CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

quarta-feira, 13 de março de 2024

Protocolo é o serviço encarregado do recebimento


 Eixo Temático 2

  Protocolo

 Protocolo é o serviço encarregado do recebimento, registro, classificação, distribuição, controle da tramitação e expedição de documentos. O protocolo compreende um conjunto de operações que possibilita o controle do fluxo documental no local, o qual se disponibiliza viabilizando a sua recuperação e o acesso à informação. Recebimento e classificação Recebimento e classificação remetem-se à entrada de documentos de origem interna ou externa anteriormente identificada e posteriormente analisados atendendo ao plano de classificação do órgão. Rotinas de recebimento e classificação de arquivos correntes 1º Passo: Receber a correspondência. 2º Passo: Separar a correspondência oficial da particular. 3º Passo: Distribuir a correspondência particular. 4º Passo: Separar a correspondência oficial de caráter ostensivo da de caráter sigiloso. 5º Passo: Encaminhar a correspondência sigilosa aos destinarias. 6º Passo: Abrir a correspondência ostensiva 7º Passo: Interpretar e classificar com base no código de assunto adotado. 8º Passo: Colocar o carimbo do protocolo – o número e a data (canto superior direito do documento). 9º Passo: Interpretar e classificar com base no código 10º Passo: Elaborar o resumo do assunto a ser lançado na ficha de protocolo. Encaminhar os papéis ao setor de registro e movimentação. Registro e movimentação Esse setor exerce a função de distribuir e redistribuir documentos, onde propõe as medidas de organização mencionando normas e rotinas. Rotinas de registro e movimentação de arquivos correntes 1º Passo: Preparar a ficha de protocolo (em duas vias) 2º Passo: Anexar à segunda via da ficha do documento, encaminhando – a ao seu destino. 3º Passo: Inscrever os dados constantes da ficha de protocolo na ficha de procedência e assunto (quando for o caso). 4º Passo: Arquivar as fichas de protocolo em ordem numérica. 5º Passo: Receber dos vários setores dos documentos a serem redistribuídos e anotar nas respectivas fichas numéricas o novo destino. 6º Passo: Encaminhar documentos aos respectivos destinos. Expedição Trata-se do encaminhamento de documentos do protocolo para outro setor/instituição ou para setores internos/unidades da mesma instituição. Em suma, as rotinas seguem as ordens conforme dispostas na Tabela abaixo: Rotinas de expedição de arquivos correntes 1° Passo: Receber a correspondência (original, envelope e cópias em cores e quantidades a determinar) 2° Passo: Verificar se não faltam folhas em anexo 3º Passo: Numerar e completar a data no original e nas cópias 4º Passo: Separar a original das cópias. 8.8 Serviços de apoio e infraestrutura (protocolo, movimentação de arquivos, sistemas de informação, manutenção de equipamentos e manutenção de instalações físicas). 85 5º Passo: Expedir o original, com os anexos se for o caso. 6º Passo: Encaminhar as cópias, acompanhadas dos antecedentes que lhes deram origem, ao setor de arquivamento, isto é, ao arquivo propriamente dito. Questões 01. (Prefeitura de Guatambú/SC - Assistente Administrativo - FEPESE/2022). No setor de protocolo, quando o destinatário de um documento público é externo à instituição, procede-se à(ao): A - Tradução do documento. B -Destruição do documento. C - Arquivamento do documento. D - Devolução do documento. E - Expedição do documento. 02. (CREFITO/6ª Região - Recepcionista - Quadrix/2022). Acerca da administração e da organização de arquivos correntes, assinale a alternativa correta. A - A função primordial dos arquivos é restringir o acesso às informações contidas nos documentos. B - A atividade de empréstimo e consulta não consiste em uma atividade nobre do arquivo. C - O protocolo consiste em receber, separar e distribuir as correspondências. D - O protocolo não é o único responsável pela abertura de processos. E - O protocolo é uma característica do arquivo permanente. 03. (SAEG - Assistente de Serviços Administrativos - VUNESP/2021). A correta definição de protocolo na terminologia arquivística engloba o serviço encarregado de: 54 Cruz, Tadeu. Manual de Técnicas Administrativas. Disponível em: Minha Biblioteca, Grupo GEN, 2018 55 A - recebimento, registro, classificação, distribuição, controle da tramitação e expedição de documentos. B - recebimento, registro e tramitação de expedientes. C - recebimento, registro e classificação de expedientes. D - recebimento, expedição de documentos e posterior arquivo. E - recebimento, registro, expedição de documentos e posterior arquivo. Alternativas 01. C – 02. C – 03. A Recebimento, distribuição, tramitação, expedição de documentos O processo de recebimento, distribuição, tramitação, expedição54 depende dos processos já definidos dentro de cada instituição. Em geral, no recebimento há uma atividade de protocolar todos os documentos recebidos para que fique registrada sua entrada na organização. A atividade de recepção55 consiste em receber as correspondências e documentos e proceder a separação dos mesmos quanto aos seguintes aspectos: oficiais, particulares, ostensivos e sigilosos. Feito o recebimento, os encarregados pelo protocolo selecionam e separam os documentos de acordo com os destinatários dentro da organização. Depois de protocolados e separados os documentos, os encarregados pelo setor de protocolo distribuem os documentos na empresa. Esta atividade (distribuição) consiste em efetuar a entrega dos documentos, processos e correspondências aos destinatários; exercer o controle de movimentação dos documentos e prestar informação sobre sua localização. http://www1.udesc.br/arquivos/id_submenu/2058/rotinas_e_procedimento s.pdf 2 86 O processo de expedição de documentos segue o caminho inverso. O colaborador que deseja enviar uma correspondência física encaminha esse documento para o setor de protocolo que, também, é responsável pela expedição dele. A expedição consiste no envio dos documentos originais (com anexos, se for o caso) aos destinatários, via Correios (ECT), malotes ou por entrega pessoal Rotinas de Expedição Via Mensageria Interna - Recolhe a documentação interna nos escaninhos destinados à distribuição. - Verifica o destinatário e a Papeleta de encaminhamento no caso de tratar-se de documento. - Agrupa os documentos, processos e correspondências por unidade setor de destino. - Entrega o documento, processo ou correspondência. - Solicitar a confirmação do recebimento. Rotinas de Expedição Via Mensageria Externa - Recolhe a documentação nos escaninhos destinados à distribuição externa. - Verifica o destinatário e o recibo. - Agrupa as correspondências, os documentos e processos por unidade/órgão de destino. - Lista o roteiro de entrega (locais a serem visitados). - Entrega as correspondências, os documentos e processo ou correspondência. - Recolhe assinatura e identificação do recebedor no recibo que acompanha o documento, processo ou correspondência. - Se