CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

domingo, 3 de março de 2024

ESTUDOS SOBRE MEIO AMBIENTE PRO CNU

 


Exemplos - Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins (TO) - Reserva Biológica de Poço das Antas (RJ) Conhecimentos Gerais 128 - Parque Nacional da Lagoa do Peixe (RS) - Monumento Natural das Ilhas Cagarras (RJ) - Refúgio Estadual da Vida Silvestre do Rio Pandeiros (MG) - Área de Proteção Ambiental Margem Esquerda do Rio Negro (AM) - Área de Relevante Interesse Ecológico Ilhas da Queimada Pequena e Queimada Grande (SP) - Floresta Nacional do Tapajós (PA) - Reserva Extrativista Chico Mendes (AC) - Reserva de Fauna Baia de Babitonga (SC) - Reserva de Desenvolvimento Sustentável Estadual Ponta do Tubarão (RN) - Reserva Particular do Patrimônio Natural Salto Morato (PR). Questões 01. (SEDUC/MT – Professor de Educação Básica – SELECON - 2021) A criação e consolidação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza tem como propósito: A - permitir a exploração predatória dos recursos naturais B - promover o desenvolvimento sustentável a partir dos recursos naturais C - desestimular as atividades de pesquisa científica e de monitoramento ambiental D - privatizar o acesso a toda a diversidade biológica do território nacional. Alternativas 01 – B 25 Roberto Peixoto. COP 28 começa nesta quinta; saiba o que está em jogo e o que esperar da conferência sobre a crise do clima. https://g1.globo.com/meio-ambiente/noticia/2023/11/30/cop-28-comecaMEIO AMBIENTE COP 28 começa nesta quinta; saiba o que está em jogo e o que esperar da conferência sobre a crise do clima25 A 28ª conferência do clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP 28, começa nesta quinta (30) em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O evento deve durar cerca de duas semanas e tem um peso fundamental para a ação global contra as mudanças do clima, cada vez mais necessária visto os recentes episódios climáticos extremos no Brasil e no mundo. Por isso, diplomatas de 200 países e diversos chefes de governo estarão presentes. Um dos pontos de expectativa é sobre como será a participação do governo Lula no evento. O presidente participa a partir de sexta-feira (1º) e uma comitiva de diversos ministros é aguardada em Dubai. O que é a COP 28? A COP 28 é 28ª conferência do clima da ONU, um evento que reúne governos do mundo inteiro, diplomatas, cientistas, membros da sociedade civil e diversas entidades privadas com o objetivo de debater e buscar soluções para a crise climática causada pelo homem. A conferência vem sendo realizada anualmente desde 1995 (exceto em 2020, por causa da pandemia) e o termo COP é uma sigla em inglês que quer dizer "Conferência das Partes", uma referência às 197 nações que concordaram com um pacto ambiental da ONU no início da década de 1990. O tratado, chamado de ConvençãoQuadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (CQNUMC), tem como principal objetivo estabilizar a emissão de gases de efeito estufa na atmosfera e, assim, combater a ameaça humana ao sistema nesta-quinta-saiba-o-que-esta-em-jogo-e-o-que-esperar-da-conferenciasobre-a-crise-do-clima.ghtml. Visitado em 04.12.2023 Licensed to ANTONIO LINDEMBERGUE FROTA - ant.frota@gmail.com Conhecimentos Gerais 129 climático da Terra, cada vez mais evidente nos últimos meses. Esse ano, por exemplo, pela 1ª vez, o mundo registrou um dia com temperatura média global 2°C acima da era préindustrial. Aliado a isso, segundo o observatório europeu Copernicus, o mês de outubro de 2023, foi o mais quente já registrado em nível mundial, com uma temperatura média do ar à superfície de 15,3°C, o que representa 0,85°C acima da média de outubro de 1991 a 2020 e 0,4°C acima do outubro mais quente anterior, em 2019. O que deve ser discutido na COP 28? Neste ano, embora diversos temas estejam na mesa, as principais negociações são sobre os seguintes temas: - balanço global (global stocktake), - combustíveis fósseis, - perdas e danos, - financiamento e adaptação climática. Veja a seguir uma explicação para cada um desses tópicos: 1 - Balanço