CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

sexta-feira, 9 de agosto de 2024

Naquele tempo, 24 Jesus disse aos discípulos: "Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. 25Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la. 26 De fato, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro mas perder a sua vida? O que poderá alguém dar em troca de sua vida? 27 Porque o Filho do Homem virá na glória do seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um de acordo com a sua conduta. 28Em verdade vos digo: Alguns daqueles que estão aqui não morrerão antes de verem o Filho do Homem vindo com o seu Reino". — Palavra da Salvação. Reflexão Num primeiro momento, Jesus seduziu aqueles que deveriam permanecer com Ele durante Sua caminhada na terra e para sempre. Multidões O seguiram por um certo tempo, mas não foram capazes de permanecer nas Suas exigências. Um grupo bem menor, quase que insignificante perante uma sociedade altamente organizada nos ditames de uma religiosidade tremendamente forte e de uma política desumana, resistiu a tudo e a todos para continuar do lado de um Jesus, denominado Messias, mas segundo a mentalidade messiânica do contexto deles. Jesus os atraia com Sua autoridade, milagres, cordialidade, segurança em Suas palavras, força contra o mal físico e espiritual e sobre a natureza. De fato, Jesus era diferenciado. Quem sonhava com o domínio messiânico, estava agora encantado por Aquele que poderia ser realmente o enviado para a libertação e construção da paz daquele povo. O mesmo termo “encanto” pode também ser empregado ao profeta Jeremias que se deixou seduzir por Deus: “Seduziste-me, e deixei-me seduzir, agarraste-me e me submeteste!” (Jr 20,7). O profeta acusa Deus de sedução e prepotência para com ele, mas, sem forças, não consegue resistir aos apelos do Senhor nem Sua Palavra. Tal entrega comporta sérias consequências. Jeremias teve uma missão envolvida na violência e opressão, mas não só isso, pois ele também fez do seu chamado uma proclamação das maravilhas da Palavra em sua vida. É verdade que ele sentiu medo e vontade de renunciar aquela vida de rejeição pela qual passava, mas foi, além de ousado, um homem de confiança total. A partir desse exemplo do profeta Jeremias, é possível ver na convivência de Jesus com Seus discípulos, que num primeiro instante era só encanto, enamoramento. E as consequências dessa intimidade? “Jesus começou a mostrar a seus discípulos que devia ir a Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos sumos sacerdotes e dos mestres da Lei, e que devia ser morto e ressuscitar no terceiro dia”. Ir a Jerusalém para construir o homem novo, livre das armadilhas dos poderosos deste mundo. Opõe-se ao homem novo aqueles que formavam o Sinédrio, envolvidos na lógica do poder. Por outro lado, Jesus se apresenta como um cordeiro. Mt enfatiza Jerusalém como o lugar da realização salvífica e coloca alguns pontos teologicamente importantes para se entender o verdadeiro Messias, sua missão, condição de vida, entendimento dos discípulos e exigências missionárias. Na base do texto está o anúncio da paixão de Jesus. Nos sinóticos, por cinco vezes aparece o anúncio da paixão do Senhor, alguns mais desenvolvidos e outros mais breves, por exemplo: Mc 8,31-33; 9,30-32; e 10,32-34 (anúncios mais desenvolvidos) e Mc 9,9; Mt 17,9, - no final da narrativa da transfiguração - bem como Mc 14,41; Mt 26,45 –- e Lc 9,44 (breves) – no contexto do Getsêmani. Quem se colocará como obstáculos na missão de Jesus? Os anciãos (aristocratas de Jerusalém, os guardiões da tradição e grandes latifundiários em Israel, os quais faziam parte também do Sinédrio: tribunal supremo. Além disso, representavam o dinheiro e formavam a base dos saduceus), os sumos sacerdotes (também aristocratas, nesse caso representando a casta sacerdotal, e eram, além disso, do partido dos saduceus) e os doutores da Lei (classe intelectual, sendo a maioria do partido dos fariseus, detentores do poder do saber segundo suas ideologias. Considerados como homens “donos” da verdade e de formadores da opinião pública – formam o poder judiciário). Além desses, todo aquele que se coloca a favor da mentalidade messiânica existente, isto é, o messianismo político, apresenta-se como um grave obstáculo a Jesus, como uma tentação a ser superada pelo Mestre. Combater essa mentalidade é uma necessidade, que trará graves consequências tanto para Jesus quanto para Seus discípulos.

