CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

terça-feira, 30 de julho de 2024

Explica-nos a parábola do joio!" 37 Jesus respondeu: "Aquele que semeia a boa semente é o Filho do Homem.

 


Naquele tempo, 36 Jesus deixou as multidões e foi para casa. Seus discípulos aproximaram-se dele e disseram: "Explica-nos a parábola do joio!" 37 Jesus respondeu: "Aquele que semeia a boa semente é o Filho do Homem. 38 O campo é o mundo. A boa semente são os que pertencem ao Reino. O joio são os que pertencem ao Maligno. 39 O inimigo que semeou o joio é o diabo. A colheita é o fim dos tempos. Os ceifadores são os anjos. 40 Como o joio é recolhido e queimado ao fogo, assim também acontecerá no fim dos tempos: 41 o Filho do Homem enviará os seus anjos e eles retirarão do seu Reino todos os que fazem outros pecar e os que praticam o mal; 42 e depois os lançarão na fornalha de fogo. Ali haverá choro e ranger de dentes. 43Então os justos brilharão como o sol no Reino de seu Pai. Quem tem ouvidos, ouça".

— Palavra da Salvação.

Reflexão

A clareza dos ensinamentos de Jesus pertence aos Seus discípulos. Jesus mesmo é o que semeia a boa semente, que são os filhos do Reino; o campo é o mundo; o joio são os filhos do maligno; o adversário é o diabo; a colheita é o fim do mundo; os ceifeiros são os anjos. Na verdade, o texto trata de uma questão não somente escatológica, dando ênfase não à semeadura, mas à colheita, mas também a realidade mesma da comunidade cristã. Por isso, contradiz a impaciência messiânica dos seguidores de Jesus, afastando a ideia de uma comunidade de “puros”, desligados da realidade do mundo. Os discípulos devem ter os olhos fixos na justiça de Deus, mesmo habitando em um campo envolvido também com as injustiças. Não pertence a eles fazer justiça de qualquer jeito, procurando imediatamente eliminar os inimigos. Essa seria uma forma de conservação do farisaísmo, uma expressão clara de hipocrisia, uma vez que todos somos pecadores. Além disso, seria uma tremenda traição tanto aos ensinamentos quanto a prática do próprio Jesus. A eles não cabe a colheita, mas tão somente a semeadura.

Duas atitudes marcam esse texto: a atitude do inimigo em provocar a destruição do trigo e a atitude do agricultor em conservar até mesmo o joio, a fim de que não se perca nenhum pé de trigo. Além disso, é possível ser observada a paciência do agricultor. Sua preocupação é com o futuro, isto é, com a colheita, sem perder nenhum dos Seus. Por outro lado, sinaliza também para a sorte dos que vivem na inimizade com Deus. Alguém pode até afirmar uma espécie de misericordismo do Senhor, mas nada justifica uma vida aparentemente livre na contramão da fé, na adversidade, numa experiência contumaz de pecado, e, ainda, ser acolhido como “bem-vindo” ao Reino de Deus. O futuro glorioso depende, principalmente da iniciativa de Deus, esse é o ponto de partida, mas também da resposta consciente de cada um ao Seu chamado e ao Seu plano de salvação. 

A comunidade cristã se desenvolve no meio de um mundo onde muitos adversários do Senhor também o habitam. A Igreja não tem como existir no mundo separada de tudo. Não é possível compreender uma história com clareza total entre o bem e o mal e nem os separar absolutamente nas instituições e pessoas enquanto agem num campo de batalha. A separação final dar-se-á no futuro, no juízo final. Até mesmo dentro de cada um existe uma verdadeira luta do que é bom contra as coisas que só atrapalham uma vida de santidade. É necessário se manter vivo na batalha, sabendo que, na medida em que se vai colocando diante de Deus, obedecendo Sua vontade e se formando na Palavra de Salvação, fortalece-se a própria vida e tende, por força da graça de Deus, à vitória. Cada um e a própria comunidade não podem adormecer na fé e no bem. Que os discípulos sejam patrocinadores do bem, sejam motivadores da vida e da vivência na verdade, sejam sempre portadores da salvação, justamente o contrário dos que são representados pelo joio, que fazem os outros pecar, praticando o mal. O resultado final é que, para os discípulos, reserva-se à comunhão com Deus, mas para os inimigos, a condenação eterna.