global (global stocktake): avaliação do progresso na implementação do Acordo de Paris O Balanço Global, também conhecido como Global Stocktake (GST), é um processo importante que examina como os países estão cumprindo suas metas em relação às mudanças climáticas definidas pelo Acordo de Paris. Esse é um tratado internacional assinado em 2015, durante a COP21 na capital francesa. Seu principal objetivo é manter o aquecimento global do planeta bem abaixo de 2°C até o final do século e buscar esforços para limitar esse aumento até 1,5°C (algo que está distante da nossa realidade atual). Dá pra dizer que quase todos os países do mundo são signatários do acordo, exceto alguns poucos, como Irã, Líbia, Iêmen e Eritreia. E durante esta 28ª edição da COP, há uma expectativa para a conclusão do primeiro balanço global do acordo. Isso é importante porque a avaliação resultante desse balanço irá orientar os países na definição de políticas climáticas e financiamentos para energia limpa mais ambiciosos, buscando se aproximar da meta de 1,5°C. 2 - Combustíveis fósseis: acordo para eliminação gradual/reduzir uso Stela Herschmann, especialista em Política Climática do Observatório do Clima, destaca também um provável comprometimento global na COP para eliminar gradualmente todos os combustíveis fósseis. Mesmo em meio a um contexto desafiador, com a COP realizada em um país produtor de petróleo, ela espera algum tipo de acordo ou declaração de intenção, apesar das possíveis influências de interesses conflitantes. Herschmann ressalta a urgência da situação, mencionando o prazo de sete anos para reduzir significativamente as emissões de gases de efeito estufa. Em suas palavras, "a ciência nos mostra que a gente não tem mais tempo a perder". Mesmo assim, apesar de tentativas anteriores, como na COP27, de reduzir todos os combustíveis fósseis, surgiram obstáculos, principalmente de nações que favorecem a captura de carbono. Na COP26, as Partes (os estados que participam da conferência, como o Brasil) concordaram em reduzir gradualmente os subsídios aos combustíveis fósseis e o uso do carvão. Isso porque na época, a Índia, apoiada pela China, pediu para substituir a expressão "eliminar gradativamente" por "reduzir gradativamente" no Pacto de Glasgow. Por isso, ambientalistas pediram avanço na discussão sobre o tema no ano passado, mas o texto final de Sharm El-Sheikh manteve os termos originais de Glasgow, ignorando a sugestão dos ativistas. Licensed to ANTONIO LINDEMBERGUE FROTA - ant.frota@gmail.com Conhecimentos Gerais 130 Enquanto há países que explicitamente se opõem à "eliminação" desses poluentes, por outro lado, nações como a França, por exemplo, propõem uma narrativa mais robusta para zerar as emissões até 2030 (uma iniciativa chamada de “ecologia à la Française”). O que persistem então são desacordos sobre o futuro do carvão, petróleo e gás, dificultando as negociações internacionais na cúpula. O problema disso é que a menos que ações mais efetivas sejam tomadas, o aumento da temperatura pode atingir os preocupantes índices de 2,5°C a 2,9°C acima dos níveis pré-industriais, indo muito além das metas do Acordo de Paris, como mostrou um relatório recente da ONU. 3 - Perdas e danos – como compensar os países já afetados Embora essa não seja uma discussão recente, o debate sobre esse tipo de financiamento ganhou muita força ano passado, e sua enfim criação foi apontada como "revolucionária" por organizações como o Observatório do Clima. O termo faz referência aos estragos destrutivos que alguns países não podem prevenir ou se adaptar com seus atuais recursos. Ao longo da COP 27, o apelo para que as nações ricas compensem esses países pobres afetados por eventos extremos finalmente ecoou em um resultado concreto: pela primeira vez na história das conferências do clima da ONU, uma resolução sobre um tipo de financiamento climático a países vulneráveis à crise do clima foi aprovada. Até o momento, no entanto, não está claro de onde sairão os aportes para esse fundo e quais países em específico vão receber a quantia. Discussões sobre