARINE WENZEL / O SOL DIÁRIO
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