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Tradicionalmente, os quilombos eram das regiões de grande
concentração de escravos, afastados dos centros urbanos e em locais de
difícil acesso.[3] Embrenhados nas matas, selvas ou morros, esses núcleos se transformaram em aldeias,
dedicando-se à economia de subsistência e às vezes ao comércio, alguns
tendo mesmo prosperado. Existem registros de quilombos em todas as
regiões do país. Primeiramente um destaque especial ao estado de Alagoas, mais precisamente no interior do estado na cidade de União dos Palmares, que até hoje concentra o principal e maior quilombo que já existiu: o quilombo dos Palmares.[4] Segundo os registros existem quilombos nos seguintes estados brasileiros: Pernambuco, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro e São Paulo.
Os seus habitantes,[5] denominados de "quilombolas", eram originalmente agrupamentos de ex–escravos fugidos de seus senhores desde os primeiros tempos do período colonial. Em algumas épocas e locais, tentaram reproduzir a organização social africana,[6] inclusive com a escolha de reis tribais.
Quanto a violência praticada pelos quilombos e quilombolas, Luiz
Gonzaga da Fonseca, no seu livro "História de Oliveira", na página 37,
descreve o caos provocado no Caminho de Goiás, a Picada de Goiás, pelo quilombolas do Quilombo do Ambrósio, o principal quilombo de Minas Gerais:
"Não há dúvida que esta invasão negra fora provocada por aquele
escandalosa transitar pela picada, e que pegou a dar na vista demais. Goiás era uma Canaã.
Voltavam ricos os que tinham ido pobres. Iam e viam mares de
aventureiros. Passavam boiadas e tropas. Seguiam comboios de escravos.
Cargueiros intérminos, carregados de mercadorias, bugigangas, minçangas,
tapeçarias e sal. Diante disso, negros foragidos de senzalas e de
comboios em marcha, unidos a prófugos da justiça e mesmo a remanescentes
dos extintos cataguás, foram se homiziando em certos pontos da estrada
("Caminho de Goiás"
ou "Picada de Goiás"). Essas quadrilhas perigosas, sucursais dos
quilombolas do rio das mortes, assaltavam transeuntes e os deixavam
mortos no fundo dos boqueirões e perambeiras, depois de pilhar o que
conduziam. Roubavam tudo. Boidadas. Tropas. Dinheiro. Cargueiros de
mercadorias vindos da Corte (Rio de Janeiro). E até os próprios comboios
de escravos, mantando os comboeiros e libertando os negros trelados. E
com isto, era mais uma súcia de bandidos a engrossar a quadrilha. Em
terras oliveirenses açoitava-se grande parte dessa nação de “caiambolas
organizados” nas matas do Rio Grande e Rio das Mortes, de que já falamos. E do combate a essa praga é que vai surgir a colonização do território (de Oliveira (Minas Gerais) e região). Entre os mais perigosos bandos do Campo Grande, figuravam o quilombo do negro Ambrósio e o negro Canalho.[7]"FALE SOBRE:
1.QUILOMBO 2.SUA LOCALIZAÇÃO 3.REGISTROS OU HISTÓRIA 4.SEUS HABITANTES
5.AS ÉPOCAS 6.A VIOLÊNCIA 7.A INVASÃO NEGRA 8.QUADRILHAS 9.MERCADORIAS
10.RESUMO GERAL(NO OUTRO LADO DA FOLHA).
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