isso, como recomendações em relação aos elementos para operacionalização do fundo e outros arranjos de financiamento devem ser realizadas nessa COP - ou até depois dela. "Esse é o ponto agora: a formação do secretariado do fundo. Então algumas coisas processuais serão decididas nessa COP para sua implementação de fato", diz Alexandre Prado - líder em Mudanças Climáticas do WWF-Brasil. Financiamento climático – uma promessa já descumprida Como parte do Acordo de Paris, os países desenvolvidos prometeram aospaíses em desenvolvimento dar US$ 100 bilhões por ano a partir de 2020 para ajudá-los a se preparar para as mudanças climáticas. Apesar disso, esse é meta não vendo sendo cumprida e, por isso, havia uma expectativa de que as negociações da COP 27 selassem alguma medida imediata. Porém, nenhum avanço foi visto nesta questão e a promessa também segue sem definição. 4 - Adaptação – como se preparar para a mudança do clima Este ano, o financiamento é novamente um destaque, não apenas devido às perdas e danos. No âmbito do Acordo de Paris, países desenvolvidos se comprometeram a fornecer US$ 100 bilhões anuais a partir de 2020 para ajudar os países em desenvolvimento a se prepararem para as mudanças climáticas. Desde 2019, o debate sobre financiamento intensificou-se com o retorno dos Estados Unidos ao Acordo de Paris. No entanto, a meta não tem sido cumprida, levando à expectativa de que a COP 28 aborde possíveis soluções. Recentemente, a ONU relatou umaqueda de 15% no financiamento para a adaptação climática dos países em desenvolvimento em 2021, indicando uma estagnação na luta contra o aquecimento global.Rio Negro continua descendo e fica abaixo dos 13 metros em Manaus26 É a primeira vez, em 121 anos de medição, que o nível das águas chega à casa dos 12 metros. Após registrar a pior seca em 121 anos, o Rio Negro continua descendo em Manaus. Desde domingo (22), o nível das águas está abaixo dos 13 metros no Porto de Manaus, onde a medição é realizada diariamente. No domingo, o Rio Negro baixou para 12,99 metros. Nesta segunda-feira (23), o nível caiu para 12,89 metros. É a primeira vez, em 121 anos de medição, que o nível das águas chega à casa dos 12 metros. Para se ter ideia, quando está cheio e preenchendo a orla do Porto de Manaus, o Rio Negro chega a atingir uma cota que varia entre 27 metros e 29 metros. O Rio Negro registrou a maior seca da história há uma semana, no dia 16 de outubro, ao atingir 13,59 metros. Nos dias seguintes, as águas continuaram baixando em ritmo mais lento, em média, até 10 centímetros por dia. De acordo com Jussara Cury, pesquisadora do Serviço Geológico Brasileiro (SGB), antigo CPRM, o nível do Rio Negro deve continuar baixando em Manaus, embora a estiagem já tenha encerrado na calha do Rio Solimões. Influenciado pelas águas do Rio Solimões, o Rio Negro depende da subida das águas no Peru e na tríplice fronteira, onde está situada a cidade de Tabatinga. "Há uma estabilidade nesse processo de subida, desde a região que alimenta o Solimões, como é o caso dos Andes e das estações monitoradas no Peru. [Elas] apresentam o mesmo comportamento, devido às chuvas isoladas na região", disse Jussara. A bacia do Solimões banha nove cidades do Amazonas e represa 70% do nível de água para o Rio Negro. "Mas, para que a gente saia deste cenário de estiagem e passe 26 Eliena Monteiro. Rio Negro continua descendo e fica abaixo dos 13 metros em Manaus. g1. https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2023/10/23/rio-negrocontinua-descendo-e-fica-abaixo-dos-13-metros-em-manaus.ghtml. à estabilidade, e o processo de subida, que seria o início da cheia, precisamos também de chuvas distribuídas ao longo da bacia e isso ainda não aconteceu", afirmou a pesquisadora. Conforme as novas análises da especialista, ainda vai levar tempo para o nível do Rio Negro se estabilizar em Manaus. "Como os níveis da bacia estão muito baixos para a época, estão no intervalo das mínimas, vai levar um certo tempo para essa água que sai lá de cima, das cabeceiras, se distribuir ao longo da bacia", disse. Seca no Amazonas