houver documento externo, o mensageiro deve recebê-lo, assinando o recibo a ele apresentado com letra legível. - Entrega ao Protocolo os documentos e processos recebidos. - Separa os recibos assinados por data. - Arquivar os recibos. Rotina de Expedição Via Malote - Recolhe a documentação interna destinadas ao malote. - Verifica os destinatários. - Agrupa as correspondências, os documentos e processos correspondências por unidade de destino. - Separa lacre numerado. - Preenche a Guia de Remessa de Malote, informando os documentos e processos encaminhados, o número do lacre, o número do malote, imprimindo três vias. - Guarda uma das vias para si e coloca duas vias dentro do malote, juntamente com a documentação a ser expedida. - Inverte o cartão de destinatário, existente na parte externa do malote, para a correta identificação do destinatário. - Fecha o malote e lacra. - Agrupa os malotes. - Lista os malotes a serem enviados. - Entrega os malotes aos Correios. Toda a correspondência que é expedida da empresa deve possuir em arquivo a respectiva cópia. Quando a correspondência for registada, juntamente com a cópia, deve ser arquivado um exemplar do talão de aceitação. No caso do registo ser com aviso de recepção, este, após ser devolvido pelo destinatário com a respectiva assinatura, deve também ser arquivado com a cópia da correspondência. Questões 01. (Prefeitura de Xaxim/SC - Agente Administrativo - FEPESE/2019). Analise as afirmativas abaixo sobre a expedição de correspondências na administração pública.  87 1. A expedição de correspondências pode ser realizada de diferentes formas, dependendo do tipo de correspondência e de sua urgência. 2. A expedição de correspondências deve ser realizada sempre pelo serviço de SEDEX. 3. O serviço de SEDEX pode ser utilizado sempre que houver necessidade de maior celeridade na entrega. 4. A urgência da correspondência não altera sua forma de expedição. Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas. A - É correta apenas a afirmativa 1. B - É correta apenas a afirmativa 3. C - É correta apenas a afirmativa 4. D - São corretas apenas as afirmativas 1 e 3. E - São corretas apenas as afirmativas 2 e 4. 02. (Prefeitura de Coronel Freitas /SC - Auxiliar Administrativo - FEPESE/2020). Assinale a alternativa que relaciona corretamente duas atividades típicas do setor de expedição de correspondências em uma organização: A - Redação e descarte de correspondências. B - Redação e formatação de correspondências. C - Redação e tradução de correspondências. D - Redação e encaminhamento de correspondências. E - Registro e encaminhamento de correspondências. Alternativas 01. B – 02. E 56 Chiavenato, Idalberto. Gestão de Materiais: Uma Abordagem Introdutória. Disponível em: Minha Biblioteca, (4th edição). Grupo GEN, Sistemas de Informação para administração de patrimônio, materiais e logística Um sistema de informação, pode ser definido como um conjunto decomponentes inter-relacionados que objetivam a coleta, o processamento, a armazenagem e distribuição de informações destinadas a apoiar a tomada de decisões, acoordenação e o controle de uma organização. O sistema de informação é umconjunto organizado de pessoas, hardware, software, redes de informação e recursos dedados que coleta, transforma e dissemina informação em uma organização. A Gestão de Materiais (GM)56 , principalmente a logística, utiliza uma variedade de softwares consagrados pelo uso. Os principais são: Enterprise resource planning (ERP) – Sistemas integrados de gestão empresarial: são sistemas de informação capazes de integrar a totalidade dos dados e processos de uma organização em um único sistema. Essa integração apresenta duas características importantes: Perspectiva funcional: abrange Finanças, Contabilidade, Produção, Marketing, Vendas, Compras, Recursos Humanos etc. Perspectiva sistêmica: abrange sistemas de processamento de transações, sistemas de informações gerenciais, sistemas de apoio à decisão etc. Material requirement planning (MRP) – Sistemas de planejamento de requisições de material: são sistemas relacionados com as necessidades de materiais dos vários órgãos da empresa. 2022 88 Warehouse management system (WMS) – Sistemas de automação e gerenciamento de depósitos, armazéns e linhas de produção: são sistemas que abrangem toda a cadeia de suprimentos e fornecem elementos para o planejamento da rotatividade de estoques no sentido de maximizar a utilização do espaço. Transportation management system (TMS) – Sistemas de gestão dos transportes: são sistemas que abrangem todo o processo de distribuição no sentido de proporcionar elevada qualidade e produtividade, permitindo planejar e controlar as operações de transporte de maneira integrada. Já na gestão pública há os sistemas estruturadores57 (sistemas de informação) que são os mecanismos de suporte (auxiliares) às atividades desempenhadas pelos órgãos setoriais (unidades responsáveis em cada órgão ou entidade), sob a coordenação e supervisão de um órgão central. Parte dos processos executados nesses sistemas estão centralizados em sistemas de informação (sistemas estruturantes) – ou seja, em plataformas tecnológicas (softwares) – gerenciados pelos órgãos centrais. Na área pública patrimonial, de materiais, compras e logística há o SISG (Sistema de Serviços Gerais) que organiza as atividades de administração de edifícios públicos e imóveis residenciais, bens, serviços, transporte, comunicações administrativas e documentação. A função logística é apoiada por diferentes sistemas, que são gerenciados por órgãos distintos. O SISG58 surge, assim, como parte integrante de um sistema administrativo orgânico que 57 https://www.gov.br/economia/pt-br/assuntos/sistemas-estruturadores 58 https://www.gov.br/compras/pt-br/acesso-ainformacao/institucional/sisg engloba toda a Administração Pública Federal, num esforço de coordenação das atividades de logística pública com vistas a maior eficiência Plataformas Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais (SIASG): também conhecido como ComprasNet, tem o objetivo de facilitar e agilizar os processos de compra e aquisição de materiais e serviço do Governo Federal. É uma ferramenta para a modernização da área de serviços gerais, em especial no cadastramento de fornecedores, do catálogo de aquisições e no registro de preços de bens e serviços. É gerido pelo órgão central do SISG. O Sistema inclui: - Divulgação e a realização das licitações, - Emissão de notas de empenho, - Registro dos contratos administrativos, - Catalogação de materiais e serviços e - Cadastro de fornecedores. Sistema Integrado de Gestão Patrimonial (SIADS): operacionaliza a gestão e automatiza o registro contábil de bens móveis, de consumo e permanentes, dos bens intangíveis e da frota de veículos. O reaproveitamento de bens móveis é feito no Reuse.Gov. O SIADS59 é uma solução que possibilita aos órgãos da Administração Pública Federal um controle completo e efetivo de seus estoques de materiais, bens patrimoniais