CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

quarta-feira, 13 de março de 2024

Além destas classificações


 Além destas classificações, que são as mais conhecidas, temos outras formas de se classificar um bem: a) tangíveis e intangíveis – os tangíveis (o que se pode tocar), também conhecidos  64 como corpóreos, podem ser as máquinas e equipamentos, por exemplo. Os intangíveis (que não possuem uma forma identificável) são conhecidos como incorpóreos, podendo ser citadas como exemplos as patentes e direitos autorais; b) fungíveis e infungíveis - os bens podem ser classificados por sua fungibilidade, ou seja, bens que podem ser fundidos, ou misturados com outros, mas que não perdem sua característica inicial. Os bens fungíveis são aqueles que podem ser substituídos por outros sem que haja nenhuma mudança, pois são da mesma natureza. Exemplo: commodities, soja, trigo etc. Bens infungíveis são considerados itens únicos, raros que não podem ser substituídos de nenhuma forma, como exemplo um manuscrito original de um autor, o quadro original da Monalisa de Leonardo da Vinci; c) divisíveis e indivisíveis – além das classificações, os bens ainda podem ser conhecidos pela sua divisibilidade. Quando o bem é divisível significa que pode ser particionado sem que as partes percam suas características iniciais. Como exemplo, temos os terrenos, determinados lotes de mercadorias. Já os classificados como indivisíveis são os que perdem sua característica ao se separar, suas partes isoladas não podem ser caracterizadas como o mesmo bem. Como exemplo, podemos citar um automóvel; d) bens de capital e bens de consumo - estas classificações são usualmente encontradas na administração, contabilidade e economia como bens de capital, que são os bens que a empresa utiliza para produzir novos produtos ou serviços e bens de consumo que são destinados ao consumo final. Os bens de consumo são ainda classificados como bens de consumo duráveis, quando um produto tem a durabilidade superior a um ano ou superior a um ano fiscal como, por exemplo, os automóveis, televisores, entre outros. E também podem ser bens de consumo não duráveis, quando seu tempo de durabilidade não ultrapassa um período fiscal ou um ano. Gestão ou Administração Patrimonial Saber detalhadamente das especificações dos bens será um recurso necessário para gerenciar o patrimônio. A gestão patrimonial nada mais é do que uma sequência de atividades iniciada com uma aquisição e finalizada com um bem retirado do Patrimônio da Organização. Durante esta trajetória são adotados vários processos físicos e contábeis que correspondem ao gerenciamento patrimonial. Sua função principal é garantir a preservação e segurança de um bem durante sua vida útil. A administração patrimonial possui algumas terminologias especificas para seu funcionamento, utilizadas principalmente nas entidades públicas em todas as esferas. As terminologias mais comuns são: Alienação Modalidade de transferência do direito de propriedade dos bens pertencentes à organização através da venda, cessão, permuta ou doação a terceiros; Incorporação Caracteriza-se como a inclusão de um bem no acervo patrimonial do Poder Judiciário, bem como a adição do seu valor à conta do ativo imobilizado. Para lançar um bem no seu ativo, devem ser utilizados os seguintes dados: nota fiscal; nota de empenho; manual e prospecto de fabricante, para material adquirido; certificado, termo ou documento de doação ou cessão, para quadros e obras de arte; comprovante de doação ou cessão, para os demais bens; termo ou documento comprovante de permuta de bens; guia de produção interna, para os bens gerados por produção interna,  65 com estimativa de custo de produção ou valor de avaliação. Movimentação Física Quando um bem necessita ser transferido para outro setor da empresa, para outra filial ou mesmo outro negócio, é obrigatório registrar essa movimentação física do bem para a correta organização do inventário. Redistribuição Quando a instituição possui um depósito dos bens e estes são encaminhados para os setores que necessitam do item. Tombamento É a identificação e o registro de um material permanente no Registro Geral de Patrimônio, protegendo-o com um regime jurídico especifico de acordo com sua função social. Tombamento é o processo de inclusão (entrada) de um bem permanente no sistema de controle patrimonial na unidade gestora e, em alguns casos, no seu balanço contábil. Isso significa dizer que o bem que entra no acervo da instituição, apresentará igualmente um aporte de recursos no balanço patrimonial. Por interferir no balanço patrimonial, essa operação é atribuição exclusiva do responsável pelo controle patrimonial da Unidade. O tombamento deve ser realizado sempre no momento em que o bem entra fisicamente na instituição e envolve desde o lançamento dos bens no Sistema Patrimonial até a assinatura e arquivamento dos Termos de Responsabilidade. A modalidade do tombamento é escolhida conforme a documentação referente ao bem permanente, que indica a fonte de recursos e a origem física do bem. Carga Patrimonial Termo muito comum nas instituições públicas, carga patrimonial são todos os bens patrimoniais sob responsabilidade de um servidor também chamado de responsável. Inventário de bens patrimoniais O inventário consiste em realizar o levantamento físico e também financeiro de todos os bens, em determinados locais, com a finalidade de com- parar o que está registrado e o que realmente existe e como está́ seu estado de conservação. Codificação A codificação é uma representação de todas as informações necessárias para identificar, catalogar, representar, através de gráficos, formas, letras e números um item. Estes sistemas possuem leitores de código de barras que farão a leitura completa do bem e todas as suas características, como data de aquisição do bem, o código, o valor inicial, o centro de custo, o número da nota fiscal, entre outros itens. Nos bens móveis que possuem características possíveis, são utilizadas plaquetas, normalmente metálicas, para afixação dos códigos de reconhecimento do produto. Organização e Controle Patrimonial A principal finalidade de um setor de controle patrimonial deve estar em fornecer materiais para os serviços em execução nas quantidades estritamente necessárias, sem descuidar da eficiência e eficácia. Assim para que a administração de materiais seja eficiente e eficaz, ela deve ser organizada de forma que possibilite atingir os seguintes objetivos: 1. Aquisição pelo melhor preço: primar pelo princípio da economicidade; 2. Abastecer os setores nos desempenhos das atividades: fornecer materiais necessários, mediante requisição, primando pela continuidade nos serviços prestados; 3. Racionalizar o uso: evitar desperdícios; 4. Manter o controle integral: manter organizado controle de estoque e fiscalizar de forma contínua, entradas e saídas de  66 materiais, bem como seu consumo pelos setores. Nesse sentido, é necessário organizar o setor de controle patrimonial, permitindo a execução de atividades que permitam: 1. Centralização de compras: atribuindo a um único setor a competência para proceder as aquisições dos materiais, salvo àquelas de uso esporádico, adquiridas com recursos destinados às despesas de pronto pagamento. 