CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

PALAVRAS DE VIDA ETERNA - CHEGAMOS AOS 50 MIL ACESSOS



Evangelho 

 Liturgia da Quarta-Feira — 14.11.2012 Terço do Rosário: Mistérios Gloriosos (clique aqui...)

XXXII SEMANA DO TEMPO COMUM
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)
Antífona da entrada: Chegue até vós a minha súplica; inclinai vosso ouvido à minha prece (Sl 87,3).
Oração do dia
Deus de poder e misericórdia, afastai de nós todo obstáculo para que, inteiramente disponíveis, nos dediquemos ao vosso serviço. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Tito 3,1-7)
Leitura da carta de são Paulo a Tito.
3 1 Admoesta-os a que sejam submissos aos magistrados e às autoridades, sejam obedientes, estejam prontos para qualquer obra boa,
2 não falem mal dos outros, sejam pacíficos, afáveis e saibam dar provas de toda mansidão para com todos os homens.
3 Porque também nós outrora éramos insensatos, rebeldes, transviados, escravos de paixões de toda espécie, vivendo na malícia e na inveja, detestáveis, odiando-nos uns aos outros.
4 Mas um dia apareceu a bondade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com os homens.
5 E, não por causa de obras de justiça que tivéssemos praticado, mas unicamente em virtude de sua misericórdia, ele nos salvou mediante o batismo da regeneração e renovação, pelo Espírito Santo,
6 que nos foi concedido em profusão, por meio de Cristo, nosso Salvador,
7 para que a justificação obtida por sua graça nos torne, em esperança, herdeiros da vida eterna.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Salmo responsorial 22/23
O Senhor é o pastor que me conduz,
Não me falta coisa alguma.
O Senhor é o pastor que me conduz;
não me falta coisa alguma.
Pelos prados e campinas verdejantes
ele me leva a descansar.
Para as águas repousantes me encaminha,
e restaura as minhas forças.
Ele me guia no caminho mais seguro,
pela honra do seu nome.
Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso,
nenhum mal eu temerei.
Estais comigo com bastão e com cajado,
eles me dão a segurança!
Preparais à minha frente uma mesa,
bem à vista do inimigo;
com óleo vós ungis minha cabeça,
e o meu cálice transborda.
Felicidade e todo bem hão de seguir-me,
por toda a minha vida;
e na casa do Senhor habitarei
pelos tempos infinitos.
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Em tudo Dai graças, pois esta é a vontade de Deus para convosco, em Cristo o Senhor (1Ts 5,18),

