CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

domingo, 4 de agosto de 2024

Jesus mostra que não foi Moisés quem deu o pão do céu, mas Deus que, através de Moisés, alimentou a todo aquele povo no deserto.


 Jesus mostra que não foi Moisés quem deu o pão do céu, mas Deus que, através de Moisés, alimentou a todo aquele povo no deserto. Hoje, o mesmo Deus dá um novo Pão, o Pão do Céu, mas não um novo tipo de maná, algo material, passageiro; hoje Deus vos dá o próprio Filho como alimento, pois se trata do Pão que é uma Pessoa, a pessoa mesma de Jesus, que, diferentemente do maná, alimenta para a vida eterna, a verdadeira vida, a vida em plenitude. Jesus é o pão que se doa, “o pão que desceu do céu” (referência à encarnação), que é dado para a vida do mundo, é o pão que exige adesão total à sua pessoa.


5. Aquela multidão é capaz de entender Jesus como aquele que tem o poder de alimentar de modo gratuito, que tem amor e compaixão, e que, por isso mesmo, deve ser rei, pois continuará alimentando a todos, concedendo fartura ao mais pobres. Essa multidão continua na visão materialista do cotidiano, não importando tanto o dado da fé, da busca de Deus por Deus mesmo, mas sempre por causa de alguma coisa material. Hoje ainda é assim. Tantos rezam, pedem, esforçam-se e se desgastam somente pelas coisas perecíveis; fazem de sua existência uma contínua busca pelo superficial. Pior ainda, muitos se servem da fé para lucrar às custas dos mais despreparados, dos mais ignorantes quanto à fé e quanto à sua importância como pessoa. São iludidas as pessoas infantis na fé, aquelas que procuram sinais extraordinários, espetáculos, ilusionismos trapaceiros; também aquelas muito simples, sem muita profundidade, mas, estando à disposição de enganadores hábeis, se sucumbem nos seus desvarios. 


 6. Os sinais têm a sua importância, mas não devem ser acolhidos como absolutos. Não somos salvos por uma fé de sinais, mas por uma fé que sacia o coração e nos permite fazer de nós mesmos uma entrega total ao Reino de Deus. Daí porque é preciso não ficar preso ao maná do Antigo Testamento, mas, servindo-se dele como preparação e como sinal, chegar ao Pão da Nova Aliança; ser capaz de ir além do milagre e aderir ao que o realiza; não se apegar ao milagre, mas à Pessoa; desligar-se do pão em si e abraçar, definitivamente, Aquele que se fez Pão por vontade do Pai. Pois bem, a multidão tem fome desse pão, e, à semelhança da Samaritana, que gostaria da água viva, disse: “Senhor, dá-nos sempre desse pão”. Basta voltar-se absolutamente para Ele, colocando em prática a escuta da Palavra de Deus, vivendo exclusivamente da Fé NELE, alimentando-se DELE na Eucaristia e fazendo da própria vida um dom para os outros.

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