2. Controle de qualidade: fiscalizando a entrega e observando as garantias; 3. Controle físico: manter estoque regular, evitando desperdícios e atrasos; 4. Controle financeiro: mantendo atualizada a seleção de fornecedores e registro de preços; 5. Fiscalização: contínua verificando o armazenamento e distribuição. Importante! Mesmo que o Controle Patrimonial ou a Administração de Materiais são de forma jurídica e contábil, não existe um controle efetivo, ou seja, o Patrimônio existe, de fato e de direito, cabendo à Administração a adotar de um sistema de administração de materiais ou de controle patrimonial, para realização da gestão do patrimônio. Além do mais, o controle dos materiais, por uma exigência imposta pela Lei Federal 4.320/64, é uma ferramenta de gestão importantíssima, e trata‐se do controle extra contábil, em que são registrados de forma individual cada unidade com seus respectivos bens e valores. Nesse contexto, pode‐se conceituar o controle patrimonial, como sendo uma atividade administrativa que visa à preservação e defesa dos bens patrimoniais de uma organização, em caráter permanente, a fim de acompanhar a posição físico‐financeira do ativo imobilizado de cada unidade administrativa. Voltando‐se especialmente à verificação da localização, do estado de conservação, da utilização, dos prazos de garantia e manutenção do patrimônio. O controle Patrimonial de uma entidade inicia‐se com a entrada de um bem no acervo patrimonial da entidade, que se dá pela inclusão dos bens mediante: - Compra; - Cessão; - Doação; - Permuta; - Transferência; e - Produção interna. Às atividades de controle compreendem: - Tombamento e Carga; - Registro de bens; - Guarda dos bens; - Movimentação de bens; - Preservação dos bens; - Baixa dos bens; - Incorporação; e - Inventário de bens móveis. A organização física, deve‐se atentar para que todos os processos referentes às aquisições, movimentações e baixa dos respectivos bens, sejam encaminhados para o setor competente, para que este proceda, os registros pertinentes, de forma analítica por unidade administrativa, demonstrando a descrição do bem, a data, o valor de aquisição ou custo de fabricação, o número do processo, o documento fiscal e o empenho que o originou, além de outras informações julgadas necessárias. Todos os bens móveis a serem incorporados ao patrimônio devem ser objetos de registro (tombamento), que consiste no arrolamento do bem, numerando‐o em forma sequencial, com a finalidade de identificá‐lo e colocá‐la sob guarda e proteção dos agentes responsáveis. Os bens móveis devem ser resguardados por um Termo de Responsabilidade, devidamente atualizado, no qual deverá constar no mínimo a descrição do bem, o tombamento, o valor e o agente responsável pela sua guarda. 67 Questões 01. (SEDF - Técnico de Gestão Educacional - CESPE / CEBRASPE). A respeito da gestão patrimonial, julgue o item subsequente. A gestão patrimonial engloba o controle de materiais permanentes, considerados bens patrimoniais tangíveis. ( ) Certo ( ) Errado 02. (ITEP/RN - Assistente Técnico Forense - INSTITUTO AOCP/2021). Considerando que a gestão patrimonial se atém especificamente aos bens patrimoniais tangíveis, é correto afirmar que a gestão patrimonial recai sobre elementos que são registrados da seguinte forma: A - bens móveis, máquinas e equipamentos e instalações. B - bens imóveis, materiais de consumo e instalações. C - bens imóveis, materiais permanentes e instalações. D - bens móveis, bens estratégicos e bens operacionais. E - bens materiais, bens tangíveis e materiais circulantes. 03. (ANATEL - Técnico Administrativo - CESPE / CEBRASPE). Julgue os itens seguintes, a respeito de gestão patrimonial. A palavra alienação é atribuída a toda transferência de domínio de bens a terceiros. ( ) Certo ( ) Errado 04. (Câmara de Santa Rosa/ RS - Diretor Geral - Instituto Excelência). Segundo Fenili (2015) Na gestão de um bem patrimonial sendo uma das atividades o tombamento defina-o: A - É o procedimento de identificação de um bem patrimonial, efetuado na incorporação do bem ao patrimônio de uma organização. B - Uma ferramenta de controle dos estoques dos almoxarifados e dos ativos imobilizados. C - Procedimento de levantamento físico e contagens dos itens de material em uma organização. D - Nenhuma das alternativas. 05. (Câmara de Apucarana /PR - Escriturário Legislativo - FAUEL/2020). O controle patrimonial de uma entidade se dá por meio de um efetivo registro de entradas, movimentações e saídas de bens. Neste contexto, o processo de inclusão e registro, ou seja, de entrada de um bem permanente no sistema de controle patrimonial da organização, recebe o nome de: A - Valia. B - Depreciação. C - Tombamento. D - Alienação. Alternativas 01.Certo – 02. C – 03. Certo – 04. A – 05. C Patrimônio O patrimônio, no sentido de propriedade econômico-financeira da pessoa física ou jurídica, é o valor do conjunto de bens físicos tais como dinheiro, joias, obras de arte, moveis, imóveis, veículos, máquinas, ferramentas etc. e direitos tais como títulos e contas a receber, aplicações financeiras etc. Além dos bens físicos, o patrimônio pode incluir bens imateriais que possam ser avaliados, tais como marcas e patentes, ponto comercial, direito de concessionário de serviço público etc. Assim o patrimônio é o conjunto de objetos administrados que servem para propiciar às entidades a obtenção de seus 8.2 O Patrimônio das empresas e órgãos públicos. 8.3 O Patrimônio Imobiliário. 8.4 O Patrimônio Mobiliário  68 fins. Portanto, para serem considerados patrimônio, os objetos devem ser avaliáveis em moeda, e possuírem vinculação com a entidade que objetiva alcançar determinados fins. Do ponto de vista contábil, patrimônio é considerado o conjunto de bens, direitos e obrigações pertencentes a uma pessoa física ou jurídica. A interpretação desse conceito nos leva a considerar que o patrimônio será formado pelo somatório dos bens mais os direitos (ativos), subtraídos pelas obrigações (passivo) possuídos por uma pessoa ou entidade. Assim, entende-se que o patrimônio é estruturado da seguinte forma: Ativo: são os recursos controlados pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que resultem para a entidade benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços. Passivo: são as obrigações presentes da entidade, derivadas de eventos passados, cujos pagamentos se esperam que resultem em saídas de recursos capazes de gerar benefícios econômicos ou potencial de serviços para a entidade. Patrimônio líquido: é o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos seus passivos. Bens patrimoniais Os bens podem possuir diversas subdivisões de acordo com as necessidades do grupo de interesse. Entre as mais comuns encontramos as seguintes classificações: • quanto à sua escassez (livres ou econômicos); • quanto à sua realidade física (materiais ou serviços) • quanto à sua função (bens de consumo ou de produção); • quanto à sua duração (duráveis ou não duráveis); • quanto à sua origem (naturais ou transformados); • quanto às suas relações recíprocas (bens concorrentes ou complementares). Os bens patrimoniais também podem ser divididos em dois grandes grupos: os bens móveis e os bens imóveis. Os bens móveis, também conhecidos como equipamentos são, por exemplo, as máquinas utilizadas para as operações, os veículos, as ferramentas especiais, os servidores e computadores, os móveis, os geradores etc. Já os bens imóveis, como o nome já diz, são os prédios, os terrenos, as instalações e as jazidas. Além destas classificações, que são as mais conhecidas, temos outras formas de se classificar um bem: a) tangíveis e intangíveis – os tangíveis (o que se pode tocar), também conhecidos como corpóreos, podem ser as máquinas e equipamentos, por exemplo. Os intangíveis (que não possuem uma forma identificável) são conhecidos como incorpóreos, podendo ser citadas como exemplos as patentes e direitos autorais; b) fungíveis e infungíveis - os bens podem ser classificados por sua fungibilidade, ou seja, bens que podem ser fundidos, ou misturados com outros, mas que não perdem sua característica inicial. Os bens fungíveis são aqueles que podem ser substituídos por outros sem que haja nenhuma mudança, pois são da mesma natureza. Exemplo: commodities, soja, trigo etc. Bens infungíveis são considerados itens únicos, raros que não podem ser substituídos de nenhuma forma, como exemplo um manuscrito original de um autor, o quadro original da Monalisa de Leonardo da Vinci; c) divisíveis e indivisíveis – além das classificações, os bens ainda podem ser conhecidos pela sua