CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

domingo, 4 de agosto de 2024

Naquele tempo, quando a multidão viu que Jesus não estava ali, nem os seus discípulos, subiram às barcas e foram à procura de Jesus, em Cafarnaum.


 Naquele tempo, 24 quando a multidão viu que Jesus não estava ali, nem os seus discípulos, subiram às barcas e foram à procura de Jesus, em Cafarnaum. 25 Quando o encontraram no outro lado do mar, perguntaram-lhe: "Rabi, quando chegaste aqui?' 26 Jesus respondeu: "Em verdade, em verdade, eu vos digo: estais me procurando não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e ficastes satisfeitos. 27 Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará. Pois este é quem o Pai marcou com seu selo". 28 Então perguntaram: "Que devemos fazer para realizar as obras de Deus?" 29 Jesus respondeu: "A obra de Deus é que acrediteis naquele que ele enviou". 30 Eles perguntaram: "Que sinal realizas, para que possamos ver e crer em ti? Que obra fazes? 31 Nossos pais comeram o maná no deserto, como está na Escritura: 'Pão do céu deu-lhes a comer'". 32 Jesus respondeu: "Em verdade, em verdade vos digo, não foi Moisés quem vos deu o pão que veio do céu. É meu Pai que vos dá o verdadeiro pão do céu. 33 Pois o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo". 34 Então pediram: "Senhor, dá-nos sempre desse pão". 35 Jesus lhes disse: "Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede".


— Palavra da Salvação.



Reflexão



1. A multidão corre atrás de Jesus, vai ao Seu encontro onde Ele se encontra, não teme nem mesmo os perigos das águas, nem a fome, nem os perigos dos ventos e das trevas. Eles encontraram em Jesus o sentido maior, alguém diferente, uma pessoa que os olhava com sinceridade e respeito, amor e compaixão, alguém capaz de governá-los com dignidade, talvez fosse o melhor e mais importante rei da história de Israel. Na mente deles, Jesus deveria ser, definitivamente, o seu rei. Certamente, conforme o texto, eles não estavam preocupados com o sinal, mas como o alimento, com a situação econômica que pesava sobre eles, pois sofriam debaixo da opressão política de Roma, da exploração religiosa de Israel e do desumano sistema econômico. Jesus, por Seu lado, não confirma essa forma de pensar daquele povo, mesmo amando-o do fundo do coração, porque a busca pelo material se encerra nela mesma. Jesus os quer na direção da vida eterna, na busca de Deus antes de qualquer coisa, do verdadeiro alimento, que alimente para a verdadeira vida, a Vida de Deus, a vida com Ele, a vida dada por Ele. Interessante que o verbo utilizado é muito forte: “esforçai-vos” para ter esse novo alimento. Urge sair da “tirania do ventre”, de uma realidade escravizadora, de uma “inteligência do estômago” para a inteligência da Palavra de Deus.


 


2. O povo não entendeu bem o que Jesus queria dizer. Ainda pensava conforme a lógica judaica da salvação pelas obras da lei, quando perguntaram: “Que devemos fazer para realizar as obras de Deus?”. Jesus não lhes nega a importância das obras, mas é necessário sair da lógica da prática caritativa para agradar a Deus e abraçar definitivamente a fé NELE, no Filho de Deus. É necessário crer absolutamente no Filho de Deus, crer sem reservas em Jesus Cristo, enviado do Pai, para salvar a todos. A obra mais importante, portanto, é aderir totalmente ao Enviado do Pai, a Jesus Cristo. A partir dessa adesão, praticar não as obras da lei, mas as obras da fé. Essa exigência de Jesus é tanto para o povo de modo geral, quanto para os discípulos, que também devem entender os sinais e não se apegarem as obras simplesmente. Devem, na verdade, abandonar a lógica tanto de Israel quanto do mundo, e abraçarem a lógica de Cristo de ser não o rei político de Israel, mas a razão de suas vidas e a condição única de comunhão com Deus aqui na vida eterna.


 


3. Podemos ver o quanto é importante aqui a preocupação do evangelista em assinalar uma verdadeira mudança na forma de se pensar a fé a partir de Jesus Cristo. Se de um lado os judeus estão apegados às obras da Lei e visualizações de sinais, de um outro, Jesus ensina que é necessário ultrapassar essa forma de pensar e interpretar a Palavra de Deus, vendo os sinais como sinais e, portanto, indicativos de algo mais importante como, por exemplo, a Sua Pessoa ali presente, Ele que é o enviado do Pai, feito Pão vivo, o verdadeiro Maná, vindo realmente do Céu, alimento da Vida Nova. E ainda, ter uma fé como adesão total à Sua Pessoa, capaz de suplantar um tipo de fé que se realiza numa espécie de prestação de contas e não de envolvimento total da pessoa a Deus.


 

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