Jesus left the crowds and went into the house. His disciples came to him and said, "Explain to us the parable of the weeds."


 At that time, 36 Jesus left the crowds and went into the house. His disciples came to him and said, "Explain to us the parable of the weeds." 37 Jesus answered, "The one who sows the good seed is the Son of Man. 38 The field is the world. The good seed are those who belong to the kingdom. The weeds are those who belong to the evil one. 39 The enemy who sowed the weeds is the devil. The harvest is the end of the age. The reapers are the angels. 40 Just as the weeds are gathered and burned in the fire, so it will be at the end of the age. 41 The Son of Man will send out his angels, and they will gather out of his kingdom all sinners and all who do evil. 42 They will throw them into the furnace of fire. There will be weeping and gnashing of teeth. 43 Then the righteous will shine like the sun in the kingdom of their Father. Whoever has ears, let them hear."

— The Word of the Savior. Reflection The clarity of Jesus' teachings belongs to His disciples. Jesus Himself is the one who sows the good seed, which are the children of the Kingdom; the field is the world; the weeds are the children of the evil one; the adversary is the devil; the harvest is the end of the world; the reapers are the angels. In fact, the text deals with an issue that is not only eschatological, emphasizing not sowing but harvesting, but also the very reality of the Christian community. Therefore, it contradicts the messianic impatience of Jesus' followers, pushing aside the idea of ​​a community of "pure" people, disconnected from the reality of the world. The disciples must have their eyes fixed on the justice of God, even though they live in a field also involved in injustice. It is not up to them to do justice in any way, immediately seeking to eliminate their enemies. This would be a form of preserving Pharisaism, a clear expression of hypocrisy, since we are all sinners. Furthermore, it would be a tremendous betrayal of both the teachings and the practice of Jesus Himself. They are not responsible for the harvest, but only for the sowing. Two attitudes mark this text: the enemy's attitude in causing the destruction of the wheat and the farmer's attitude in preserving even the weeds, so that not a single stalk of wheat is lost. In addition, it is possible to observe the farmer's patience. His concern is with the future, that is, with the harvest, without losing any of His people. On the other hand, it also points to the fate of those who live in enmity with God. One can even affirm a kind of mercy from the Lord, but nothing justifies an apparently free life that goes against the faith, in adversity, in a persistent experience of sin, and yet is welcomed as “welcome” to the Kingdom of God. The glorious future depends mainly on God's initiative, that is the starting point, but also on each person's conscious response to His call and His plan of salvation. The Christian community develops in the midst of a world where many adversaries of the Lord also live. The Church cannot exist in the world apart from everything else. It is not possible to understand a story with total clarity between good and evil, nor to separate them absolutely in institutions and people while they act on a battlefield. The final separation will occur in the future, at the final judgment. Even within each person there is a true struggle between what is good and what only hinders a life of holiness. It is necessary to stay alive in the battle, knowing that, as one places oneself before God, obeying His will and forming oneself in the Word of Salvation, one's own life is strengthened and tends, by the power of God's grace, to victory. Each person and the community itself cannot fall asleep in faith and goodness. May the disciples be sponsors of goodness, may they be motivators of life and living in truth, may they always be bearers of salvation, precisely the opposite of those represented by the weeds, who make others sin by practicing evil. The end result is that, for the disciples, communion with God is reserved, but for the enemies, eternal damnation. A strong and affectionate hug.

segunda-feira, 29 de julho de 2024

Jesus, quanto à Marta, não nega o fato de sua dedicação ao trabalho, mas procura mostrar-lhe a existência de um grande perigo: ela, estando preocupada e agitada por muitas coisas