e serviços de transporte. É uma ferramenta que se destina à informatização e à operacionalização do gerenciamento e controle dos estoques de bens móveis, permanentes e de consumo, de bens intangíveis e frota de veículos O sistema permite o controle permanente de depreciação dos bens, viabiliza a 59 https://www.gov.br/tesouronacional/pt-br/contabilidade-ecustos/gestao-patrimonial/siads  89 realização de inventário eletrônico em plataforma mobile e amplia a automação do registro contábil, ao possibilitar que o ato e fato das ações administrativas sejam registrados no Siafi (Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal), em tempo real por meio do SIADS. Questões 01. (MPE/SC - Analista do Ministério Público – FEPESE). Não é uma ferramenta da logística: A - ERP (Enterprise Resource Planning). B - BLS (Business Logistics System). C - MRP (Material Requirement Planning). D - WMS (Warehouse Management System). E - TMS (Transportation Management System). Alternativas 02. (TRE/PE - Analista Judiciário - CESPE / CEBRASPE). Assinale a opção correta, acerca das funcionalidades do Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais (SIASG). A - O usuário que registra documentos no sistema é também responsável pela verificação da conformidade mensal. B - O usuário cadastrado na modalidade de uso geral tem permissão para apenas realizar consultas gerais. C - O perfil auditoria é atribuído ao servidor responsável pelo acompanhamento da execução de contrato. D - O SIASG disponibiliza informações sobre processos licitatórios, cadastro de fornecedores e catálogo de materiais e serviços. E - O nível de acesso 2 — órgão — permite o acesso geral a todos os dados da base do SIASG. Alternativas 01. B – 02.D Escritório Escritório refere-se ao local (a divisão de uma habitação ou de uma empresa) onde se exercem atividades administrativas, onde exista um mobiliário (escrivaninha ou secretária com estantes) utilizado para esse fim. Pode ter várias formas de organização e de distribuição do espaço consoante a quantidade de trabalhadores e a função de cada um. Os serviços importantes fornecidos pelo escritório incluem serviços administrativos e outros para os outros departamentos da organização, que não podem funcionar sem o escritório. Material de escritório O material, por sua vez, é o conjunto dos objetos, elementos e ferramentas que são necessários para a realização de algo em concreto. Tudo o que é material, para além de concreto, é tangível e diz respeito às pessoas (e não às coisas). O material de escritório evoluiu para permitir maior automação. Automação de escritório significa usar máquinas para executar tarefas repetitivas e tediosas que as pessoas costumavam fazer. As equipes também ajudam os trabalhadores a realizar seu trabalho com mais rapidez e eficiência. Entre os equipamentos que podemos encontrar em um escritório estão: Telefones comerciais e telefones de mesa: Eles são os principais meios utilizados para a comunicação direta com clientes e fornecedores. Computadores: Processar as informações, que atualmente são a alma de qualquer escritório. Eles também são essenciais para a comunicação, graças ao email. Rede de computadores e conexão à Internet: Se a informação é a alma da empresa, as redes de computadores são as  90 artérias que canalizam essa informação por todas as áreas da empresa. Fiação Ethernet, roteadores e um modem são necessários para conectar a rede local à Internet. Impressoras multifuncionais: Quando a informação é digital, queremos imprimi-la e, se for impressa, queremos digitalizá-la. Por outro lado, queremos recebê-lo ou enviá-lo por fax. Essas equipes fazem tudo. Trituradores de papel: Ao gerar papel impresso, muitas vezes você precisa destruí-lo. O escritório é responsável pelas informações que possui. Fotocopiadoras: Fundamental para fazer cópias de documentos. Projetores e telas de vídeo: Usado para apresentações na sala de reuniões. Equipamento para comerciantes: Máquinas de ponto de venda e caixas registradoras. Móveis Dentro dos móveis de um escritório, podemos encontrar o seguinte: Cadeiras Secretárias Cubículos Armários de arquivo Tapetes Mesas de reunião Material de escritório e suprimentos Alguns dos materiais e suprimentos necessários para a operação de um escritório são: – Folhas de papel branco: usadas para impressões e fotocópias, para escrever pequenas notas e para apresentações em flip chart. – Papel em rolo: papel térmico para fax, fita adesiva, papel para ponto de venda. – Formulários pré-impressos:: faturas, declarações fiscais, recibos de pagamento, calendários de mesa. – Etiquetas e papel adesivo: etiquetas para pastas, etiquetas de preços e post-it. – Consumíveis de impressão: cartuchos de tinta e cartuchos de toner. – Mídia de armazenamento portátil: pen drives e cartões de memória. – Fixadores mecânicos: clipes de papel e tipo borboleta, grampos. – Fixadores químicos: fita adesiva transparente, cola. – Itens de limpeza: esfregões, lixeiras, lixeiras, vassouras, sabão, purificadores de ar, desinfetantes, toalhas de papel e papel higiênico. – Máquinas pequenas: perfuradoras de papel, grampeadores, grampeadores, carimbos de borracha, numeradoras e apontadores. – Armazenamento físico: pastas, envelopes, caixas, prateleiras e organizadores de mesa. – Materiais para escrever e revisores: lápis, canetas, marcadores, fita corretiva, corretivo líquido e borrachas. Noções de Uso e Conservação Organizadores Manter uma boa aparência no escritório e tornar mais fácil encontrar certos itens, os organizadores são importantíssimos materiais para esse ambiente de trabalho. Os organizadores são caixas feitas de materiais resistentes e que podem serusados para guardar diferentes tipos de objetos que caibam ali. Com essas caixas é possível guardar o que não se utiliza no escritório com tanta frequência, assim se tem mais espaço nas gavetas e na mesa para armazenar itens importantes e mais usado. Impressoras e máquinas de fax Uma maneira de evitar o desperdício de papel é utilizar o recurso de "visualização de impressão" para detectar erros antes de imprimir. Outra maneira é usar o recurso de 2 91 impressão em dupla face para maximizar o uso de papel. Computadores Configure o modo "stand-by" nos computadores para que entrem em hibernação automaticamente - e consumam menos energia - quando não forem utilizados por um período de tempo específico. Protetores de tela não reduzem o consumo de energia de modo que verifique se há disponibilidade de mecanismos de poupança de energia nos computadores. Periféricos auxiliares, tais como "scanners" ou câmeras digitais, não precisam ficar ligados na tomada se não estiverem em uso, então incentive os funcionários a desligar esses itens depois de usá-los. Serviços de reparos e consertos de máquinas e equipamentos de processamento de dados e periféricos, máquinas e equipamentos gráficos, aparelhos de fax, calculadoras, eletrodomésticos, máquinas de escrever e afins. Devem ser feitos regularmente. Isto é, recomenda-se