Evangelho (Lucas 17,11-19)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!
17 11 Sempre em caminho para Jerusalém, Jesus passava pelos confins da Samaria e da Galiléia.
12 Ao entrar numa aldeia, vieram ao encontro de Jesus dez leprosos, que pararam ao longe e elevaram a voz, clamando:
13 "Jesus, Mestre, tem compaixão de nós!"
14 Jesus viu-os e disse-lhes: "Ide, mostrai-vos ao sacerdote". E quando eles iam andando, ficaram curados.
15 Um deles, vendo-se curado, voltou, glorificando a Deus em alta voz.
16 Prostrou-se aos pés de Jesus e lhe agradecia. E era um samaritano.
17 Jesus lhe disse: "Não ficaram curados todos os dez? Onde estão os outros nove?
18 Não se achou senão este estrangeiro que voltasse para agradecer a Deus?!"
19 E acrescentou: "Levanta-te e vai, tua fé te salvou".
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!
Sobre as oferendas
Lançai, ó Deus, sobre o nosso sacrifício um olhar de perdão e de paz, para que, celebrando a paixão do vosso Filho, possamos viver o seu mistério. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: O Senhor é o pastor que me conduz, não me falta coisa alguma. Pelos prados e campinas verdejantes ele me leva a descansar (Sl 22,1s).
Depois da comunhão
Fortificados por este alimento sagrado, nós vos damos graças, ó Deus, e imploramos a vossa clemência; fazei que perseverem na sinceridade do vosso amor aqueles que fortalecestes pela infusão do Espírito Santo. Por Cristo, nosso Senhor.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. A FÉ COR DE CINZA
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Às vezes entre os próprios cristãos há uma anedota de que, para a pessoa ser crente, tem que ser direita, séria, a Fé nesse caso é avaliada pelas atitudes, deixou de fumar, de beber, de levar uma vida devassa, dizem que a pessoa então, virou crente, e qualquer não participação da mesma, em algo que signifique diversão e descontração, lá vem alguém com a piadinha desrespeitosa: “ Esse aí virou crente”
Penso que ter uma nova atitude, a partir do momento em que se encontrou Jesus Salvador, e o proclama-se Senhor da nossa Vida e da nossa História, é válida e deve ser respeitada, principalmente em meio a uma sociedade marcada pelo ateísmo.
Essa Fé cor de cinza que eu quero aqui abordar, vai além dessas aparências que possam sinalizar uma vivência cristã na vida das pessoas. É exatamente a Fé daqueles nove leprosos que não voltaram, recebendo a crítica do evangelista Lucas nesse evangelho do 28º Domingo do Tempo Comum.
Provavelmente em nossas igrejas cristãs, nos sentiremos exortados por essa palavra, para que tenhamos sempre a atitude do Leproso que voltou para dar glória a Deus, pelo dom da sua cura. Certamente muitos pregadores irão dar enfoque à virtude da gratidão, dizendo que diante de Deus devemos ser gratos, no que não estão errados, no fundo a mensagem seria mesmo essa. Mas tenho como proposta fazer uma reflexão ainda mais profunda, válida para todos os que se declaram e se sentem cristãos: qual a diferença entre os nove que não voltaram, e aquele que voltou?
Até o momento em que encontraram Jesus, eles eram exatamente iguais, vítimas da mesma desgraça, a lepra, uma doença que acabava com a alegria de viver, porque o homem, longe do seu semelhante, isolado de seus irmãos, se transforma em um “Bicho Triste”. Banido da sociedade, da família e da comunidade.
O texto não fala que um suplicou mais do que o outro, ou que um gesticulou, ou ficou de cabeça baixa, ou que alguém entre eles, se ajoelhou, simplesmente pararam á distância e clamaram por misericórdia. Vendo-os Jesus disse “Ide mostrar-vos aos sacerdotes”. Até aqui, portanto, nenhuma diferença, tudo exatamente igual, mas aconteceu que enquanto caminhavam ficaram purificados....aqui começa a diferença de atitudes....e a Fé começa a ter uma cor.
Os dez se deram conta de que algo de extraordinário tinha acontecido com eles, a partir daquele momento não eram mais leprosos, poderiam voltar de imediato ao convívio dos familiares, dos amigos, e da comunidade, acabou-se a confinação, o isolamento, a vidinha triste do acampamento de Leprosário, se tinham esposas ou mães e pais, irmãos e irmãs, quem sabe alguma noiva, tudo havia agora se renovado, a vida recomeçava com um horizonte novo e promissor. A cura não era mais uma promessa, mas realidade palpável e concreta, pele limpa, mãos e rosto intacto e sem deformações monstruosas. Podiam comemorar e extravasar toda alegria presentes na alma e no coração.
Com certeza, os dez sentiram naquele momento toda essa euforia , entretanto, na comemoração, só um deles teve a ousadia de “extrapolar”, não havia como deixar fora desse clima de Festa, Aquele que realizara tal prodígio, seria impensável para ele, prosseguir o caminho sem antes festejar a cura com aquele que o havia curado, mas junto com a alegria também o sentimento de gratidão,Simplesmente porque acaba de ser curado. Não damos glória a Deus porque somos bons cristãos, praticantes da religião, cumpridores das obrigações cristãs, mas damos Glória a Deus, porque o seu Amor é grandioso e infinito, e em Jesus o Filho de Deus, já podemos sentir esse amor extremamente misericordioso.
Imagino que no caminho de volta esse homem fez a maior festa, cantando, dançando, dando murros no ar para extravasar a sua incontida alegria. A sua Fé tinha a cor da alegria, era uma Fé contagiante, marcada antes de tudo pelo encanto que começara a sentir pela pessoa de Jesus, por isso o Senhor irá lhe dizer “Vai, a tua Fé te salvou”. Os outros nove continuaram curados da lepra, mas este estrangeiro acabara de descobrir que somente Jesus, Salvador e Redentor consegue dar um sentido novo á nossa vida, somente ele é a razão de se viver.
Provavelmente procurou o Sacerdote, representante da Instituição, que iria apenas confirmar aquilo Jesus realizara em sua vida, o verdadeiro rito manifesta aquilo que é essencial, sinalizando o agir Divino.
Em todos os domingos, nós cristãos temos um encontro privilegiado com Jesus em nossas comunidades, sua palavra nos encanta e a Ceia Eucarística que é o seu Corpo e Sangue, passa a fazer parte do nosso Ser Existencial, O Mistério da Força da Eucaristia nos desinstala de nós mesmos, nos leva a buscar a comunhão com as pessoas que nos cercam e com quem convivemos na Comunidade, na Família e na Sociedade.
Qual a cor da Fé que manifestamos em nossas celebrações? Se for a do rito formal de uma liturgia “quadrada” que sufoca em nós a alegria de manifestar o amor de Deus, se for a de um formalismo religioso vivido em uma igreja das obrigatoriedades e preceitos, ela será sempre CINZA como a dos nove Leprosos, que preocupados com o aspecto legalista da relação com Deus, esqueceram ou não quiseram comemorar com Aquele que é a causa, a razão e o sentido desta Vida Nova que nos libertou da tristeza do pecado.
Fé que se fecha em nossas igrejas, não irradia alegria de ser amado, e não contagia as pessoas com quem convivemos, será sempre cor de CINZA, e nossas celebrações serão sempre enfadonhas, monótonas, não vemos a hora de acabar, para voltar ao Leprosário do nosso egoísmo, do mundinho religioso que inventamos, onde nada mais enxergamos além do próprio umbigo. Essa Fé não salva e nem cura ninguém, nem a nós mesmos...FONTE:NPDBRASIL

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