 Jesus, quanto à Marta, não nega o fato de sua dedicação ao trabalho, mas procura mostrar-lhe a existência de um grande perigo: ela, estando preocupada e agitada por muitas coisas, certamente não encontrará tempo para ser uma verdadeira discípula e, como faziam os fariseus, envolvidos com tantos minuciosos mandamentos, já não sabiam qual era realmente o necessário. Marta já não se encontra nem encontra o seu Senhor, mesmo sabendo de sua importância e amizade. Mas não basta saber, é preciso viver. Em Jo 11,19-27, quando Marta toma conhecimento da chegada de Jesus, quatro dias depois da morte de Lázaro, vai ao encontro DELE, pois Jesus estava a uma certa distância, e fala-LHE com frases de efeito do farisaísmo, como: “o que pedires a Deus, ele te concederá” e “eu sei que ele ressuscitará na ressurreição, no último dia”. Os fariseus acreditavam na ressurreição. Também é verdade que Marta tinha muita confiança em Jesus: “Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido”. Essa frase, colocada nos lábios de Marta, manifesta algo mais em Jesus. Por que Lázaro não teria morrido? O próprio Jesus responde: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá jamais. Crês isto?” A resposta de Jesus revela a necessidade de aprofundamento na fé de Marta. Ela realmente necessitava desse ensinamento novo, precisava mergulhar mais profundamente no mistério Jesus Cristo, o Messias verdadeiro. Marta certamente deu o grande passo, indo além do afeto por Jesus para total reconhecimento do seu Senhorio. Sem deixar de ser uma grande amiga, tornou-se uma excelente discípula.

4. Quanto à Maria, ela encontrou o necessário. Se bem que o grande risco é não desenvolver, por outro lado, a dimensão missionária da fé, ou mesmo não querer mais fazer outras atividades, tornando-se um parasita da fé, quando não é isso que Jesus deseja. Maria se apresenta como o autêntico discípulo que, antes de qualquer atividade, de qualquer obrigação, primeiro se senta para escutar o Senhor, para aprender com Ele. Diferentemente de Marta, quando Maria vai ao encontro de Jesus, não questiona nada, apenas ajoelha-se e o acolhe, sinal de quem já vivia como discípula. O importante é que Marta e Maria, uma mais cedo e outra mais tarde, tornaram-se discípulas autênticas, modelos para toda a Igreja. Marta descobriu que Jesus é tudo. Na verdade, para o discípulo só Jesus Cristo é necessário. É a partir de Cristo, que o discípulo desempenhará suas atividades no mundo. Toda ação missionária brota de um verdadeiro encontro com Cristo, de uma profunda amizade com Ele e de uma autêntica vida voltada para Ele. Qualquer coisa que comprometa essa intimidade deve ser profligada, isto é, lançada por terra.


Jesus, as for Martha, does not deny the fact of her dedication to work, but seeks to show her the existence of a great danger: she, being worried and agitated by many things

 


Jesus, as for Martha, does not deny the fact of her dedication to work, but seeks to show her the existence of a great danger: she, being worried and agitated by many things, will certainly not find time to be a true disciple and, like the Pharisees, involved with so many minute commandments, no longer know what was really necessary. Martha no longer finds herself or her Lord, even though she knows of his importance and friendship. But it is not enough to know, it is necessary to live. In John 11:19-27, when Martha learns of the arrival of Jesus, four days after the death of Lazarus, she goes to meet HIM, since Jesus was some distance away, and speaks to HIM with catchphrases of Pharisaism, such as: “whatever you ask of God, he will give you” and “I know that he will rise again in the resurrection, on the last day”. The Pharisees believed in the resurrection. It is also true that Martha had great confidence in Jesus: “Lord, if you had been here, my brother would not have died”. This phrase, placed on Martha’s lips, reveals something else in Jesus. Why wouldn’t Lazarus have died? Jesus himself answers: “I am the resurrection and the life. Whoever believes in me, even though he dies, will live. And whoever lives and believes in me will never die. Do you believe this?” Jesus’ answer reveals Martha’s need to deepen her faith. She really needed this new teaching, she needed to delve deeper into the mystery of Jesus Christ, the true Messiah. Martha certainly took the big step, going beyond affection for Jesus to full recognition of his Lordship. While still being a great friend, she became an excellent disciple.