A seca severa afeta a maior parte do Amazonas. Dos 62 municípios que formam o estado, 59 estão em situação de emergência, incluindo Manaus. Do total de municípios, 1 está em alerta e apenas 2 estão em normalidade. O número de pessoas afetadas já passou de 630 mil. ONU elogia rejeição do Marco Temporal pelo STF27 Em nota, porta-voz vê “consequências extremamente graves” caso tese fosse aprovada. Nesta terça-feira (26), a porta-voz do alto comissariado da ONU para os direitos humanos divulgou uma nota onde elogiou a decisão do Supremo Tribunal Federal do Brasil que rejeitou a tese jurídica do marco temporal. Marta Hurtado se mostrou aliviada com a derrubada. Por essa tese, os povos indígenas teriam o direito de ocupar apenas as terras que já ocupavam ou disputavam na data da promulgação da constituição brasileira de 1988. Com a rejeição por 9 votos a 2 ocorrida na última semana, a Suprema Corte mantém o que está escrito desde a data. Visitado em 26.10.2023. 27 Jornal Hoje. ONU elogia rejeição do Marco Temporal pelo STF. Visitado em 27.09.2023 Licensed to ANTONIO LINDEMBERGUE FROTA - ant.frota@gmail.com Conhecimentos Gerais 132 “São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens”, diz a Constituição. A porta-voz da ONU disse que limitar a demarcação desta forma "teria tido consequências extremamente graves", impedindo que comunidades indígenas regressassem às terras de onde tinham sido expulsas. Ela disse ainda que a tese do marco temporal teria perpetuado e agravado as injustiças históricas sofridas pelos povos indígenas do Brasil. Redução forte no consumo de carne equivale a retirar 8 milhões de carros das ruas no Reino Unido, diz estudo28 Pesquisa da Universidade de Oxford identifica pela primeira vez como as dietas com alto e baixo teor de carne impactam o planeta. Se os grandes consumidores de carne do Reino Unido reduzissem a quantidade de carne que comem, isso equivaleria a retirar 8 milhões de carros de circulação. Esta é apenas uma das descobertas de uma nova pesquisa que, segundo os cientistas, apresenta o cálculo mais confiável de como o que comemos afeta nosso planeta. O estudo da Universidade de Oxford, no Reino Unido, é o primeiro a identificar a diferença entre dietas com alto e baixo teor de carne nas emissões de gases de efeito estufa, dizem os pesquisadores (veja abaixo as quantidades de referência usadas na pesquisa). A indústria da carne afirma, por sua vez, que a análise superestimou o impacto do consumo de carne. 28 BBC. Redução forte no consumo de carne equivale a retirar 8 milhões de carros das ruas no Reino Unido, diz estudo. https://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2023/07/21/reducao Peter Scarborough, professor da Universidade de Oxford que liderou a pesquisa, disse à BBC News: "Nossos resultados mostram que setodos no Reino Unido que são grandes consumidores de carne reduzissem a quantidade de carne que comem, faria uma grande diferença", disse. "Você não precisa erradicar completamente a carne da sua dieta." Scarborough faz parte do projeto Livestock Environment And People (LEAP), que entrevistou 55 mil pessoas. Elas foram divididas em: pessoas que comem muita carne (aquelas que consomem mais de 100g de carne por dia, o que equivale a um hambúrguer grande); pessoas que comem pouca carne (cuja ingestão diária é de 50g ou menos, aproximadamente duas salsichas pequenas); pescetarianos; vegetarianos; e veganos. Embora seja bem conhecido que a produção de carne tem uma pegada ambiental maior do que a dos alimentos de origem vegetal, isso nunca havia sido calculado com tantos detalhes, de acordo com Susan Jebb, chefe da agência que regula produtos alimentícios no Reino Unido (FSA, na sigla em inglês) e renomada cientista de nutrição da Universidade de Oxford. Ela não participou da pesquisa. "O que torna essa avaliação diferente é que ela leva em conta a alimentação de pessoas reais e se baseia nos vários métodos -forte-no-consumo-de-carne-equivale-a-retirar-8-milhoes-de-carros-dasruas-no-reino-unido-diz-estudo.ghtml. Visitado em 21.07.2023. Licensed to ANTONIO LINDEMBERGUE