realizar a manutenção periódica das máquinas e equipamentos de escritório em assistência técnica especializada. Cuidados com os Materiais no Ambiente de Trabalho - Manter blocos, papéis ou impressos para recado na mesa de trabalho; - Manter clipes, apontadores, borrachas, corretivos em gavetas com divisórias; - Manter porta-lápis limpo e em ordem; - Manter os móveis limpos; - Utilizar capas nos equipamentos; - Ligar tomadas, luzes e equipamentos quando forem utilizados e desligá-los ao sair; - Deixar listas telefônicas, guias e agendas organizadas e ao alcance de todos; - Organizar a mesa de trabalho; - Zelar pelos objetos decorativos e manter a sala arejada; - Verificar, diariamente, se os equipamentos estão funcionando adequadamente; - Arquivar cartões de visitantes. Questões 01. (CAU/RJ - Assistente Administrativo – IADES). Em relação ao uso e à conservação de equipamentos de escritório, assinale a alternativa correta. A - Os gastos com a manutenção preventiva de equipamentos podem evitar diversos gastos relativos à sua manutenção corretiva. B- Todos os equipamentos de trabalho devem permanecer sempre ligados, independentemente de estarem ou não em uso pelos trabalhadores, já que, em algum momento, será necessário utilizá-los. C- A economia de energia, no ambiente de trabalho, só é necessária para as empresas que passam por alguma crise financeira, caso contrário, essa não será uma preocupação da organização. D- A conservação de equipamentos de escritório não é capaz de prevenir a ocorrência de acidentes no ambiente de trabalho. E - A capacitação dos funcionários para a utilização de determinado equipamento da empresa pode gerar um gasto elevado para a organização, portanto, deve ser sempre evitado. 02. (CRO/PB - Auxiliar de Serviços Gerais – Quadrix). A respeito de uso e manutenção de equipamentos de escritório, julgue o item. A limpeza e a organização do ambiente de trabalho são irrelevantes para a conservação dos equipamentos de escritório. ( ) Certo ( ) Errado  92 03. (CELESC - Assistente Administrativo - FEPESE/2019). No tocante às noções de uso e conservação de equipamentos de escritório, assinale a alternativa que descreve a atitude correta. A - Disponibilizar os manuais de uso dos equipamentos de escritório é suficiente para garantir o uso adequado dos mesmos. B - Realizar a manutenção preventiva indicada para cada tipo de equipamento de escritório. C - Enviar e-mails com tutoriais de uso dos equipamentos de escritório é suficiente para garantir o uso adequado dos mesmos. D - Não gastar recursos e energias com orientações acerca do uso de equipamentos de escritório que tenham baixo custo de manutenção, como as impressoras. E - Manter um ambiente asseado não guarda relação com uso e conservação de equipamentos de escritório. 04. (CRA/AC - Auxiliar Operacional – Quadrix). Em relação às noções de uso e conservação dos equipamentos de escritório, assinale a alternativa que apresenta uma atitude correta. A - Canetas, papéis e objetos devem ficar jogados sobre mesas e bancadas, não necessitando haver um local apropriado para seu armazenamento. B - Quando algum aparelho eletrônico, como um computador ou uma fotocopiadora, apresentar algum defeito técnico, deve-se tentar consertá-lo, mesmo não tendo os conhecimentos necessários para efetuar o conserto. C - Objetos utilizados durante o expediente devem ser guardados em local apropriado após a utilização. D - Todos os equipamentos e objetos da empresa podem ser designados para uso pessoal sem o menor problema. 60 https://cargox.com.br/blog/transformacao-digital-na-logistica-umE - A utilização sustentável de recursos não diz respeito à economia de folhas de papel e energia elétrica. Alternativas 01. A – 02. Errado – 03.B – 04. C O cenário atual é estabelecido pelo conceito conhecido como Indústria 4.0. Também chamado de Quarta Revolução Industrial, onde todo o processo está relacionado à integração entre tecnologias e etapas operacionais dentro e fora de uma organização. A transformação digital na logística pode mudar estruturalmente todo o setor, agilizar processos, reduzir custos e melhorar a qualidade dos serviços. Assim a utilização de tecnologia no processo operacional logístico, tem se tornado popular com o meio tech cada vez mais ligado ao setor logístico, desde o rastreamento de cargas e produtos até a otimização de rotas. A implementação da tecnologia no processo logístico faz uso de equipamentos tecnológicos que permitem mais produtividade, como: contêineres, veículos, paletes e sistemas de transporte inteligentes para criar um fluxo de abastecimento automatizado, que funcione em rede. Soluções Tecnológicas60 que podem ser utilizadas no processo logístico Inteligência artificial Com esse recurso, é possível desenvolver algoritmos que aprendem com a prática e já não precisam ser programados. panorama-completo-sobre-o-assunto/ 8.9 Logística e transformação digital  93 Dessa forma, automatizam tarefas e garantem melhores resultados. Com a logística, isso aparece de diversas maneiras. Um sistema pode recomendar rotas específicas, de acordo com as preferências definidas anteriormente. Ciência de Dados A Ciência de Dados (ou Data Science) inclui o estudo de um grande volume de informações em busca de um entendimento completo sobre a atuação. Por meio desse recurso, é fácil analisar várias fontes de dados e encontrar a correlação entre eles. Com a proposta de Big Data, por exemplo, um negócio é capaz de identificar suas principais necessidades de transporte ou prever a demanda de veículos. Também é possível ter mais inteligência sobre o mercado e sobre suas exigências de maneira ampla. Aplicativos e sistemas Os sistemas e softwares de gestão permitem acompanhar os vários pontos da cadeia de valor. Dá para ter informações sobre estoque, compras, vendas e entregas. Também é simples usar os módulos de acordo com a demanda. Já os aplicativos trazem uma atuação ainda mais funcional e orientada para as exigências do empreendimento. É possível, por exemplo, solicitar serviços diferenciados de transporte e obter além do que uma transportadora oferece. Com um bom aplicativo, também há como fazer o controle de boa parte das operações em uma única tela. Com essa visão amplificada do processo, fica fácil tomar decisões mais acertadas. 