4. As for Mary, she found what was necessary. Although the great risk is not developing, on the other hand, the missionary dimension of faith, or even not wanting to do other activities, becoming a parasite of faith, when that is not what Jesus wants. Mary presents herself as the authentic disciple who, before any activity, any obligation, first sits down to listen to the Lord, to learn from Him. Unlike Martha, when Mary goes to meet Jesus, she does not question anything, she simply kneels and welcomes Him, a sign of someone who already lives as a disciple. The important thing is that Martha and Mary, one sooner and the other later, became authentic disciples, models for the entire Church. Martha discovered that Jesus is everything. In fact, for the disciple, only Jesus Christ is necessary. It is from Christ that the disciple will carry out his activities in the world. All missionary action springs from a true encounter with Christ, from a deep friendship with Him and from an authentic life focused on Him. Anything that compromises this intimacy must be profligate, that is, thrown to the ground. A strong and affectionate hug.

Jesus entrou num povoado, e certa mulher, de nome Marta, recebeu-o em sua casa. 39 Sua irmã, chamada Maria, sentou-se aos pés do Senhor, e escutava a sua palavra.

 


Lc 10,38-42. Segunda-feira da 17ª Semana do TC, 29 de julho de 2024. Santos Lázaro, Maria e Marta.

Evangelho

Naquele tempo, 38 Jesus entrou num povoado, e certa mulher, de nome Marta, recebeu-o em sua casa. 39 Sua irmã, chamada Maria, sentou-se aos pés do Senhor, e escutava a sua palavra. 40 Marta, porém, estava ocupada com muitos afazeres. Ela aproximou-se e disse: "Senhor, não te importas que minha irmã me deixe sozinha, com todo o serviço? Manda que ela me venha ajudar!" 41 O Senhor, porém, lhe respondeu: "Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada por muitas coisas. 42Porém, uma só coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte e esta não lhe será tirada".


— Palavra da Salvação.

Reflexão

1. Esse texto não quer, em seu sentido primeiro, falar de hospitalidade nem de vida contemplativa e ativa dos consagrados. Se bem que é possível refletir pessoalmente sobre esses temas. Alguém pode pensar no valor da hospitalidade a partir do gesto de Marta e na ação missionária ou mesmo no trabalho. Outro pode explorar o fato da oração contemplativa, ficando a sós com Jesus. Tudo isso é válido, faz bem e edifica. Talvez alguém medite sobre o fato de que Marta pode indicar a dimensão exterior da vida do discípulo, enquanto Maria, a vida interior. Maria representa o silêncio do aprendizado, enquanto Marta, a proclamação evangelizadora. O fato é que Lc, sem afirmar em que lugar se deu esse momento, estando voltado para a teologia do “caminho de Jesus para Jerusalém”, apenas coloca uma situação de elevada importância para dizer a quem deseja se aproximar de Jesus que o verdadeiro discípulo é aquele que, antes de tudo, acolhe o Senhor, escuta-o com a totalidade de seu ser e o manifesta em sua vida.

2. Marta e Maria são amigas de Jesus. A partir delas, Lc quer nos mostrar como deve ser o discípulo de Jesus. Mas antes, uns dados importantes. Analisemos os verbos e expressões com relação à Marta: recebeu-o, estava ocupada, não te importas, deixe-me sozinha, manda que ela venha me ajudar. Marta, de fato recebeu Jesus na sua casa, mas dá a impressão de que ela gostaria de que Ele e Maria se voltassem para ela. É como se seus afazeres fossem mais importantes. Na verdade, são importantes, mas não em absoluto. É como se Marta não fosse uma discípula ainda, pois estava voltada para ela mesma. As ocupações consumiam a atenção dela. Já os verbos com relação à Maria: sentar-se e escutar. A atenção de Maria era outra. Sua preocupação estava em ficar com Jesus, aprender dele, dar tempo a Ele em sua vida. O mais importante para ela, segundo o texto, era poder ouvir o Mestre. Aqui está a condição do discípulo. Um detalhe importante é que ela não reclamou de Marta a Jesus, um sinal de que ela estava em paz consigo mesma.

