CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

terça-feira, 6 de agosto de 2024

Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, e os levou sozinhos a um lugar à parte sobre uma alta montanha.

 


Naquele tempo, 2 Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, e os levou sozinhos a um lugar à parte sobre uma alta montanha. E transfigurou-se diante deles. 3 Suas roupas ficaram brilhantes e tão brancas como nenhuma lavadeira sobre a terra poderia alvejar. 4 Apareceram-lhe Elias e Moisés, e estavam conversando com Jesus. 5 Então Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: "Mestre, é bom ficarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias". 6 Pedro não sabia o que dizer, pois estavam todos com muito medo. 7 Então desceu uma nuvem e os encobriu com sua sombra. E da nuvem saiu uma voz: "Este é o meu Filho amado. Escutai o que ele diz!" 8 E, de repente, olhando em volta, não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus com eles. 9 Ao descerem da montanha, Jesus ordenou que não contassem a ninguém o que tinham visto, até que o Filho do Homem tivesse ressuscitado dos mortos. 10 Eles observaram esta ordem, mas comentavam entre si, o que queria dizer "ressuscitar dos mortos". 


— Palavra da Salvação.



Reflexão



1. Quando nos deparamos com o texto da transfiguração do Senhor, vislumbramos uma altíssima teologia revelativa da verdade sobre Jesus Cristo, Sua missão e condição e o futuro para todos aqueles que se fizerem discípulos DELE. Em poucas palavras, o autor mostra quem é Jesus, o que LHE sucederá, a importância DELE para a Igreja e para o mundo e Sua vitória sobre o medo, a desconfiança, a tristeza e a fraqueza que assombram Seus discípulos.



2. Uma primeira informação é a de que se trata de algo acontecido "seis dias depois" daquele encontro em Cesaréia de Filipe onde Pedro, por inspiração divina afirmou que Jesus "é o Cristo, o Filho do Deus vivo" e, em seguida, movido pela expectativa messiânica dominante de um messias político, instigado pelo Diabo, protagonizou o primeiro anúncio da Paixão do Senhor; momento Difícil para Pedro e para os demais apóstolos, pela dureza da resposta de Jesus na defesa contra a investida de Pedro ao ser contrariado naquilo que determinava sua visão messiânica. Estava claro que os apóstolos ainda não estavam totalmente conscientes da realidade de Jesus em si mesmo e daquilo que Ele iria sofrer para conquistar a redenção humana. Pois bem, no Monte Tabor ou, talvez, segundo alguns estudiosos, o Monte Hermon (2750m), Jesus se transfigura diante do núcleo duro dos seus discípulos: Pedro, Tiago e João, os assim chamados colunas da Igreja (Gl 2,5). 



3. Outra informação importante é quanto as vestes. “Suas roupas ficaram brilhantes e tão brancas como nenhuma lavadeira sobre a terra poderia alvejar”. Aqui está um sinal claro da ressurreição. A morte não será o fim! Essa é uma demonstração de consolo, confiança e incentivo para os discípulos, que estavam apavorados, com medo. Cristo já havia dito antes que os líderes do Sinédrio o matariam, mas Ele ressuscitaria no Terceiro Dia (cf. Mt 16,21; Mc 8,31; Lc 9,22). Também fala, com referência ao Templo, que destruido, seria reconstruido em três dias (cf. Jo 2,19). Essas vestes tão alvas também revelam o sofrimento pelo qual Ele haveria de passar, justamente porque tal brancura se manifesta depois de muito sofrimento na lavagem das roupas, sacudidas nas pedras, em alguns casos pisadas até chegarem à limpeza desejada. Pois bem, para se alcançar a ressurreição é preciso não temer passar por rejeições, humilhações, cusparadas, pancadas, etc., e, para além disso, em casos específicos, literalmente enfrentar a cruz até a morte. 


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