FROTA - ant.frota@gmail.com Conhecimentos Gerais 133 de produção que temos no momento", diz ela. "Os pesquisadores avaliaram em um nível muito mais detalhado do que antes a pegada ambiental do que elas estão comendo”. A pesquisa, publicada na revista científica Nature Food, mostra que a dieta de alguém que come muita carne produz uma média de 10,24 kg por dia de gases de efeito estufa que aquecem o planeta. Já uma pessoa que come pouca carne produz quase metade disso, 5,37 kg por dia. E no caso das dietas veganas, o valor é novamente reduzido pela metade, chegando a 2,47 kg por dia. A análise é a primeira a examinar o impacto detalhado da alimentação em outras medidas ambientais ao mesmo tempo. São elas: uso da terra, uso da água, poluição da água e perda de espécies, geralmente causada pela perda de habitat devido à expansão da agricultura. Em todos os casos, as pessoas que comem muita carne tiveram um impacto adverso significativamente maior do que os outros grupos. A Grã-Bretanha utiliza alguns dos métodos mais sustentáveis de produção de carne. E o setor emprega quase 100 mil pessoas, gerando 9,5 bilhões de libras (R$ 58,6 bi) por ano para o Reino Unido. Nick Allen, CEO da British Meat Processors Association, afirmou que as avaliações eram incompletas. ''Uma das frustrações com um relatório como este é que ele analisa apenas as emissões da produção pecuária. Não leva em conta que o carbono é absorvido pelas pastagens, árvores e cercas vivas [nas fazendas]. Se eles levassem esses valores em consideração, você provavelmente teria um quadro diferente.'' Em resposta, Scarborough explicou que vários estudos, incluindo este, concluíram que a absorção de CO2 pelas pastagens tem apenas um ''impacto modesto''. Outro estudo também publicado na revista científica Nature Food, em 2021, concluiu que a produção de alimentos foi responsável por um terço de todas as emissões globais de gases de efeito estufa. E uma revisão independente do Departamento de Meio Ambiente, Alimentos e Assuntos Rurais (Defrat, na sigla em inglês) pediu uma redução de 30% no consumo de carne até 2032, a fim de atingir a meta de emissões líquidas zero do Reino Unido. De acordo com Jebb, pouco foi feito para atingir esta meta. "No Reino Unido ainda não é aceito que estamos comendo uma quantidade de carne inconsistente com nossas metas ambientais. No momento, a conversa não é como faremos isso, mas se é realmente necessário", diz. "As pessoas não estão totalmente convencidas." Ela acrescenta que, além de encorajar as pessoas a mudar sua alimentação, o governo também precisa apoiar os agricultores durante a transição, protegendo seus meios de subsistência. "Nossos agricultores estão se esforçando muito para serem sustentáveis, mais do que em vários outros países, e ainda assim nós, no Reino Unido, estamos colocando mais Licensed to ANTONIO LINDEMBERGUE FROTA - ant.frota@gmail.com Conhecimentos Gerais 134 pressão sobre nossos agricultores para que mudem, e isso é bem difícil se você for um agricultor", afirma. Em resposta, um porta-voz do Defra disse que "as pessoas devem tomar suas próprias decisões sobre os alimentos que consomem". "Atingir a meta de emissões líquidas zero é uma prioridade para este governo e, embora as escolhas alimentares possam ter impacto nas emissões de gases de efeito estufa, a pecuária bem administradatambém oferece benefícios ambientais, como o apoio à biodiversidade, protegendo as características do campo e gerando uma renda importante para as comunidades rurais." 'Mudança climática subterrânea' vira ameaça invisível em grandes cidades pelo mundo29 Impacto do aquecimento proveniente de porões, estações de metrô e outras construções abaixo do solo representam possíveis impactos urbanos, principalmente no longo prazo Sob as altas torres Art Déco do centro de Chicago, suas estradas e suas movimentadas linhas de trem e metrô, a terra está afundando — e não apenas pelas razões que você pode esperar. Desde a metade do século 20, o solo entre a superfície da cidade e o leito rochoso aqueceu 3,1°C em média, de acordo com um novo estudo da Northwestern University. Todo esse calor, que vem principalmente de porões e outras estruturas subterrâneas, fez com que as camadas de areia, argila e rocha sob alguns edifícios diminuíssem ou aumentassem vários milímetros ao longo das décadas, o suficiente para piorar rachaduras e defeitos em paredes e fundações. — Ao seu redor, você tem fontes de calor — disse o autor do estudo, Alessandro F. Rotta Loria, caminhando com uma mochila 29 Raymond Zhong e Jamie Kelter Davis, The New York Times. 