Jesus entered a village, and a woman named Martha welcomed him into her home. 39 Her sister, whose name was Mary, sat at the Lord's feet and listened to what he was saying.

  


Luke 10:38-42. Monday of the 17th Week of the TC, July 29, 2024. Saints Lazarus, Mary and Martha.

Gospel At that time, 38 Jesus entered a village, and a woman named Martha welcomed him into her home. 39 Her sister, whose name was Mary, sat at the Lord's feet and listened to what he was saying. 40 But Martha was busy with much work. She came to him and said, "Lord, don't you care that my sister has left me to do all the serving by myself? Tell her to come and help me." 41 But the Lord answered her, "Martha, Martha, you are worried and upset about many things. 42But one thing is necessary. Mary has chosen the better part, and it will not be taken away from her." —Word of Salvation. Reflection 1. This text does not intend, in its primary sense, to speak of hospitality or of the contemplative and active life of the consecrated. Although it is possible to reflect personally on these themes. Someone might think about the value of hospitality based on Martha's gesture and missionary action or even work. Another might explore the fact of contemplative prayer, being alone with Jesus. All of this is valid, good and edifying. Perhaps someone might meditate on the fact that Martha can indicate the external dimension of the disciple's life, while Mary, the interior life. Mary represents the silence of learning, while Martha, the evangelizing proclamation. The fact is that Luke, without stating where this moment occurred, focusing on the theology of “Jesus' journey to Jerusalem”, simply presents a situation of great importance to tell those who wish to approach Jesus that the true disciple is the one who, above all, welcomes the Lord, listens to him with the totality of his being and manifests him in his life. 2. Martha and Mary are friends of Jesus. Using these words, Luke wants to show us what a disciple of Jesus should be like. But first, some important information. Let us analyze the verbs and expressions related to Martha: she welcomed him, she was busy, you don’t care, leave me alone, tell her to come and help me. Martha did indeed welcome Jesus into her home, but it seems that she would like Him and Mary to focus on her. It is as if her tasks were more important. In fact, they are important, but not absolutely important. It is as if Martha was not yet a disciple, because she was focused on herself. Her occupations consumed her attention. The verbs related to Mary: to sit and listen. Mary’s attention was different. Her concern was to stay with Jesus, to learn from Him, to give Him time in her life. The most important thing for her, according to the text, was to be able to listen to the Master. Here is the condition of the disciple. An important detail is that she did not complain about Martha to Jesus, a sign that she was at peace with herself.

domingo, 28 de julho de 2024

Marta e seus irmãos, Maria e Lázaro, moravam em Betânia e eram amigos em cuja casa Jesus costumava se hospedar em suas viagens.

 Jesus entrou num povoado e uma mulher chamada Marta o acolheu em sua casa (Lc 10,38).


Marta e seus irmãos, Maria e Lázaro, moravam em Betânia e eram amigos em cuja casa Jesus costumava se hospedar em suas viagens. Certa vez, Marta o acolheu com solicitude, e ele a convidou a unir ao serviço da hospitalidade a escuta de sua palavra, como fizera Maria, sua irmã. Também Lázaro, depois de quatro dias sepultado, foi agraciado pelo Senhor, que o chamou novamente à vida. Aprendamos com a celebração desta memória a viver fraternalmente, lembrando a importância de dedicar tempo de qualidade a Jesus, o único Mestre de nossa vida.