 


Naquele tempo, 24 Jesus disse aos discípulos: "Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. 25Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la. 26 De fato, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro mas perder a sua vida? O que poderá alguém dar em troca de sua vida? 27 Porque o Filho do Homem virá na glória do seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um de acordo com a sua conduta. 28Em verdade vos digo: Alguns daqueles que estão aqui não morrerão antes de verem o Filho do Homem vindo com o seu Reino".


— Palavra da Salvação.



Reflexão



Num primeiro momento, Jesus seduziu aqueles que deveriam permanecer com Ele durante Sua caminhada na terra e para sempre. Multidões O seguiram por um certo tempo, mas não foram capazes de permanecer nas Suas exigências. Um grupo bem menor, quase que insignificante perante uma sociedade altamente organizada nos ditames de uma religiosidade tremendamente forte e de uma política desumana, resistiu a tudo e a todos para continuar do lado de um Jesus, denominado Messias, mas segundo a mentalidade messiânica do contexto deles. Jesus os atraia com Sua autoridade, milagres, cordialidade, segurança em Suas palavras, força contra o mal físico e espiritual e sobre a natureza. De fato, Jesus era diferenciado. Quem sonhava com o domínio messiânico, estava agora encantado por Aquele que poderia ser realmente o enviado para a libertação e construção da paz daquele povo. O mesmo termo “encanto” pode também ser empregado ao profeta Jeremias que se deixou seduzir por Deus: “Seduziste-me, e deixei-me seduzir, agarraste-me e me submeteste!” (Jr 20,7). O profeta acusa Deus de sedução e prepotência para com ele, mas, sem forças, não consegue resistir aos apelos do Senhor nem Sua Palavra. Tal entrega comporta sérias consequências. Jeremias teve uma missão envolvida na violência e opressão, mas não só isso, pois ele também fez do seu chamado uma proclamação das maravilhas da Palavra em sua vida. É verdade que ele sentiu medo e vontade de renunciar aquela vida de rejeição pela qual passava, mas foi, além de ousado, um homem de confiança total. A partir desse exemplo do profeta Jeremias, é possível ver na convivência de Jesus com Seus discípulos, que num primeiro instante era só encanto, enamoramento. E as consequências dessa intimidade?


 


“Jesus começou a mostrar a seus discípulos que devia ir a Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos sumos sacerdotes e dos mestres da Lei, e que devia ser morto e ressuscitar no terceiro dia”. Ir a Jerusalém para construir o homem novo, livre das armadilhas dos poderosos deste mundo. Opõe-se ao homem novo aqueles que formavam o Sinédrio, envolvidos na lógica do poder. Por outro lado, Jesus se apresenta como um cordeiro. Mt enfatiza Jerusalém como o lugar da realização salvífica e coloca alguns pontos teologicamente importantes para se entender o verdadeiro Messias, sua missão, condição de vida, entendimento dos discípulos e exigências missionárias. Na base do texto está o anúncio da paixão de Jesus. Nos sinóticos, por cinco vezes aparece o anúncio da paixão do Senhor, alguns mais desenvolvidos e outros mais breves, por exemplo: Mc 8,31-33; 9,30-32; e 10,32-34 (anúncios mais desenvolvidos) e Mc 9,9; Mt 17,9, - no final da narrativa da transfiguração - bem como Mc 14,41; Mt 26,45 –- e Lc 9,44 (breves) – no contexto do Getsêmani.


 


Quem se colocará como obstáculos na missão de Jesus? Os anciãos (aristocratas de Jerusalém, os guardiões da tradição e grandes latifundiários em Israel, os quais faziam parte também do Sinédrio: tribunal supremo. Além disso, representavam o dinheiro e formavam a base dos saduceus), os sumos sacerdotes (também aristocratas, nesse caso representando a casta sacerdotal, e eram, além disso, do partido dos saduceus) e os doutores da Lei (classe intelectual, sendo a maioria do partido dos fariseus, detentores do poder do saber segundo suas ideologias. Considerados como homens “donos” da verdade e de formadores da opinião pública – formam o poder judiciário). Além desses, todo aquele que se coloca a favor da mentalidade messiânica existente, isto é, o messianismo político, apresenta-se como um grave obstáculo a Jesus, como uma tentação a ser superada pelo Mestre. Combater essa mentalidade é uma necessidade, que trará graves consequências tanto para Jesus quanto para Seus discípulos.


 

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