divisibilidade. Quando o bem é divisível significa que pode ser particionado sem que as partes percam suas características iniciais. Como exemplo, temos os terrenos, determinados lotes de mercadorias. Já os classificados como indivisíveis são os que perdem sua característica ao se separar, suas partes isoladas não podem ser caracterizadas como o mesmo bem. Como exemplo, podemos citar um automóvel; d) bens de capital e bens de consumo - estas classificações são usualmente encontradas na administração, contabilidade e economia como bens de capital, que são os bens que a empresa utiliza para produzir novos produtos ou serviços e bens de consumo que são destinados ao consumo final. Os bens de consumo são ainda classificados como bens de consumo duráveis, quando um produto tem a durabilidade superior a um ano ou superior a um ano fiscal como, por exemplo, os automóveis, televisores, entre outros. E também podem ser bens de consumo não duráveis, quando seu tempo de durabilidade não ultrapassa um período fiscal ou um ano. Questões 01. (CREF - Agente de Orientação e Fiscalização – Quadrix). Os bens são aqueles elementos que podem ser transformados em dinheiro e que possuam algum valor econômico, ou seja, é tudo que possa ser suscetível de avaliação econômica e possa satisfazer as necessidades humanas. Assinale a alternativa que apresenta o tipo de bem expresso na figura 43 https://www.aspec.com.br/blog/patrimonio-publico-definicao-eA - Bens culturais B - Bens tangíveis C - Bens imóveis. D - Bens móveis. E - Bens intangíveis. 02. (CRESS SE - Coordenador Geral – Quadrix/2021). Acerca da administração de patrimônios, julgue o item. Os bens de uma organização compõem o seu patrimônio. ( ) Certo ( ) Errado 03. (AL MA - Administrador – CEPERJ/2022). O material que, após submetido à avaliação de critérios de durabilidade e perecibilidade, perde normalmente sua identidade física em razão do seu uso corrente, e/ou tem sua utilização limitada a dois anos, é o: A - permanente. B - de consumo. C - semipermanente. D - imobilizado. Alternativas 01. E – 02. Certo – 03. B Patrimônio público O Patrimônio público43 é o conjunto de direitos e bens, tangíveis ou intangíveis, onerados ou não, adquiridos, formados, produzidos, recebidos, mantidos ou utilizados pelas entidades do setor público, que seja portador e represente um fluxo de benefícios, presente ou futuro, inerente à prestação de serviços públicos ou à exploração econômica por entidades do setor público e suas obrigações É o conjunto de bens e direitos de valor econômico, artístico, estético, histórico ou turístico, que são pertencentes aos entes da administração pública direta e indireta. Dentre os patrimônios públicos, estão inclusos alguns bens materiais, como edifícios, sedes de serviços públicos, postos classificacao-de-bens/70 de saúde, escolas ou até mesmo praças e monumentos. Além destes, também podem ser incluídos bens imateriais, como valores históricos, éticos e econômicos. Além disso, podem ser, também, bens imateriais, como valores econômicos, éticos e históricos divididos pelos cidadãos. Nesse sentido, eles são parte integral da vida de todos e o cuidado com sua preservação é um dever coletivo. Sua importância para a gestão e para a população é inquestionável. Ambos possuem o papel de zelar por esses bens, que têm como função servir toda a comunidade. Bens Públicos O patrimônio público44 é formado por bens de qualquer natureza que sejam de interesse para a Administração Pública e para a população. Esses bens são todas as coisas corpóreas ou incorpóreas, imóveis, móveis e semoventes, créditos, direitos e ações, que pertençam, a qualquer título, às entidades estatais, autárquicas, fundacionais e paraestatais. Sabendo da relevância do Patrimônio Público, é necessário definir e classificar seus bens. Os bens públicos são vistos como coisas ou objetos que têm uma função utilitária e servem para atender uma necessidade humana. De acordo com o Código Civil (artigo 98), bens públicos são aqueles pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno, quais sejam: União, Estados, DF, Municípios, Autarquias e Fundações Públicas. Possuem como características (regime jurídico) a alienabilidade condicionada, impenhorabilidade, imprescritibilidade e a não-onerabilidade. Todos os demais são bens particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. Baseados no art. 99 do Código Civil, que estabelece a destinação do bem como critério de classificação, temos os seguintes bens: 44 Barcellos, Bruno, M. et al. Gestão patrimonial e logística no setor Bens de uso comum São de uso público e podem ser usados indiscriminadamente por todos, como por exemplo: mar, ruas, rios, estradas, parques, entre outros. Seu uso pode ser gratuito ou oneroso, de acordo com o estabelecido pela lei da entidade pública. Temos como exemplos de bens públicos onerosos ao usuário: rodovias com pedágios, parques, zoológicos. Os bens de uso comum do povo são conhecidos como bens de domínio público, e estão colocados à disposição em locais abertos à população de forma gratuita ou remunerada, conforme legislação específica, de forma direta e imediata, em virtude de uma destinação formal, ou por resultado de fatos naturais. A disposição de forma direta e imediata ocorre por eles estarem disponíveis sem intermediários, em caráter de comunidade, de uso coletivo, de fruição própria do povo. Esses tipos de bens, embora sejam propriedades da Administração Pública, não constituem o patrimônio público, uma vez que, o Estado não possui a propriedade exclusiva sobre eles Bens de uso especial Também podem ser chamados de patrimônios administrativos, destinados a uma finalidade específica, ou seja, ao uso da administração e ao serviço público. Alguns exemplos citados: bibliotecas, teatros, escolas, veículos, museus, cemitérios, dentre outros. Os bens de uso especial são os bens exclusivamente destinados à prestação de serviço público, possuem finalidade pública permanente e integram o aparelhamento da Administração Pública. São colocados à disposição da população com a intermediação de pessoas que administram o serviço público. Esses tipos de bens são declarados inalienáveis, isto é, não podem ter a sua propriedade transferida por qualquer forma de alienação. Do ponto de vista jurídico e contábil, assim como os público. Disponível em: Minha Biblioteca, Grupo A, 2017  71 bens de uso comum do povo, esses bens não constituem o patrimônio do órgão ou entidade pública que domina a sua administração. Bens dominicais Diferente dos anteriores, estes bens não estão destinados a finalidades comuns ou especiais, seu uso é privado ou não discriminado. Os bens dominicais representam o patrimônio disponível do Estado não destinados, por este motivo o próprio Estado é proprietário desses bens. Exemplos: terrenos das operações das forças armadas, terras devolutas, etc. Bens dominicais são os que constituem o patrimônio de pessoas jurídicas de direito público e são considerados para efeito de escrituração e registro contábil. São aqueles que estão disponíveis para a Administração Pública para serem utilizados para qualquer fim, podendo, inclusive, serem objetos de alienação pela Administração, se assim o desejar. Podem ser identificados nas seguintes formas: disponível (caixa, numerário); e bens móveis, imóveis e de natureza industrial. Bens patrimoniais ou bens móveis Diz respeito aos equipamentos e materiais permanentes que não perdem a identidade física e são meios para a produção de outros bens e serviços, que possam ser deslocados ou transportados. Bens imóveis São aqueles que fazem parte do sistema de patrimônio público para fins de controle, acompanhamento, fiscalização e (re)avaliação. Eles não podem ser retirados sem destruição ou danos. Bens de natureza industrial São os bens utilizados no funcionamento de estabelecimentos industriais. Observação: Apesar de fazerem parte desta classificação, os bens de natureza industrial, conforme o Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Público – MCASP, passaram a fazer parte dos bens móveis. Bens intangíveis São bens que não possuem uma forma física, portanto não podem ser tocados. Exemplo: patentes de invenções, domínio de internet, marcas, etc. Questões 01. (Prefeitura de São Gonçalo do Amarante/RN - Analista de Controle Interno - IBFC/2021). Com relação aos bens públicos, analise as afirmativas a seguir: I. São bens públicos: os de uso comum do povo, os bens de uso especial e os dominicais. II. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são alienáveis, enquanto que os bens públicos dominicais não podem ser alienados. III. Os bens públicos estão sujeitos a usucapião. Estão corretas as afirmativas: A - I apenas B - II apenas C - I e II apenas D - II e III apenas 02. (CRC RO - Contador – IBADE/2022). Assinale a opção que se refere a um bem de uso especial. A - Praia B - Prefeitura C - Terra devoluta D - Rua E - Praça Alternativas 01. A – 02. B  72 Logística Logística45 (do grego, logos = razão, racionalidade), palavra derivada do grego logistiki (contabilidade e organização financeira), mas originada do verbo francês loger (alojar ou acolher). O termo foi inicialmente utilizado para descrever a ciência da movimentação, suprimento e manutenção de forças militares no campo de batalha. Mais recentemente, foi utilizado para descrever a gestão do fluxo de materiais em uma empresa, desde a entrada de Matéria Prima até a saída de Produto Acabado (PA). A logística está ligada às definições de distribuição racional dos produtos e de utilização de cada modalidade de transporte a fim de aproveitar as vantagens de cada uma delas e integrar o processo produtivo com as fontes de suprimentos, de um lado, e com as modalidades de distribuição rumo aos clientes, de outro lado. A logística é a área responsável por prover recursos, equipamentos e informações no sentido de auxiliar na execução de todas as atividades operacionais da empresa. Deve partir de uma visão organizacional sistêmica e integrada em que haja movimentação de materiais para gerenciar recursos materiais do ponto de vista financeiro e humano, desde a compra e entrada de materiais, planejamento da produção, armazenamento, transporte e distribuição dos PA. Isso exige intenso monitoramento das operações e gerenciamento de informação ao longo de todo o processo produtivo, antes e após dele. Assim a logística constitui a maneira racional de lidar com materiais, desde quando saem do fornecedor, ingressam na fábrica até quando elas se transformam em 45 Chiavenato, Idalberto. Gestão de Materiais: Uma Abordagem Introdutória. Disponível em: Minha Biblioteca, (4th edição). Grupo GEN, PA e chegam ao cliente final no momento certo e ao local ao menor custo possível. Modernamente, envolve também as finanças no fluxo entre os parceiros e procura incrementar esse fluxo por uma variedade de meios, como métodos, técnicas, modelos matemáticos, tecnologia da informação (TI) e softwares. O objetivo é atender às necessidades do cliente na ponta final de todo fluxo. Com as preocupações ambientais e sociais, a logística ampliou o fluxo de materiais, passando a envolver também o envio dos resíduos dos produtos entregues aos clientes para o reprocessamento por parte dos fabricantes e fornecedores. É a chamada logística inversa. Decisões logísticas As principais decisões estratégicas, táticas e operacionais do ponto de vista logístico são as seguintes: Decisões estratégicas: •Quantidade e localização das facilidades. •Quantidade e função dos centros de distribuição, depósitos e armazéns. •Tipos de equipamentos de movimentação e de produção. •Determinação dos estoques, dos tipos e da localização na cadeia de suprimentos. Decisões táticas: •Meios de transporte. •Níveis de estoque. •Medidas de desempenho. •Roteiros e fluxos. Decisões operacionais: •Programas diários de produção. •Programas diários de embarque. •Roteiros e fluxos diários. •Alocações de pessoal. 2022. 8.5 Organização e Controle Logístico 73 Disso tudo, depreende-se que a logística é responsável pelo processo físico integrado do PA, vindo desde o aporte de insumos até a entrega deste ao cliente final, passando por todas as etapas do processo produtivo, armazenamento e distribuição do PA, influenciando as atividades dos fornecedores, em uma ponta, e dos setores de vendas e marketing, na outra ponta, no sentido de oferecer soluções adequadas para assegurar a disponibilidade do produto no ponto exato e no momento exato solicitado pelo cliente ou consumidor. Por outro lado, a logística envolve dois tipos de atividades: 1.Básicas: como transportes, gerenciamento de estoques e processamento de ordens e pedidos. 2.Assessórias: como armazenamento, manuseio de materiais, embalagem, suprimentos e sistemas de informação. Em uma era em que os negócios são mais dinâmicos, instáveis, competitivos e globalizados, é imprescindível conquistar e fidelizar clientes. O ciclo de vida dos produtos se torna cada vez mais curto e obriga as empresas a inovarem rapidamente seus produtos e, principalmente, seus sistemas de gestão, para que seus produtos não se tornem simples commodities. A resposta para isso é a diferenciação de seus produtos e a otimização dos serviços para ultrapassar as expectativas dos clientes por meio de um atendimento rápido e bem sucedido no sentido de encantá-los, e não simplesmente atendê-los. Para isso, o tempo, a agilidade, a rapidez e a prontidão são imprescindíveis. O fato é que o cliente final está cada vez mais exigente em qualidade e extremamente focado no preço. Isso tudo obriga as empresas a uma eficiente gestão de sua cadeia de suprimentos por meio de uma logística eficiente e eficaz. 46 Pozo, Hamilton. Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais - Uma Abordagem Logística, 7ª edição. Disponível em: Minha Biblioteca, Logística como vantagem competitiva46 A logística é o processo de gerenciar estrategicamente a aquisição, a movimentação e a armazenagem de materiais, peças e produtos acabados e, também, seus fluxos de informações através da organização e seus canais, de modo a poder maximizar as lucratividades presente e futura mediante atendimento dos pedidos a baixo custo e a plena satisfação do cliente. Podemos afirmar que uma empresa pode alcançar uma posição de superioridade duradoura sobre os concorrentes, em termos de preferência do cliente, através da logística. A base da vantagem competitiva fundamenta-se, primeiramente, na capacidade de a empresa diferenciar-se de seus concorrentes aos olhos do cliente e, em segundo lugar, pela capacidade de operar a baixo custo e, portanto, oferecendo maior satisfação ao cliente e proporcionando melhor retorno ao negócio. Questões 01. (CEASA/RS - Analista Administrador - FUNDATEC/2022). Para Bowersox (2014), dentro da gestão da cadeia de suprimentos de uma empresa, é função necessária para transportar e posicionar geograficamente o estoque. Dessa forma, a é um subconjunto de atividades e ocorre dentro do quadro mais abrangente da cadeia. Ela é o processo que cria valor pela gestão e pelo posicionamento do estoque e combina o gerenciamento de pedidos, do estoque, do transporte, do depósito, do manuseio de materiais e da embalagem, integrados por meio de uma rede de instalações. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do trecho acima. A - Logística B - Blocagem Grupo GEN, 2015.  74 C - Warehousing D - Unitização E - Housekeeping 02. (CASAN - Assistente Administrativo FEPESE/2022). Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ). ( ) A logística tem por finalidade assegurar o abastecimento de materiais necessários às operações de uma organização. ( ) Uma das importantes atividades organizadas pela área da logística é o transporte externo de materiais e produtos. ( ) A logística é essencial em todas as organizações, por ter como atividade precípua a organização dos fluxos financeiros e tributários. ( ) A logística nas organização preocupase fundamentalmente com aspectos tributários, financeiros e contábeis. Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo. A - V • V • F • V B - V • V • F • F C - V • F • V • V D - F • V • V • V E - F • V • V • F Alternativas 01. A– 02. B Organização e Controle Em Administração, o controle47 visa guiar e regular as atividades da empresa a fim de garantir o alcance dos objetivos almejados. Se as coisas ocorressem de acordo com o que foi planejado, não haveria necessidade de controle. O controle existe porque alguma coisa pode sair diferente daquilo que foi planejado. O controle é a função administrativa que consiste em medir, avaliar e corrigir o desempenho ou os resultados para assegurar que os objetivos da empresa sejam 47 Chiavenato, Idalberto. Gestão da Produção: Uma Abordagem Introdutória. Disponível em: Minha Biblioteca, (4th edição). Grupo GEN, plenamente atingidos. A tarefa do controle é verificar se tudo está sendo feito em conformidade com o que foi planejado e organizado, de acordo com as ordens dadas, para identificar possíveis erros ou desvios que devem ser corrigidos e evitar sua repetição. Objetivos do controle O controle visa atender a duas finalidades principais: Correção das falhas ou erros existentes: o controle serve para detectar falhas ou erros – seja no planejamento, seja na execução – para apontar as medidas corretivas a fim de saná-los. Prevenção de futuras falhas ou erros: ao corrigir as falhas ou erros existentes, o controle aponta os meios para evitá-los no futuro. Fases do controle Na realidade, todo o controle é um processo composto de quatro fases distintas. 1.Estabelecimento dos padrões: é a primeira fase do processo, que estabelece previamente os padrões ou critérios de avaliação ou de comparação. Um padrão é uma norma ou critério que serve de base para a avaliação ou comparação de alguma coisa. O metro, o litro, o grama, são padrões universalmente aceitos. Em Gestão da Produção (GP), um dos maiores cuidados é o de se estabelecerem padrões para controlar as coisas. O padrão é o ponto de referência para aquilo que será feito. Existem quatro tipos de padrões: Padrões de quantidade: como volume de produção, quantidade de estoque de MP ou produto acabado (PA), número de horas trabalhadas, capacidade de produção etc. 2022  2 75 Padrões de qualidade: como controle de qualidade (CQ), de MP recebida, CQ da produção, especificações do produto etc. Padrões de tempo: como tempo-padrão para produzir determinado produto/serviço (P/S), tempo médio de estoque de determinada MP etc. Padrões de custo: como custos de produção, custos de vendas, custos de estocagem etc. 2.Avaliação do desempenho: é a segunda fase do controle, que consiste em avaliar o que está sendo feito por meio da comparação com os padrões previamente estabelecidos. Nessa fase, ocorre o acompanhamento e a monitoração daquilo que está sendo executado. 3.Comparação do desempenho com o padrão estabelecido: é a terceira fase do controle, a qual consiste em comparar o desempenho com aquilo que foi previamente estabelecido como padrão de comparação, para verificar se há desvio ou variação, isto é, se há falha ou erro em relação ao desempenho-padrão desejado. 4.Ação corretiva: é a quarta e última fase do controle, a qual consiste em corrigir o desempenho para adequá-lo ao padrão. Não há ação corretiva a aplicar; o objetivo do controle é indicar quando, onde e quanto corrigir para manter o processo de acordo com o que foi previamente estabelecido. O controle é um processo cíclico e repetitivo. É cíclico por envolver um ciclo composto das quatro fases que acabamos de enumerar. E é repetitivo porque se repete indefinidamente. E, à medida que se repete, tende a fazer com que as coisas controladas se aperfeiçoem e reduzam seus desvios em relação aos padrões previamente estabelecidos. 48 Chiavenato, Idalberto. Iniciação ao Planejamento e Controle da Produção. Disponível em: Minha Biblioteca, (3rd edição). Grupo GEN, Planejamento e Controle da Produção - PCP O planejamento48 é a função administrativa que determina antecipadamente quais os objetivos a serem atingidos e o que deve ser feito para atingilos da melhor maneira possível. O planejamento está voltado para a continuidade da empresa e focaliza o futuro. Sua importância reside nisto: sem o planejamento a empresa fica perdida no caos. Assim, partindo da fixação dos objetivos a serem alcançados, o planejamento determina a priori o que se deve fazer, quando fazer, quem deve fazê lo e de que maneira. Ele é feito na base de um conjunto de planos. Já a tarefa do controle é verificar se tudo está sendo feito de acordo com o que foi planejado e organizado, conforme as ordens dadas, para identificar os erros ou desvios, a fim de corrigi-los e evitar sua repetição. No caso específico da produção, o PCP planeja e controla as atividades produtivas da empresa. Se a empresa é produtora de bens ou mercadorias, o PCP planeja e controla a produção desses bens ou mercadorias, cuidando das matérias-primas necessárias, da quantidade de mão de obra, das máquinas e dos equipamentos e do estoque de produtos acabados disponíveis no tempo e no espaço, para a área de vendas efetuar as entregas aos clientes. Se a empresa é produtora de serviços, o PCP planeja e controla a produção desses serviços, cuidando da quantidade de mão de obra necessária, das máquinas e dos equipamentos, dos demais recursos necessários, para a oferta dos serviços no tempo e no espaço, a fim de atender à demanda dos clientes e usuários. Partindo dos objetivos da empresa, o PCP planeja e programa a produção e as operações da empresa, bem como as controla adequadamente, para tirar o melhor proveito possível em termos de eficiência e eficácia.A finalidade do PCP é aumentar a eficiência e a eficácia do processo produtivo da empresa. Trata-se, portanto, de uma dupla finalidade: atuar sobre os meios de produção com o propósito de aumentar a eficiência e cuidar para que os objetivos de produção sejam plenamente alcançados a fim de aumentar a eficácia. Para atender a essa dupla finalidade, o PCP tem de planejar a produção e controlar seu desempenho. De um lado, o PCP estabelece antecipadamente o que aempresa deverá produzir – e consequentemente o que deverá dispor de matérias-primas e materiais, de pessoas, de máquinas e equipamentos, bem como de estoques de produtos acabados para suprir as vendas. De outro, o PCP monitora e controla o desempenho da produção em relação ao que foi planejado, corrigindo eventuais desvios ou erros que possam surgir. O PCP atua antes, durante e depois do processo produtivo. Antes, planejando o processo produtivo, programando materiais, máquinas, pessoas e estoque. Durante e depois, controlando o funcionamento do processo produtivo para mantê-lo de acordo com o que foi planejado. Assim, o PCP assegura a obtenção da máxima eficiência e eficácia do processo de produção da empresa. Ao desenvolver suas funções, o PCP mantém uma rede de relações com as demais áreas da empresa. As inter-relações entre o PCP e as demais áreas da empresa se devem ao fato de que o PCP procura utilizar racionalmente os recursos empresariais: materiais, humanos, financeiros etc Controle da Produção O controle da produção (CP) é a última fase do PCP, que acompanha, avalia e regula as atividades produtivas, para mantêlas dentro do que foi planejado e assegurar que atinjam os objetivos pretendidos. Após a elaboração do plano de produção e emitidas as ordens e liberados os recursos, todas as unidades produtivas e as unidades de assessorias devem funcionar de maneira coordenada para a execução do plano e o alcance dos objetivos. O sistema produtivo deve funcionar integradamente. Para tanto, ele precisa ser controlado a fim de que se assegure que aquilo que foi planejado está sendo executado e que os objetivos pretendidos estão sendo alcançados. Trata se de garantir a eficiência e a eficácia do sistema. Finalidades do controle da produção Como a última fase do PCP, o CP apresenta as seguintes finalidades: Avaliar e monitorar continuamente a atividade produtiva da empresa. Comparar o programado e o realizado. Apontar falhas, erros ou desvios. Elaborar relatórios para a direção da empresa. Informar outras seções sobre o andamento das atividades produtivas. O CP procura acompanhar e verificar, isto é, monitorar os seguintes aspectos críticos do processo produtivo da empresa: Previsão de vendas e suas possíveis variações. Planejamento da capacidade de produção. Plano de produção. Lista de materiais que compõem os produtos/serviços. Planejamento das necessidades de materiais (explosão do PA em partes e componentes). Compras. Almoxarifado e estoque de MP. Estoque de semielaborados ou materiais em vias. Programação da produção, envolvendo aprazamento, roteiro, emissão de ordens e liberação da produção.  