Primeira Leitura: 1 João 4,7-16


Leitura da primeira carta de São João – 7Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus e todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece Deus. 8Quem não ama não chegou a conhecer Deus, pois Deus é amor. 9Foi assim que o amor de Deus se manifestou entre nós: Deus enviou o seu Filho único ao mundo, para que tenhamos vida por meio dele. 10Nisto consiste o amor: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi ele que nos amou e enviou o seu Filho como vítima de reparação pelos nossos pecados. 11Caríssimos, se Deus nos amou assim, nós também devemos amar-nos uns aos outros. 12Ninguém jamais viu a Deus. Se nos amamos uns aos outros, Deus permanece conosco e seu amor é plenamente realizado entre nós. 13A prova de que permanecemos com ele e ele conosco é que ele nos deu o seu Espírito. 14E nós vimos, e damos testemunho, que o Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo. 15Todo aquele que proclama que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece com ele e ele com Deus. 16E nós conhecemos o amor que Deus tem para conosco e acreditamos nele. Deus é amor: quem permanece no amor permanece com Deus, e Deus permanece com ele. – Palavra do Senhor.


Salmo Responsorial: 33(34)


Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo!


1. Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, / seu louvor estará sempre em minha boca. / Minha alma se gloria no Senhor; / que ouçam os humildes e se alegrem! – R.


2. Comigo engrandecei ao Senhor Deus, / exaltemos todos juntos o seu nome! / Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu / e de todos os temores me livrou. – R.


3. Contemplai a sua face e alegrai-vos, / e vosso rosto não se cubra de vergonha! / Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido, / e o Senhor o libertou de toda angústia. – R.


4. O anjo do Senhor vem acampar / ao redor dos que o temem e os salva. / Provai e vede quão suave é o Senhor! / Feliz o homem que tem nele o seu refúgio! – R.


5. Respeitai o Senhor Deus, seus santos todos, / porque nada faltará aos que o temem. / Os ricos empobrecem, passam fome, / mas aos que buscam o Senhor não falta nada. – R.


Evangelho: João 11,19-27


Aleluia, aleluia, aleluia.


Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue / não caminha entre as trevas, mas terá a luz da vida (Jo 8,12). – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, 19muitos judeus tinham vindo à casa de Marta e Maria para as consolar por causa do irmão. 20Quando Marta soube que Jesus tinha chegado, foi ao encontro dele. Maria ficou sentada em casa. 21Então Marta disse a Jesus: “Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido. 22Mas, mesmo assim, eu sei que o que pedires a Deus, ele to concederá”. 23Respondeu-lhe Jesus: “Teu irmão ressuscitará”. 24Disse Marta: “Eu sei que ele ressuscitará na ressurreição, no último dia”. 25Então Jesus disse: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá. 26E todo aquele que vive e crê em mim não morrerá jamais. Crês isto?” 27Respondeu ela: “Sim, Senhor, eu creio firmemente que tu és o Messias, o Filho de Deus, que devia vir ao mundo”. – Palavra da salvação.


Leitura opcional: Lucas 10,38-42.


Reflexão:

Hospitaleira e serviçal, adjetivos que se aplicam adequadamente a Marta, membro de uma família por quem Jesus tinha grande predileção: “Jesus amava Marta, a irmã dela [Maria] e Lázaro” (Jo 11,5). Mergulhada nos afazeres domésticos Marta recebeu do Mestre doce repreensão por agitar-se “com tantas coisas”, quando o certo era concentrar-se no essencial: a presença do ilustre hóspede. Quando morreu seu irmão, ela correu ao encontro de Jesus, expressando-lhe sentida queixa e manifestando, ao mesmo tempo, clara profissão de fé em seu poder: “Eu acredito que tu és o Cristo, o Filho de Deus” (v. 27). Uma semana antes da Páscoa, Jesus, uma vez mais, foi cordialmente recebido na casa de Marta, que lhe serviu o jantar. Foi quando Maria ungiu os pés de Jesus com precioso perfume (cf. Jo 12,1ss).

Jesus entered a village and a woman named Martha welcomed him into her home (Luke 10:38). Martha and her siblings, Mary and Lazarus, lived in Bethany and were friends whose home Jesus used to stay at on his travels.