61 https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/atualidades/o-impactoda-inteligenciaartificial.htm#:~:text=A%20substitui%C3%A7%C3%A3o%20de%20emp Computação na nuvem A Computação na nuvem (ou cloud computing) é outra grande mudança na transformação digital na logística. Ela se baseia no armazenamento de informações em um servidor remoto, chamado de nuvem. Os dados, então, passam a ser acessíveis de diferentes pontos, de acordo com as necessidades da empresa. É esse avanço que permite, por exemplo, o uso descomplicado de aplicativos, em substituição aos softwares instalados tradicionais. Logística integrada A transformação digital possibilita a concretização da logística integrada. Antes da entrada de tecnologia, o setor era dividido em muitas partes, o que inviabilizava a construção de um fluxo realmente eficiente. Com a tecnologia, tornou-se viável estabelecer um setor com dados que se transportam corretamente. Fazendo o uso das tecnologias adequadas, uma equipe de compras consegue entender as necessidades de estoque de forma ampla. Já o time de transporte se comunica com o de vendas em busca da boa experiência do cliente. A inteligência artificial61 é uma área da ciência da computação que busca desenvolver máquinas capazes de realizar tarefas que normalmente exigiriam inteligência humana. Essas máquinas são programadas para aprender, raciocinar e tomar decisões com base em dados e algoritmos. regos%20por,podem%20perpetuar%20preconceitos%20e%20discrimina %C3%A7%C3%B5es. 8.10 Impacto da Inteligência Artificial nos processos de trabalho 94 A inteligência artificial62 permite que os esforços destinados a atividades operacionais sejam reduzidos, pois ela é capaz de conduzir essas tarefas. A IA representa o desenvolvimento de sistemas de computadores capazes de realizar tarefas que normalmente demandariam inteligência humana, como percepções visuais, tomada de decisões e até traduções entre idiomas A inteligência artificial promete impulsionar o desenvolvimento das pessoas, estimulando a criatividade e dando ferramentas que apoiam a execução de tarefas cotidianas. Assim, a IA tem o potencial de automatizar tarefas rotineiras e repetitivas, permitindo que as pessoas se concentrem em atividades mais complexas, além disso, a AI pode melhorar a precisão e a velocidade de processos, reduzindo erros humanos. Ela já atende a objetivos práticos, como redução de custos e otimização de processos e tarefas considerados essencialmente repetitivos. Um exemplo da utilização da Inteligência Artificial63 no departamento de Recursos Humanos, onde ferramentas de triagem de currículos baseadas em AI podem ajudar a filtrar e selecionar candidatos de maneira mais eficiente, economizando tempo e recursos. Isso permite que os profissionais de RH concentrem-se em atividades mais estratégicas, como o desenvolvimento de talentos e a criação de um ambiente de trabalho positivo. Outros impactos mais visíveis da inteligência artificial é a automação de tarefas. Muitos empregos que antes eram realizados por humanos estão sendo substituídos por máquinas inteligentes. Por exemplo, em fábricas, robôs estão assumindo funções repetitivas e perigosas, aumentando a eficiência e reduzindo os riscos para os trabalhadores. No setor de transportes, carros autônomos estão se tornando uma realidade, o que pode revolucionar a forma como nos deslocamos. No entanto acredita se que a AI não está destinada a substituir empregos, mas sim a complementar e aumentar a eficiência das profissões Eixo Temático 3 1 Conceito de Políticas Públicas A discussão sobre política pública1 , assim como qualquer abordagem atual sobre a administração pública, deve considerar três grandes tendências que ocorrem em escala planetária e que se inter-relacionam: a globalização da economia, a transformação do Estado e o processo de descentralização. Essas megatendências influenciam os programas nacionais de desenvolvimento, alteram o papel das instituições públicas, reorientam os processos de integração nacional, pressionam por mudanças organizacionais, alteram a relação público privado, promovem o surgimento de novos atores políticos e fortalecem a territorialidade dos processos socioeconômicos. O Estado, considerado em qualquer um de seus níveis, possui acesso a um número limitado de recursos que devem ser utilizados para atender a um número significativo de demandas da sociedade e tendem a crescer. Desse modo, as funções estatais, para serem exercidas, necessitam de um mínimo de planejamento, com a adoção de critérios de racionalidade para que as metas e os objetivos sejam alcançados de forma eficiente. De maneira sucinta, é disso que tratam as políticas públicas: a gestão dos problemas e das demandas coletivas por meio da 1 Dias, Reinaldo. Gestão Pública - Aspectos Atuais e Perspectivas para Atualização. Disponível em: Minha Biblioteca, Grupo GEN, 201 utilização de metodologias que identificam as prioridades, racionalizando a aplicação de investimentos e utilizando o planejamento como forma de se atingir os objetivos e metas predefinidos. Uma política pública pode ser considerada um programa de ação de um governo ou de uma organização não governamental, investida de poder público e legitimidade governamental. As políticas públicas2 são outputs resultantes da atividade política: compreendem as decisões e ações que decorrem de decisões políticas tomadas por agentes públicos. O sistema político, representado pelos agentes públicos, interpreta os inputs do ambiente e de seu próprio interior e os converte em políticas públicas. Uma política pública implica o estabelecimento de uma ou mais estratégias orientadas à solução de problemas públicos e/ou à obtenção de maiores níveis de bem estar social. Resulta de um processo decisório que emerge no seio do governo com participação da sociedade civil, em que são estabelecidos os meios, os agentes e os fins das ações a serem realizadas. Para que uma política de governo se converta em política pública, é necessário que ela se baseie em programas concretos, critérios, linhas de ação e normas, planos, previsões orçamentárias, humanas e materiais; também podem ser incluídas as disposições constitucionais, as leis e os regulamentos, os decretos e as resoluções administrativas, entre outras normas. A elaboração da política pública passa por um processo no qual se define como e por que certos problemas são inclusos na agenda do governo, certas ações são escolhidas no lugar de outras e adotam-se certos padrões de implementação de 2 Maximiano, Antonio Cesar, A. e Irene Patrícia Nohara. Gestão Pública. Disponível em: Minha Biblioteca, Grupo GEN, 2017 1 As diferentes conceituações de políticas públicas. 2 O processo de elaboração de políticas. 2.1 O papel do Estado. 2.2 A burocracia e o Estado. 2.3 Poder, racionalidade e tomada de decisões. 