77 Depósito e estoque de PA. Métodos de controle da produção O CP utiliza uma variedade de métodos para acompanhar e monitorar as atividades de produção: controle visual, controle total, controle por amostragem, controle por exceção e autocontrole. Controle visual: embora pouco valorizado na teoria, é na prática o método de controle mais utilizado. Nas pequenas e médias empresas, é comum a utilização do controle visual para avaliar a carga de máquinas e o volume de material a ser trabalhado em cada máquina. Controle total: é o controle global, mais amplo e abrangente. Como o próprio nome indica, ele envolve todos os itens, para comparar a quantidade programada e a quantidade realizada. Tem a vantagem de assegurar o controle contínuo de todos os itens, porém deve ter a praticidade suficiente para não tomar demasiado tempo e não custar caro. Controle por amostragem: é um controle parcial, feito por meio de amostras escolhidas ao acaso, isto é, aleatoriamente. Trata-se, portanto, de um controle que utiliza a técnica estatística de amostragem. Consiste em verificações sistemáticas ou ocasionais de determinados itens. Controle por exceção: é baseado no princípio da exceção. E feito sobre os desvios ou discrepâncias, sobre os erros ou falhas, sobre as exceções ou anormalidades que ocorrem. Assim, tudo o que ocorre de acordo com o planejamento não é controlado; apenas aquilo que se desvia dos padrões esperados. Todas as comparações são feitas, mas o controle somente se concentra naquilo que escapa do previsto ou planejado. Interessa controlar apenas os itens excepcionais, para não dispersar a atenção do controlador por todos os itens que funcionam normalmente. Autocontrole: é um controle efetuado pelo próprio órgão envolvido na execução do que foi planejado e programado, e não por terceiros. Os dados são preparados, e a comparação dos itens realizados com o que foi programado é feita pelos próprios responsáveis pela execução. A vantagem do autocontrole é conscientizar e responsabilizar cada área pela ação corretiva, quando necessária, e nunca depender de um órgão estranho para fazêlo. Questões 01. (Prefeitura de Nova Odessa/SP - Arquiteto - Metro Capital Soluções/2022). Define-se sendo um conjunto atividades pertinentes a todos os setores da produção de serviços com o objetivo de planejar e controlar o processo de produção em todos os níveis. A - Planejamento, Conceito e Controle da Produção (PCC). B - Planejamento, Conceito e Controle da Produção (PCP). C - Planejamento e Controle da Produção (PCP). D - Planejamento, Programação e Controle da Produção (PPC). E - Planejamento, Programação e Controle da Produção (PPCP). 02. (IFPR - Administrador – FAU/2019). As atividades do Planejamento e Controle de Produção (PCP) estão relacionadas aos meios que serão utilizados para se produzir os produtos ou serviços que a organização disponibilizará ao mercado. Sobre o PCP é INCORRETO afirmar: A - Corresponde a uma função da administração, que vai desde o planejamento até o controle de suprimento de materiais e atividades de processo de uma empresa, a fim de que produtos específicos sejam produzidos para atender o programa de vendas estabelecidos.  78 B - O sistema PCP deve informar corretamente a situação corrente dos recursos, o que envolve pessoas, equipamentos, instalações, materiais - e das ordens de compra e produção. C - É um sistema de informações que é relacionado à estratégia de manufatura e apoia às tomadas de decisões. D - A programação da produção deve assegurar uma baixa taxa de utilização das instalações e a sequência da programação dos produtos deve maximizar os tempos de setup. E - São ações do PCP as questões: o que produzir e comprar; quanto produzir e comprar; quando produzir e comprar e com que recursos produzir. Alternativas 01. C – 02.D Gestão da Cadeia de Suprimentos No nível mais básico, o gerenciamento da cadeia de suprimentos (SCM) é o gerenciamento do fluxo de mercadorias, dados e finanças relacionados a um produto ou serviço, desde a aquisição de matérias primas até a entrega do produto em seu destino. A cadeia de suprimentos é o sistema responsável por possibilitar que o produto ou o serviço comercializado pela empresa seja disponibilizado pelo fornecedor e chegue até o consumidor. O SCM (cadeia de suprimentos)49 - que é o conjunto de atividades que vão desde produção, movimentação, armazenamento e expedição até transporte, trabalhando de forma integrada, com a finalidade de diminuir custos e prazos de entregas em busca de um lucro maior. 49 Paoleschi, Bruno. Cadeia de Suprimentos. Disponível em: Minha Trata-se, portanto, de um conjunto ordenado e interligado de ações que envolvem uma série de elementos e procedimentos efetuados em rede. Dessa forma, a companhia tem condições de fazer a entrega e, consequentemente, promover a satisfação do cliente. Trata-se de uma rede de empresas dependentes entre si, que trabalham em cooperação a fim de manter um fluxo apropriado de matérias-primas e informações entre fornecedores e clientes finais. Na cadeia de suprimentos, os departamentos de compras, planejamento, programação e controle da produção (PPCM), engenharia, marketing, qualidade, finanças e produção precisam trabalhar de forma integrada, disponibilizando as informações em tempo real para que o processo produtivo possa transformar os insumos em produtos rapidamente. Este fluxo de informações dará flexibilidade à empresa para responder com rapidez às necessidades dos clientes e gerar novos negócios. A gestão da cadeia de suprimentos é um processo de integração interno e externo. No âmbito interno, inclui todos os departamentos envolvidos estrategicamente no SCM, e no externo, o departa- mento de compras/suprimentos com seus fornecedores para gerenciar os negócios pertinentes a eles. Os negócios envolvendo os fornecedores dizem respeito a aquisições de suprimentos necessários ao sistema operacional de toda a empresa. Esses suprimentos são identificados e separados por tipo de insumo: - produtos acabados para serem revendidos; matéria-prima direta para transformação; - matéria-prima indireta para auxiliar na transformação; - matéria-prima não produtiva para o funcionamento da empresa; Biblioteca, Editora Saraiva, 2014 8.6 Gestão de cadeia de suprimentos 79 - material administrativo; bens de uso. O gerenciamento da cadeia de suprimentos tem a responsabilidade de integrar todos os departamentos para agilizar as informações entre eles e facilitar as tomadas de decisão, visando à redução de custos e ao atendimento ao cliente com qualidade, prazo e preço nas condições que ele quer. A gestão de compras/suprimentos tem a finalidade principal de obter vantagens competitivas na aquisição de matérias primas, nos prazos de entregas e nos custos e principalmente agregar valor aos produtos dos clientes, fazendo com eles uma permanente parceria. Para isso, é muito importante a especialização de seus profissionais para que, com seus conhecimentos, possam realizar negócios vantajosos para a empresa, respeitando a necessidade de lucro de seus fornecedores. As principais atividades realizadas dentro do âmbito da gestão de suprimentos são: - Localização e seleção de fornecedores; - Compra de materiais e insumos; - Desenvolvimento e fabricação de produtos; - Transporte de suprimentos e produtos; - Gestão do fluxo diário de materiais; - Coordenação da ação de fornecedores, transportadores e clientes; - Criação e manutenção de canais de comunicação entre atores da cadeia de suprimentos. A Gestão da Cadeia de Suprimentos50 (também conhecida como Supply Chain Management - SCM) tem representado uma nova e promissora fronteira para empresas interessadas na obtenção de vantagens competitivas de forma efetiva. SCM nos direciona para uma atitude em que as empresas devem definir suas estratégias competitivas através de um 50 Pozo, Hamilton. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos - Uma Introdução. Disponível em: Minha Biblioteca, (2nd edição). Grupo posicionamento, tanto como fornecedores, quanto como clientes dentro das cadeias produtivas nas quais se inserem. Assim, torna-se importante ressaltar que pressuposto básico da gestão da cadeia de suprimentos (Supply Chain Management) abranja toda a cadeia produtiva, incluindo a relação da empresa com seus fornecedores e seus clientes. Supply Chain Management, também, introduz importante mudança no desenvolvimento da visão de competição no mercado. O objetivo básico na SCM é maximizar e tornar realidade as potenciais sinergias entre as partes da cadeia produtiva, de forma a atender ao consumidor final mais eficientemente através da redução dos custos. Práticas eficazes têm sido implementadas nas principais organizações do mundo todo, as quais têm visado à simplificação e obtenção de uma cadeia produtiva mais eficiente e lucrativa. A redução dos custos tem sido obtida através da adição de mais valor aos produtos finais com a redução do volume de transações de informações e dos custos de transporte e estocagem e da diminuição da variabilidade da demanda de produtos e serviços finais. O Supply Chain Management (SCM) ou Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos (GCS) Para a obtenção de melhores resultados e sucesso em seus procedimentos, recomendamos a prática dos cinco passos da SCM conforme listados a seguir: GEN, 2019  80 1.Integração da infraestrutura com clientes e fornecedores A integração de sistemas de informações, principalmente computacionais, e o crescente uso de sistemas como o Electronic Data Interchange (EDI) entre fornecedores, clientes e operadores logísticos têm permitido a flexibilização do atendimento ao cliente e a forte redução de custos. Essas práticas têm proporcionado trabalhar com entregas just-in-time e diminuir os níveis gerais de estoques. 2.Reestruturação do número de fornecedores e clientes Significa reestruturar, normalmente, através da redução do número de fornecedores e clientes, construindo e aprofundando as relações de parceria com o conjunto de empresas com as quais, realmente, se deseja desenvolver um relacionamento colaborativo e forte que proporcione uma ação sinergética. 3.Desenvolvimento integrado do produto O envolvimento dos fornecedores desde os estágios iniciais do desenvolvimento de novos produtos (Early Supplier Involvement) tem proporcionado, principalmente, uma redução no tempo e nos custos de desenvolvimento dos produtos e, principalmente, atendendo os requisitos reais do cliente. 4.Desenvolvimento logístico dos produtos Permite que a concepção dos produtos seja projetada visando seu desempenho logístico dentro da cadeia de suprimentos, visualizando as reduções de custo em todo seu processo e facilidades de atendimento do cliente. 5.Cadeia estratégica produtiva É a estruturação estratégica e a compatibilização dos fluxos da cadeia de 51 https://www.sap.com/brazil/insights/what-is-a-sustainable-supplysuprimentos da empresa e controle das medidas de desempenho atreladas aos objetivos de toda a cadeia produtiva. Sustentabilidade na Cadeia de Suprimentos Uma cadeia de suprimentos sustentável é aquela que fornece produtos e serviços que satisfazem os clientes com o menor impacto ambiental possível e operando de uma forma socialmente responsável. Deve conseguir se relacionar com questões sociais, energéticas, econômicas e ambientais onde a sustentabilidade vai além do aspecto fiscal e ambiental. Ela também envolve a relação com fornecedores, observando os seus níveis de satisfação, além de considerar questões éticas e de integridade. Assim, uma cadeia de suprimentos sustentável é aquela que busca reduzir o impacto ambiental e social adverso em todas as suas etapas, desde a fabricação de um produto e seu armazenamento até sua entrega ao cliente e contemplar a devolução de produtos e os processos de reciclagem. Componentes da cadeia de suprimentos sustentável51 Cadeia de suprimentos ecológica Uma cadeia de suprimentos ecológica integra com êxito à sua gestão os princípios e benchmarks da responsabilidade ambiental. Isso inclui design de produto, sourcing de materiais, fabricação, logística e gestão do fim da vida útil do produto. Cadeia de suprimentos transparente A transparência da cadeia de suprimentos é a capacidade e disposição da empresa de divulgar abertamente as informações sobre procedência de mercadorias e mão de obra e práticas de toda a cadeia de suprimentos. Muitas empresas investem tempo e recursos significativos para estabelecer e manter chain.html  81 padrões de responsabilidade ética e ambiental. Cadeia de suprimentos circular Na cadeia de suprimentos circular, os produtos são desmontados ou reduzidos à matéria-prima e refeitos como produtos vendáveis, permitindo que as empresas obtenham o benefício ambiental da reciclagem e, ao mesmo tempo, recuperem o custo. Funcionamento de uma cadeia de suprimentos sustentável A cadeia de suprimentos sustentável trabalha em colaboração. Um número surpreendente de empresas líderes globais utiliza as mesmas matérias-primas e os mesmos fornecedores de base. A pressão global para melhorar a sustentabilidade e a transparência tem surtido efeito. Entretanto, as empresas enfrentam muita resistência para garantir o cumprimento de padrões operacionais éticos e ecológicos em diversas partes do mundo. Para combater isso, os gestores da cadeia de suprimentos devem trabalhar juntos, compartilhar informações e deixar claro que o compliance com a sustentabilidade é essencial para os negócios. A cadeia de suprimentos sustentável aproveita a melhor tecnologia disponível. A sustentabilidade da cadeia de suprimentos traz um grande desafio devido à complexidade e à ampla distribuição dos diversos elos. Sem a tecnologia digital moderna, é impossível manter e coordenar o nível necessário de governança e visibilidade em tempo real para alcançar a ambiciosa meta da sustentabilidade. A cadeia de suprimentos sustentável define padrões coerentes. Para que o plano estratégico de sustentabilidade da cadeia de suprimentos funcione, é importante que benchmarks, metas e diretrizes sejam explicitados com clareza. Depois, eles têm de ser transmitidos a todos os fornecedores e stakeholders da cadeia, que precisam concordar. A cadeia de suprimentos sustentável divulga seus sucessos. Os clientes não têm como saber o que você não lhes conta. Quando cumprem as metas da cadeia de suprimentos sustentável, é importante que as empresas deem a boa notícia para não correrem o risco de desperdiçar o bem que a notícia pode trazer a sua reputação. A reputação merecida de empresa ecológica sempre é boa para a marca. Benefícios principais da cadeia de suprimentos sustentável Para as empresas que investem em cadeias de suprimentos mais sustentáveis e transparentes, existem benefícios potenciais em todos os negócios, como: - Controle de custos - Aumento da reputação e da fidelidade à marca - Minimização do risco e da vulnerabilidade. Questões 01. (UNIVASF – Administrador – IDECAN). Sobre a gestão da cadeia de suprimentos, assinale a alternativa correta. A- O SCM, o CRM e o ERP não são tecnologias utilizadas para a gestão da cadeia de suprimentos. B - A gestão da cadeia de suprimentos não envolve os clientes, mas sim fornecedores, produtores e distribuidores em um processo integrado. C - A redução dos custos não constitui um dos objetos da gestão da cadeia de suprimentos. D - A obtenção de matérias primas, manufatura e a armazenagem constituem atividades relacionadas à cadeia de suprimentos. E - O efeito estilingue acontece quando existe uma disparidade entre as reais demandas dos consumidores e o que foi previsto. Quando a informação é distorcida, 82 uma sucessão de eventos pode atrapalhar o fluxo da cadeia de suprimentos. 