CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

PALAVRAS DE DEUS PARA QUINTA-FEIRA



Liturgia da Quinta-Feira — 06.09.2012

— Santo Eleutério
Santo Eleutério (nome de origem grega que significa "livre"), nos é conhecido pelosDiálogos de S. Gregório Magno. Eleutério viveu no Séc. VII, religioso, era abade do mosteiro de S. Marcos Evangelista junto aos muros de Espoleto, lugar onde viveu também S. Gregório Magno que, antes de tornar-se Papa, tinha a Santo Eleutério na condição de "Pai venerável".

Viveu em Roma muito tempo. Lá morreu também. Os seus discípulos contavam que ele, com a oração, tinha ressuscitado um morto. Era homem de enorme simplicidade e compunção. S. Gregório conta-nos o epísódio em que Santo Eleutério orou, juntamente com os outros irmãos do mosteiro, por uma criança que era atormentada pelo demônio. A criança foi liberta. Também o próprio S. Gregório narra em seus escritos as graças que alcançou para si, a partir da oração de intercessão de Santo Eleutério: "Mas eu pude experimentar pessoalmente a força da oração deste homem(...) Ouvindo a sua benção, o meu estômago recebeu tal força que esqueceu totalmente a alimentação e a doença. Fiquei pasmado: como tinha estado! Como estava agora!"

Santo Eleutério, rogai por nós!

XXII SEMANA DO TEMPO COMUM
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)
Antífona da entrada: Tende compaixão de mim, Senhor, clamo por vós o dia inteiro; Senhor, sois bom e clemente, cheio de misericórdia para aqueles que vos invocam (Sl 85,3.5).
Oração do dia
Deus do universo, fonte de todo bem, derramai em nossos corações o vosso amor e estreitai os laços que nos unem convosco para alimentar em nós o que é bom e guardar com solicitude o que nos destes. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (1 Coríntios 3,18-23)
Leitura da primeira carta de são Paulo aos Coríntios.
3 18 Ninguém se engane a si mesmo. Se alguém dentre vós se julga sábio à maneira deste mundo, faça-se louco para tornar-se sábio,
19 porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; pois (diz a Escritura) "Ele apanhará os sábios na sua própria astúcia".
20 E em outro lugar: "O Senhor conhece os pensamentos dos sábios, e ele sabe que são vãos".
21 Portanto, ninguém ponha sua glória nos homens. Tudo é vosso:
22 Paulo, Apolo, Cefas, o mundo, a vida, a morte, o presente e o futuro. Tudo é vosso!
23 Mas vós sois de Cristo, e Cristo é de Deus.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Salmo responsorial 23/24
Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra.
Ao Senhor pertence a terra e que ela encerra,
o mundo inteiro com os seres que o povoam;
porque ele a tornou firme sobre os mares
e, sobre as águas, a mantém inabalável.
"Quem subirá até o monte do Senhor,
quem ficará em sua santa habitação?"
"Quem tem mãos puras e inocentes coração,
quem não dirige sua mente para o crime.
Sobre este desce a bênção do Senhor
e a recompensa de seu Deus e salvador".
"É assim a geração dos que o procuram
e do Deus de Israel buscam a face".
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Vinde após mim, disse o Senhor, e eu ensinarei a pescar gente (Mt 4,19).