2.4 O papel da burocracia e a discricionariedade no processo de formulação e implementação de políticas públicas 2 determinados critérios de avaliação de suas política Resumindo as Políticas públicas são um conjunto de processos (ações, programas, medidas e iniciativas) criados pelos governos, sejam eles nacionais, estaduais ou municipais, com a participação de entes públicos ou privados para assegurar determinado direito da população. Vale dizer que esse direito pode beneficiar diversos grupos de uma sociedade ou uma parcela específica. As ações podem contemplar áreas como saúde, educação, meio ambiente, segurança, entre outras. Via de regra, as políticas de interesse público têm como objetivo garantir à população os direitos previstos na Constituição Federal. Tipos de políticas públicas Há diversos critérios para classificar as políticas públicas. Finalidade temática Segundo o critério da finalidade temática, as políticas podem ser classificadas em: Política ambiental. Controle ambiental, recursos hídricos, recursos naturais etc. Política cultural. Artes plásticas, teatro, cinema, música. Política econômica. Fiscal, monetária, trabalho, comércio internacional, finanças públicas etc. Política social (ou políticas sociais). Assistência social, habitação, trabalho, saúde, educação etc. Política de defesa de direitos de grupos específicos de cidadãos. Crianças, adolescentes e jovens, idosos, mulheres, homossexuais, pessoas com necessidades especiais etc. Política de infraestrutura. Energia, transporte, telecomunicações, saneamento. Política de uso e ocupação do solo. Ordenamento do território, preservação e recuperação ambiental, atividades econômicas, zoneamento. Política industrial. Incentivos, financiamento, desenvolvimento regional, promoção de instalação de novas empresas etc. Política científica e tecnológica. Fomento da pesquisa, interação empresa universidade-institutos de pesquisa, áreas prioritárias de pesquisa para financiamento, bolsas de estudo, internacionalização etc. Ação do governo A ação do governo – especialmente sua capacidade de coerção e os impactos que provoca sobre grupos de interesse: Distributivas: Referem-se a decisões alocativas, sem contrapartidas fiscais, esse tipo de política implica nas ações cotidianas que todo e qualquer governo precisa fazer. Ela diz respeito à oferta de equipamentos e serviços públicos, mas sempre feita de forma pontual ou setorial, de acordo com a demanda social ou a pressão dos grupos de interesse. Definem meios para a distribuição de recursos: reforma agrária, isenção tributária, tarifas favorecidas, subsídios. Há potencial de conflito quando as políticas distributivas beneficiam grupos específicos, o que não acontece quando os benefícios são abrangentes. São exemplos de políticas públicas distributivas: as podas de árvores, os reparos em uma creche, a implementação de um projeto de educação ambiental ou a limpeza de um córrego, dentre outros. O seu financiamento é feito pela sociedade como um todo através do orçamento geral de um estado. Redistributivas. São políticas que promovem o deslocamento de recursos para áreas ou grupos sociais desfavorecidos. São  3 aquelas que de várias formas (transferências, isenções, etc.) redistribuem recursos de qualquer natureza, entre grupos sociais. Consistem em redistribuição de renda em forma de recursos e financiamentos de equipamentos e serviços públicos. Do ponto de vista da justiça social o seu financiamento deveria ser feito pelos estratos sociais de maior poder aquisitivo, de modo que se pudesse ocorrer, portanto, a redução das desigualdades sociais. No entanto, por conta do poder de organização e pressão desses estratos sociais, o financiamento dessas políticas acaba sendo feito pelo orçamento geral do ente estatal (união, estado federado ou município). São exemplos de políticas públicas redistributivas: os programas de bolsa escola, bolsa-universitária, cesta básica, renda cidadã, isenção de IPTU e de taxas de energia/água para famílias carentes, zonas francas, dentre outros. Regulatórias. Impõem padrões de comportamento a indivíduos ou grupos, com a finalidade de incentivar ou coibir. Zoneamento urbano, restrições à circulação de veículos e proibições de forma geral. Disciplinam aspectos da atividade social, esse tipo consiste na elaboração das leis que autorizarão os governos a fazerem ou não determinada política pública redistributiva ou distributiva. Se estas duas implicam no campo de ação do poder executivo, a política pública regulatória é, essencialmente, campo de ação do poder legislativo. Constituintes ou constitutivas: Estabelecem procedimentos para a adoção de decisões públicas e relações entre os vários aparatos do Estado. Cada tipo de política pressupõe uma arena de poder diferente, uma rede diferente de atores, uma diferente estrutura decisional e um contexto institucional diferente. Organizam as condições para o enfrentamento de determinados problemas. Criar uma nova agência governamental, destinar recursos orçamentários ou promulgar legislação para enfrentar uma situação são exemplos desse tipo de política. Processo de elaboração de uma política pública De forma habitual, a origem de uma política pública é a agenda pública, ou seja, o conjunto de temas que são objeto de discussão pública. A agenda é determinada em um processo vinculado à dinâmica das relações de poder, às características do sistema político e ao tipo de relações existentes entre o Estado e a sociedade civil. Trata-se de um processo contínuo no qual são incluídos e excluídos temas e atores. A concepção de uma política pública implica a adoção de um conjunto abrangente de decisões que são parte de um processo. Esse processo compreende uma série contínua de etapas ou fases, que são formação da agenda, formulação de políticas, processo de tomada de decisões, implementação e avaliação. Formação da agenda A formação da agenda é a etapa na qual os problemas despertam a atenção do governo como possíveis temas de políticas públicas. É uma etapa importante do processo de análise de políticas em razão da capacidade de atenção limitada do governo e pelo fato de os problemas de políticas públicas não serem dados antecipadamente, e sim como resultado de definições. Inclui a identificação e a definição do problema, em virtude de que os problemas públicos são  4 construções sociais que refletem construções específicas da realidade. Caso um problema seja identificado por algum ator político (partidos, ONGs, gestores públicos) que tenha interesse em sua resolução, tal ator poderá lutar para que o problema seja incluído na lista de prioridades de atuação. Essa lista de prioridades é conhecida como agenda. O processo de formação da agenda é aquele no qual as demandas de vários grupos da população se transformam em assuntos que disputam entre si para chamar a atenção das autoridades públicas. É importante destacar que nem todos os problemas públicos conseguem chamar a atenção governamental e resultar em providências. E nem todos os problemas conseguem com a mesma facilidade e certeza fazer parte dos temas públicos e colocar-se entre os assuntos prioritários do governo. Formulação de políticas Na fase de formulação de uma política pública, procura-se definir o problema, para fixá-lo, identificando quais ações deverão ser implementadas. Para que as ações das autoridades públicas sejam iniciadas, é necessário que o problema possa se converter em uma questão pública. Isso exige que esse problema ganhe importância e obtenha notoriedade pública, influenciando os valores sociais em ascensão, e assim por diante. No entanto, a presença de qualquer um desses elementos não garante que o problema se torne uma prioridade pública. Para que isso ocorra, é necessário que o problema seja politizado e que se incorpore à agenda política, o que exige não só a definição do problema, mas também a agregação