Segundo estudos preliminares, objeto descoberto tem entre 500 e mil quilômetros de extensão e se move em órbita que fica entre 5,7 bilhões e 14,6 bilhões de quilômetros do Sol
O objeto foi catalogado com o nome de V774104 e, segundo estudos iniciais, teria entre 500 e mil quilômetros de extensão. Agora os cientistas terão que rastrear o planeta anão durante um ano para descobrir qual é a forma e o tamanho de sua órbita em torno do Sol.
Órbitas esquisitas
O objeto até então considerado mais distante era o planeta anão Eris. Esse corpo
A descoberta do objeto mais distante do Sistema Solar foi anunciada no 47º Encontro Anual da Sociedade Americana de
Astronomia - Divisão para Ciências Planetárias, que está ocorrendo perto de
Washington. A equipe responsável pela descoberta é liderada por Scott
Sheppard, da Instituição Carnegie para Ciência, e Chad Trujillo, do Observatório
Gemini no Havaí. "Não conseguimos explicar as órbitas desses objetos a partir
do que sabemos sobre o Sistema Solar", disse Sheppard à revista especializada
Science.
O objeto até então considerado mais distante era o planeta anão Eris. Esse corpo
celeste, que tem uma lua chamada Dysnomia, se move em uma órbita que fica
entre 5,7 bilhões e 14,6 bilhões de quilômetros do Sol.
Para compreender um pouco melhor esses números: a Terra está a 149 milhões
Para compreender um pouco melhor esses números: a Terra está a 149 milhões
de quilômetros do Sol e até mesmo o mais distante planeta maior, Netuno, a 4,5
bilhões de quilômetros de distância, parece mais próximo quando comparado a
essas descobertas.
Mas a grande questão é se o V774104 caminha em sua órbita para
dentro do local onde está atualmente, como Eris, ou para fora, como os objetos
conhecidos como 2012 VP113 e Sedna. Esses dois corpos estão ligeiramente
mais próximos da parte mais interna do Sistema Solar do que Eris, mas as
análises de suas órbitas mostram que eles vão alcançar grandes distâncias no
espaço, chegando a 66 bilhões e 140 bilhões de quilômetros respectivamente.
Modelos que explicam a formação do Sistema Solar sugerem que objetos
assim provavelmente não foram criados com essas órbitas esquisitas. Uma
explicação para isso é que esses objetos sofreram perturbações gravitacionais
devido à passagem de um planeta (provavelmente um que foi expulso de nosso
Sistema Solar logo no começo de sua história) e foram puxados para suas
trajetórias atuais.
Alguns cientistas até especulam que estes objetos podem ter sido "roubados"
de uma estrela que se formou a partir do mesmo "berçário" de onde saiu o Sol,
há 4,6 bilhões de anos.
Nasa / BBC BRASIL / I G
Nasa / BBC BRASIL / I G
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