 Jesus entered a village and a woman named Martha welcomed him into her home (Luke 10:38). Martha and her siblings, Mary and Lazarus, lived in Bethany and were friends whose home Jesus used to stay at on his travels. One time, Martha welcomed him with solicitude, and he invited her to join the service of hospitality in listening to his word, as his sister Mary had done. Lazarus, too, after being buried for four days, was graced by the Lord, who called him back to life. Let us learn from the celebration of this memorial to live fraternally, remembering the importance of dedicating quality time to Jesus, the only Master of our lives. First Reading: 1 John 4:7-16 Reading from the first letter of Saint John – 7Beloved, let us love one another, because love comes from God, and everyone who loves is born of God and knows God. 8Whoever does not love does not know God, for God is love. 9This is how God’s love was revealed among us: God sent his only Son into the world, so that we might have life through him. 10This is love: not that we loved God, but that he loved us and sent his Son as the atoning sacrifice for our sins. 11Beloved, if God so loved us, we also ought to love one another. 12No one has ever seen God. If we love one another, God abides in us, and his love is perfected in us. 13This is proof that we abide in him and he in us, because he has given us his Spirit. 14And we have seen and testify that the Father sent his Son as the Savior of the world. 15Whoever confesses that Jesus is the Son of God, God abides in him, and he in God. 16And we have known and believed the love that God has for us. God is love: whoever abides in love abides in God, and God abides in him. – The word of the Lord.

Responsorial Psalm: 33(34) I will bless the Lord God at all times! 1. I will bless the Lord God at all times, / his praise will always be in my mouth. / my soul makes its boast in the Lord; / let the humble hear and be glad! – R. 2. Magnify the Lord God with me, / let us extol his name together! / When I sought him, he heard me, / and delivered me from all my fears. – R. 3. Look to his face and be glad, / and let not your faces be ashamed! / This poor man cried out to God and was heard, / and the Lord delivered him from all his troubles. – R. 4. The angel of the Lord encamps / around those who fear him and saves them. / Taste and see that the Lord is good! / Blessed is the man who takes refuge in him! – R. 5. Fear the Lord, all his saints, / for those who fear him lack nothing. / The rich grow poor and go hungry, / but those who seek the Lord lack nothing. – R. Gospel: John 11:19-27 Alleluia, alleluia, alleluia. I am the light of the world; whoever follows me / will not walk in darkness, but will have the light of life (Jn 8:12). – R. Proclamation of the Gospel of Jesus Christ according to John – At that time, 19many Jews had come to the house of Martha and Mary to comfort them for their brother. 20When Martha heard that Jesus had come, she went to meet him, but Mary remained seated in the house. 21Then Martha said to Jesus, “Lord, if you had been here, my brother would not have died. 22But even so, I know that God will give you whatever you ask of him.” 23Jesus answered her, “Your brother will rise again.” 24Martha said, “I know that he will rise again in the resurrection on the last day.” 25Then Jesus said to her, “I am the resurrection and the life. Whoever believes in me, even though they die, will live. 26And whoever lives and believes in me will never die. Do you believe this?” 27She answered, “Yes, Lord; I believe that you are the Messiah, the Son of God, who was to come into the world.” – Word of salvation. Optional reading: Luke 10:38-42. Reflection: Hospitable and helpful, adjectives that apply appropriately to Martha, a member of a family for whom Jesus had great affection: “Jesus loved Martha, her sister [Mary] and Lazarus” (Jn 11:5). Immersed in her household chores, Martha received a gentle rebuke from the Master for being “concerned about so many things” when the right thing to do was to concentrate on the essential: the presence of the distinguished guest. When her brother died, she ran to meet Jesus, expressing her heartfelt complaint and, at the same time, making a clear profession of faith in his power: “I believe that you are the Christ, the Son of God” (v. 27). A week before Easter, Jesus was once again cordially welcomed into Martha’s house, where she served him dinner. It was then that Mary anointed Jesus’ feet with precious perfume (cf. Jn 12:1ff).