de interesses dos diferentes grupos envolvidos e sua representação e organização. O fato de que um problema vai levar à formulação de políticas públicas dependerá não tanto de sua relevância ou de seu objetivo, mas de como os setores envolvidos se mobilizaram e se organizaram para conseguir incorporar o problema ao campo de atuação das políticas públicas. Para isso, é necessário que o problema passe da agenda genérica, na qual aparecem os problemas socialmente valorizados, à agenda pública, onde estão selecionados aqueles que vão ser objeto de uma resposta por parte das autoridades públicas. Definido o problema, é necessário formular os objetivos, determinar o que se pretende com a ação das autoridades públicas, relacionar os recursos necessários disponíveis no orçamento e definir o prazo previsto para o alcance dos objetivos. Uma vez estabelecidos os objetivos, é necessário propor alternativas, ou seja, possíveis soluções para o problema, buscando escolher a opção mais eficiente. O processo será concluído com a elaboração de um plano de ação. A escolha de alternativas requer considerar os recursos disponíveis e o custo de utilização dos mesmos. Nesta fase do processo decisório, é preciso levar em conta também um amplo conjunto de elementos restritivos, entre os quais limitações de caráter legal, políticas, orçamentárias, tecnológicas, de caráter organizacional e de tempo. Processo de tomada de decisões Nos processos de decisão que envolvem a atuação do Estado, há sempre muitos atores envolvidos. Esses atores influirão sobre o processo de decisão defendendo seus interesses e recursos, tanto materiais quanto ideológicos. A presença dessa  5 multiplicidade de atores significa que as decisões não são sempre as mais racionais ou as mais coerentes que poderiam ser adotadas, mas sim o resultado da confrontação entre atores diversos. No momento em que se reconhece a existência de um problema, são apresentadas várias soluções possíveis pelos diversos atores envolvidos. No final, entre as várias alternativas politicamente aceitáveis, chega-se a uma decisão. A partir desse momento, o que era uma das muitas opções se torna uma norma oficial revestida de toda autoridade e força que emana do Estado. É importante levar em consideração que muitas das decisões que não são tomadas, as que são adiadas ou os projetos que são ignorados “podem ter significado político igual ou mais importante que as decisões adotadas. Não agir, ou seja, decidir não atuar, muitas vezes pode ser tão revelador como o fato de tomar decisões e agir”. Modelos de tomada de decisão. Modelo Incremental No Modelo Incremental3 as políticas públicas são vistas como uma continuação das atividades de governo anteriores, com apenas algumas modificações incrementais. Este modelo é considerado politicamente conveniente, pois descreve um processo mais conservador de formulação de políticas. Uma vez que os formuladores aceitam a legitimidade dos programas e projetos estabelecidos e concordam tacitamente em dar continuidade às políticas anteriores, realizam-se apenas acréscimos, decréscimos ou pequenos ajustes nos programas e projetos. Segundo informações do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), o modelo de tomada de decisão 3 https://escoladecontas.tcm.sp.gov.br/artigos/1853-modelos-de-analiseincremental pode ser visto como um processo político caracterizado pela barganha e pelo compromisso entre decisores auto orientados. As decisões limitam-se a decisões sucessivas anteriores, sendo, portanto, apenas marginalmente diferentes das anteriores. Dessa forma, ocorreriam apenas mudanças incrementais no status quo. O uso do incrementalismo decorre de fatores como: a) quando não se dispõe de tempo, informações ou dinheiro para pesquisar todas alternativas em vigor; b) os formuladores de políticas aceitam a legitimidade das políticas anteriores por causa da incerteza quanto às consequências de políticas completamente novas ou diferentes e c) conveniência para os acordos, visto que apenas modificações nas políticas existentes podem reduzir possíveis conflitos, manter a estabilidade e preservar o próprio sistema político. O modelo incremental traz duas constatações ao processo de políticas públicas: 1) Por mais adequada que seja a fundamentação técnica de uma alternativa, a decisão envolve relações de poder; 2) Os governos democráticos não possuem efetivamente liberdade total na alocação de recursos públicos. A principal crítica a este modelo se refere à sua pouca compatibilidade com as necessidades de mudanças necessárias à gestão de programas e projetos, podendo gerar prejuízos à eficiência do Estado e legitimar um viés conservador no processo decisório. Modelo Racional: No Modelo Racional, os governos devem optar por políticas cujos ganhos sociais superem os custos pelo maior valor e devem evitar políticas cujo custos não sejam excedidos pelos ganhos. Dessa de-politicas-publicas  6 maneira, a racionalidade envolve o cálculo de todos os valores sociais, políticos e econômicos alcançados (ou sacrificados) por um política pública. Para selecionar uma política racional, é necessário: (i) Conhecer as preferências valorativas da sociedade; (ii) Conhecer todas as propostas disponíveis; (iii) Conhecer todas as consequências de cada proposta; (iv) Calcular o custo/benefício; e (v) Selecionar a proposta política mais eficiente. Segundo ainda informações do MPOG, neste modelo, a tomada de decisão segue as seguintes atividades sequenciais: - Um objetivo para solucionar um problema é estabelecido. - Todas as estratégias alternativas para alcançar o objetivo são exploradas e listadas. - Todas as sequências significantes de cada alternativa estratégica são previstas e as probabilidades dessas consequências ocorrerem são estimadas. - Por fim, a estratégia que parece resolver o problema ou que o resolve com menor custo é selecionada. Esse modelo parte de um pressuposto ingênuo de que a informação é perfeita e não considera limites cognitivos em se analisar todas as opções de políticas. Tampouco, considera adequadamente o peso das relações de poder na tomada de decisões. Os decisores, muitas vezes, são obrigados a selecionar políticas públicas em bases políticas, ideológicas ou aleatoriamente, sem referência a padrões de eficiência. Há algumas barreiras para a formulação racional das decisões políticas, tais como: a) dificuldade de se traçar benefícios societários consensuais e globais; b) os formuladores de políticas não são estimulados a tomar decisões com base em objetivos societários, mas, ao contrário, podem procurar maximizar suas recompensas, poder e status e c) dificuldades para a coleta de todas as informações necessárias ao conhecimento das possíveis propostas políticas e de suas consequências, incluindo o custo de coleta de informações, disponibilidade de informações e o tempo que essa coleta demandaria. Implementação Uma vez escolhida a alternativa mais adequada para resolver o problema, a fase seguinte consiste na implementação