EVANGELHO (Lucas 5,1-11)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!
Naquele tempo, 5 1 estando Jesus um dia à margem do lago de Genesaré, o povo se comprimia em redor dele para ouvir a palavra de Deus.
2 Vendo duas barcas estacionadas à beira do lago, - pois os pescadores haviam descido delas para consertar as redes -,
3 subiu a uma das barcas que era de Simão e pediu-lhe que a afastasse um pouco da terra; e sentado, ensinava da barca o povo.
4 Quando acabou de falar, disse a Simão: "Faze-te ao largo, e lançai as vossas redes para pescar".
5 Simão respondeu-lhe: "Mestre, trabalhamos a noite inteira e nada apanhamos; mas por causa de tua palavra, lançarei a rede".
6 Feito isto, apanharam peixes em tanta quantidade, que a rede se lhes rompia.
7 Acenaram aos companheiros, que estavam na outra barca, para que viessem ajudar. Eles vieram e encheram ambas as barcas, de modo que quase iam ao fundo.
8 Vendo isso, Simão Pedro caiu aos pés de Jesus e exclamou: "Retira-te de mim, Senhor, porque sou um homem pecador".
9 É que tanto ele como seus companheiros estavam assombrados por causa da pesca que haviam feito.
10 O mesmo acontecera a Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram seus companheiros. Então Jesus disse a Simão: "Não temas; doravante serás pescador de homens".
11 E atracando as barcas à terra, deixaram tudo e o seguiram.
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!
Sobre as oferendas
Ó Deus, o sacrifício que vamos oferecer nos traga sempre a graça da salvação, e vosso poder leve à plenitude o que realizamos nesta liturgia. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Como é grande, ó Senhor, vossa bondade, que reservastes para aqueles que vos temem! (Sl 30,20)
Depois da comunhão
Restaurados à vossa mesa pelo pão da vida, nós vos pedimos, ó Deus, que este alimento da caridade fortifique os nossos corações e nos leve a vos servir em nossos irmãos e irmãs. Por Cristo, nosso Senhor.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. CHAMADOS PARA O DESAFIO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Não sei se os quatro primeiros discípulos, André, Pedro, Tiago e João, estavam de bom humor ao serem chamados por Jesus á margem do Lago de Genesaré, quando trabalhavam duramente limpando suas redes dos “enroscos” que haviam nelas, após uma noite de pescaria fracassada. É bom lembrar que tratava-se de um trabalho profissional e não de uma pescaria de lazer, como é uma prática mais perto da nossa realidade. A proposta de Jesus ao grupo de pescadores parecera descabida, ele pedia-lhes para que insistissem em uma tarefa, que não dera certo ao longo de uma jornada inteira de trabalho noturno, de um jeito diferente, jogando as redes onde ele fosse indicar.
Ora, que profissional aceitaria orientação de um estranho em seu trabalho? O horário era desfavorável, quem conhece o litoral sabe que os barcos pesqueiros trabalham à noite, e que de manhã é hora de contabilizar os ganhos com a descarga dos peixes na praia. A proposta vinha como um desafio e implicava em aceitar ou não a palavra de Jesus. Após terem aceitado, fizeram conforme o Senhor lhes ordenara e o resultado fora surpreendente: as redes não resistiram a quantidade de peixes apanhados, sendo necessário partilhar a tarefa com companheiros da outra barca.
Nas barcas de nossas comunidades o resultado do nosso trabalho nem sempre é o que esperamos, pois é preciso estarmos sempre preparados para o fracasso das “noites” em que as redes voltam vazias, com “coisas indesejadas” que somos obrigados a “limpar”, buscamos a santidade de uma vida em comunhão, na justiça, partilha e fraternidade e acabamos encontrando fofocas, intrigas, divisões, coisas que estão em nossa rede embora não façam parte da vida da comunidade, não as queremos, ninguém as deseja, mas elas estão lá, exigindo um trabalho de superação que requer muita paciência e compreensão. Quem já tirou enrosco de uma linha de pesca ou de uma rede, sabe que não é tarefa das mais fáceis. E de repente, em meio a essa tarefa somos chamados como os primeiros discípulos à “irmos mais fundo”, avançando para águas mais profundas. Será que o nosso papel na comunidade é só ficar consertando as coisas que não deram certo? Claro que não!
A missão primária da igreja não é a excessiva preocupação com si mesma, sua estrutura e seu funcionamento, mas sim em anunciar aos de fora o evangelho de Cristo. Por experiência própria e muitas vezes por puro comodismo, achamos que o trabalho proposto por Jesus não dará nenhum resultado e na maioria das vezes em que o nosso coração nos pede mais ousadia na missão, acabamos preferindo as águas sempre rasas da nossa comunidade, grupo, pastoral, movimento ou associação onde é sempre muito fácil falar de Jesus e do seu evangelho, pois todos gostam, aceitam e até aplaudem!
As pessoas vêm até nós e assim passamos o nosso tempo “pescando” no aquário, onde até causamos espanto e admiração, não pelo resultado do trabalho, mas apenas pela nossa performance e desempenho. Não foi para isso que Jesus chamou os discípulos e nem é para isso que o Senhor nos chamou. Ser missionário é sair do nosso “mundinho” conhecido e entrar na realidade das pessoas, lá onde elas estão e vivem: feiras livres, shoppings, grandes avenidas, condomínios residenciais de alto luxo, favelas e áreas verdes onde o medo do narcotráfico mata qualquer esperança, nos hospitais, presídios, asilos etc. E se acharmos que a tarefa é muito grande para as nossas modestas possibilidades, então podemos começar pelas nossas famílias e ambiente de trabalho.
O verdadeiro missionário vai sempre além de suas expectativas, do seu conhecimento, da sua bagagem e experiência, ele sabe que sempre há o risco de um fracasso, mas arrisca-se de maneira corajosa porque é o Senhor quem determina.  “... em atenção à sua palavra, vou lançar as redes”.
Quando assim o fazemos, acabamos nos surpreendendo com o resultado e rapidamente, como Pedro, descobriremos que não foram nossas aptidões, mas sim a graça de Deus que realizou a missão, dando os frutos em quantidade muito maior do que esperávamos. E ao tomarmos conhecimento de que a graça de Deus, derramada por Jesus Cristo, move-se e age mesmo em cima de nossas fraquezas e erros, somos tomados pelo medo de nos entregarmos totalmente a Deus.  Então aí só nos resta um caminho: confiar em Jesus e vivermos somente á luz da fé, na certeza de que doravante faremos não do nosso modo, mas do modo dele, mesmo que isso signifique ir contra a nossa lógica e razão.
Essa atitude requer uma ruptura até mesmo com aquilo que nos pareça ser essencial, os primeiros discípulos abandonaram na praia as redes e o barco e seguiram a Jesus, pois é impossível edificarmos o reino de Deus do nosso modo.
Pensemos em nossa vocação e nos perguntemos em que águas andamos “pescando”. A resposta irá exigir de nós uma atitude, a partir do evangelho.
FONTE:NPDBRASIL.

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