02. (CELESC – Administrador – FEPESE). Assinale a alternativa correta sobre gestão da cadeia de suprimentos. A - Uma cadeia de suprimentos é um conjunto de empresas que compram produtos ou serviços de uma organização. B - As compras e o desenvolvimento de fornecedores estão relacionados diretamente com as atividades de marketing de uma organização. C - A gestão da distribuição física é um sinônimo de gestão de estoques. D - A gestão da cadeia de suprimentos é realizada geralmente pelo setor encarregado da área de finanças nas empresas. E - A gestão da cadeia de suprimentos não se limita à abrangência restrita das fronteiras da empresa. Alternativas 01. D – 02.E Logística Reversa O descarte consciente dos resíduos sólidos visa proteger o meio ambiente e a saúde pública; estimular a sustentabilidade, permitir o reuso e a reciclagem; aumentar a eficiência no uso dos recursos naturais; melhorar a gestão e as responsabilidades pelo gerenciamento dos resíduos, assim como promover a inovação e o ecodesign. A logística52 trata do gerenciamento de materiais e informações desde o ponto de origem, com o fornecedor, até o ponto de consumo, com a disponibilização do produto ao cliente. Esse fluxo é direto, tradicional na cadeia de suprimentos. Já a logística reversa atua de forma 52 Luz, Charlene B., S. e Isis Boostel. Logística reversa. Disponível em: Minha Biblioteca, Grupo A, 2019 oposta — ou seja, o fluxo reverso começa no consumidor, que desencadeia uma série de processos. Assim, podemos fazer uma comparação entre as definições de logística e logística reversa, identificando a relação entre ambas, apesar de terem objetivos diferentes. A Logística Reversa53 é o conjunto de ações que envolve sistema de coleta, transporte, armazenamento, reciclagem e tratamento de resíduos produzidos pelo descarte de produtos e embalagens no pós consumo. O objetivo na logística reversa é recuperar os materiais recicláveis para que possam ser reaproveitados dentros dos ciclos da cadeia produtiva, ou tenham outra destinação ambientalmente apropriada. Esse conjunto de estratégias e ações para coleta, transporte e destinação de resíduos pós-consumo com a sua reinserção na cadeia produtiva, traz uma importante contribuição para o desenvolvimento sustentável e diversos benefícios ambientais e sociais. A logística reversa é um instrumento que permite a circularidade dos recursos, fundamental para mudança da economia linear para a circular, e contribui para a sustentabilidade das organizações produtivas por abranger os três pilares do conceito: econômico, social e ambiental. Logística reversa também pode ser considerada a área da logística empresarial que planeja, opera e controla o fluxo e as informações logísticas correspondentes, do retorno dos bens de pós-vendas e de pósconsumo ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo, por meio dos canais de distribuição reversos, agregando-lhes valor de diversas naturezas: econômica: econômica, ecológica, legal, logístico, de imagem corporativa, entre outros. 53 https://www.portaldaindustria.com.br/industria-de-a-z/logisticareversa/ 8.7 Logística reversa  83 Logística reversa: área de atuação e etapas reversas Fonte: Leite, Paulo R. Logística reversa. Disponível em: Minha Biblioteca, Editora Saraiva, 2017 Sistemas de logística reversa estabelecidos As cadeias de logística reversa no Brasil são estabelecidas pelo Conama e por Acordos Setoriais e Termos de Compromisso, que são atos contratuais, pactuados entre o poder público e privado estabelecendo a implantação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos. Até o momento, há 12 sistemas de logística reversa estabelecidos nacionalmente: - Agrotóxicos, seus Resíduos e Embalagens - Baterias de Chumbo Ácido - Eletroeletrônicos e seus componentes de uso doméstico - Embalagens de Aço - Embalagens Plásticas de Óleos Lubrificantes - Embalagens em Geral - Lâmpadas Fluorescentes, de Vapor de Sódio e Mercúrio e de Luz Mista - Medicamentos, seus Resíduos e Embalagens - Óleos Lubrificantes Usados ou Contaminados (OLUC) - Pilhas e Baterias - Pneus Inservíveis - Latas de Alumínio para Bebidas Estes itens devem ser descartados e recolhidos corretamente participando do processo de logística reversa, onde os mesmos saem do consumidor final e voltam para sua origem, onde poderão ser reciclados, reutilizados, ou descartados definitivamente mais sem contaminar o solo, a água e/ou o ar. Questões 01. (UFF - Administrador – COSEAC/2023). A logística voltada para os fluxos de materiais que se iniciam nos pontos de consumo de produtos e terminam nos pontos de origem, com o objetivo de recapturar valor ou de disposição final, como ocorre nas reciclagens, é a denominada logística: A - reversa. B - de distribuição. C - flexível. D - de produção. E - de suprimentos. 02. (EPAGRI - Assistente Administrativo –FEPESE/2023). Uma das atividades da logística consiste na responsabilidade de que todos os materiais que não foram utilizados, em algum tipo de projeto ou empreendimento, sejam direcionados para os estoques no fim de todos os processos. Assinale a alternativa que indica corretamente o nome dessa atividade. A - Função compras B - Logística reversa C - Gestão de patrimonial D - Logística de distribuição E - Controle orçamentário Alternativas 01. A – 02. B  84  Protocolo é o serviço encarregado do recebimento, registro, classificação, distribuição, controle da tramitação e expedição de documentos. O protocolo compreende um conjunto de operações que possibilita o controle do fluxo documental no local, o qual se disponibiliza viabilizando a sua recuperação e o acesso à informação. Recebimento e classificação Recebimento e classificação remetem-se à entrada de documentos de origem interna ou externa anteriormente identificada e posteriormente analisados atendendo ao plano de classificação do órgão. Rotinas de recebimento e classificação de arquivos correntes 1º Passo: Receber a correspondência. 2º Passo: Separar a correspondência oficial da particular. 3º Passo: Distribuir a correspondência particular. 4º Passo: Separar a correspondência oficial de caráter ostensivo da de caráter sigiloso. 5º Passo: Encaminhar a correspondência sigilosa aos destinarias. 6º Passo: Abrir a correspondência ostensiva 7º Passo: Interpretar e classificar com base no código de assunto adotado. 8º Passo: Colocar o carimbo do protocolo – o número e a data (canto superior direito do documento). 9º Passo: Interpretar e classificar com base no código 10º Passo: Elaborar o resumo do assunto a ser lançado na ficha de protocolo. Encaminhar os papéis ao setor de registro e movimentação. Registro e movimentação Esse setor exerce a função de distribuir e redistribuir documentos, onde propõe as medidas de organização mencionando normas e rotinas. Rotinas de registro e movimentação de arquivos correntes 1º Passo: Preparar a ficha de protocolo (em duas vias) 2º Passo: Anexar à segunda via da ficha do documento, encaminhando – a ao seu destino. 3º Passo: Inscrever os dados constantes da ficha de protocolo na ficha de procedência e assunto (quando for o caso). 4º Passo: Arquivar as fichas de protocolo. 720

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