da política pública. A implementação é a aplicação de um programa de ação para resolver o problema, é um processo de relação entre diferentes atores. É a fase em que a “política, até então quase feita exclusivamente de discursos e de palavras, se transforma em fatos concretos. A implementação da política é a continuação da luta política com outros meios e cenários diferentes”. A implementação pode ser entendida como o conjunto de ações, realizadas por grupos ou indivíduos de natureza pública ou privada, que estão direcionadas para atingir objetivos estabelecidos escolhidos em decisões anteriores. São as ações realizadas para fazer com que a política se concretize. A operacionalização das decisões e sua implementação exigem, entre outras coisas: conhecimento técnico específico; informações gerais sobre o tema específico; conhecimento sobre o impacto efetivo das medidas que serão adotadas; levar em consideração os possíveis conflitos que serão gerados; negociação e compromisso com todos os envolvidos. O acompanhamento e o controle das políticas públicas requerem que se leve em conta que muitas políticas representam compromissos entre valores e objetivos conflitantes. O monitoramento é importante porque se trata da análise da implementação  7 da política com base no programa realizado, com o objetivo de identificar as vantagens e os pontos frágeis em sua execução para efetuar os ajustes e as correções necessárias para melhorar seus resultados e impactos. O monitoramento pode envolver processos, produtos e impactos das políticas públicas. Avaliação A avaliação de políticas públicas é uma área de pesquisa aplicada que tem por finalidade avaliar a utilidade e os benefícios da intervenção pública por meio da adoção de um conjunto de técnicas utilizadas em outros campos das ciências sociais. A avaliação é motivada pela constante preocupação para determinar qual deve ser o papel do setor público na sociedade. O surgimento contínuo de significativos déficits públicos pelo aumento do gasto intensificou o debate sobre a utilização dos recursos públicos e seus resultados. No processo de elaboração da política pública, a avaliação é considerada a última etapa. Seu objetivo está focado na avaliação dos resultados da ação política e, por conseguinte, em servir de base para o planejamento da intervenção pública ao longo do tempo, formando parte de um processo de retroalimentação, considerando suas conclusões e recomendações. A concepção de análise de políticas públicas incorpora tanto a pretensão de conhecer os efeitos das políticas executadas como a tentativa de racionalizar a tomada de decisões políticas, aproveitando as lições trazidas pela experiência. Essa busca de racionalidade nas decisões e nas atuações públicas tem se manifestado de diferentes modos especialmente por meio da elaboração de planos e programas concretos de atuação ou por meio da adoção de sistemas orçamentários de acordo com o planejamento e fundamentados em uma lógica técnico-econômica de caráter mecanicista. Esses procedimentos pressupõem que a decisão de intervir é tomada por um único ator, livre, e que os objetivos são definidos de forma explícita e concreta. Mas ocorre que a realidade é diferente. Os objetivos da política são, em sua maioria, declarações de intenções e, por outro lado, as políticas estão sujeitas a revisões contínuas. Além disso, aqueles que tomam as decisões nem sempre buscam a racionalidade técnico econômica, mas soluções socialmente aceitáveis ou politicamente convenientes. Desse modo, as tentativas de buscar racionalidade em um programa ou em uma política esquecem, algumas vezes, que as decisões públicas são negociações políticas e o resultado da mediação de diferentes grupos de interesse. Essa discussão é importante, pois serve para definir o eixo central da avaliação, dando prioridade a determinados aspectos como a gestão eficaz dos recursos, a difusão da cultura de responsabilidade entre os gestores dos programas, a consideração do receptor da política pública como usuário, a preocupação com o conhecimento do impacto da política pública e a necessidade de incorporar a percepção dos participantes nos programas. Desse modo, a avaliação não deve ser vista como a última etapa do processo de planejamento, mas como uma visão integrada em que a avaliação é realizada em todas as fases da concepção dos programas, analisando a pertinência e as coerências dos problemas, objetivos e instrumentos envolvidos, o processo de aplicação do programa e seus resultados. Planejamento das Políticas Públicas O planejamento governamental vai muito além da produção meramente econômica, devendo se envolver nos  8 âmbitos social e ambiental, o que traz para o planejamento a necessidade de articulação durante todo o processo com os atores envolvidos para diminuir a imprevisibilidade quando da sua implementação. O primeiro passo para se implementar um planejamento com alguma possibilidade de êxito é o estabelecimento da dimensão dele, considerando-se que pode ser feito em diversos graus de elaboração, abrangendo partes ou a totalidade de um determinado espaço político administrativo (distrito, município, área metropolitana, estadual ou federal). Há alguns fatores que contribuirão para maior delimitação do objeto de trabalho, como o tempo, o espaço físico e a extensão do plano. Espaço físico: Particularmente, quando o planejamento envolve o país como um todo, é necessário introduzir alguns limites para melhor operacionalização. De todo modo, para fins metodológicos, podem-se classificar, primeiramente, os planos quanto à área ou espaço físico em: nacional, regional e local. Período de duração: O fator tempo remete ao período de duração dos planos, que, de modo bastante subjetivo, podem ser considerados quanto ao prazo: curtos, médios e longos. De modo geral, os planos de até três anos podem ser considerados de curto prazo e decorrem da necessidade de sanar problemas urgentes. Os planos de médio prazo são os que giram em torno dos cinco anos (planos quinquenais, quadrienais etc.) e se ajustam de certo modo com os mandatos governamentais – nas mais variadas instâncias. Os planos de longo prazo são os que possuem duração aproximadamente maior do que dez anos, e se caracterizam por maior complexidade, podendo conter vários planos intermediários de curto ou médio prazo. A extensão do plano: O número de atividades a serem envolvidas diz respeito ao objeto do planejamento propriamente dito, ou seja, aos diversos segmentos da economia que deverão ser atingidos diretamente. Planejamento participativo Na construção da democracia, há necessidade de participação contínua da cidadania para influenciar as políticas públicas e o planejamento estatal em qualquer um dos níveis em que se articula – municipal, estadual e federal. A Constituição Federal de 1988 reforça, em vários de seus artigos, a importância da participação cidadã na tomada de decisões administrativas, principais.

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