'Mudança climática subterrânea' vira ameaça invisível em grandes cidades pelo mundo. O Globo. https://oglobo.globo.com/mundo/clima-epela Millennium Station, um terminal ferroviário suburbano abaixo do vibrante distrito de Loop, em Chicago. — São coisas que as pessoas não veem, então é como se não existissem. Não é apenas Chicago. Nas grandes cidades em todo o mundo, a queima de combustíveis fósseis pelos humanos está aumentando os termômetros na superfície. Mas o calor também está saindo de porões, garagens, túneis de trem, encanamentos, esgotos e cabos elétricos, um fenômeno que os cientistas passaram a chamar de “mudança climática subterrânea”. O aumento das temperaturas subterrâneas leva a túneis de metrô mais quentes, o que pode causar superaquecimento dos trilhos e uma sensação de sauna para os passageiros. E, ao longo do tempo, eles causam pequenas mudanças no solo sob os edifícios, o que pode induzir tensões estruturais, cujos efeitos não são perceptíveis até estarem diante dos olhos. — Hoje, você não está vendo esse problema — disse Asal Bidarmaghz, professor sênior de engenharia geotécnica da Universidade de New South Wales, na Austrália, que estudou o calor subterrâneo em Londres. — Mas nos próximos 100 anos, há um problema. E se apenas sentarmos pelos próximos 100 anos e esperarmos 100 anos para resolvê-lo, isso seria um problema enorme. Termômetro subterrâneo Para avaliar a mudança climática subterrânea em Chicago, Rotta Loria, professor assistente de engenharia civil e ambiental na Northwestern, instalou mais de 150 sensores de temperatura acima e abaixo da superfície de Loop. Ele combinou três anos de leituras desses sensores com um modelo de computador detalhado dos porões, túneis e outras estruturas do distrito para simular como o solo em diferentes profundidades se aqueceu entre 1951 eagora, e como vai aquecer de agora até2051. Perto de algumas fontes de calor, o solo sob os pés dos habitantes de Chicago aqueceu 15°C nas últimas sete décadas, descobriu ele. Isso fez com que as camadas de terra se expandissem ou contraíssem em mais de 1cm sob alguns edifícios. Porém, o aquecimento e a deformação do solo agora estão acontecendo mais lentamente do que no século 20, ele descobriu, simplesmente porque a Terra está mais perto de ser tão quente quanto os porões e túneis enterrados dentro dela. Cada vez mais, essas estruturas permanecerão quentes em vez de dissipar o calor no solo ao seu redor. As descobertas de Rotta Loria foram publicadas nesta terça-feira na revista Communications Engineering. A maneira mais eficaz para os proprietários de edifícios e operadores de túneis resolverem o problema, disse ele, seria melhorar o isolamento para que menos calor vaze para a terra. Eles também poderiam utilizar o calor. Rotta Loria é diretor de tecnologia da Enerdrape, uma start-up na Suíça que fabrica painéis que absorvem o calor ambiente em túneis e garagens e o usam para acionar bombas de calor elétricas, reduzindo as contas de serviços públicos. A empresa instalou 200 de seus painéis em um estacionamento de supermercado perto de Lausanne como um projeto piloto. O professor propositadamente não incluiu um fator em suas estimativas de aquecimento subterrâneo em Chicago: a mudança climática na superfície da cidade. O clima quente aquece as camadas superiores do solo. Mas os cálculos dele assumem que as temperaturas do ar em Chicago permanecem em seus níveis médios recentes até 2051 - ou seja, suas estimativas não incorporam as projeções dos cientistas do clima para o futuro aquecimento global. Eles também não levam em conta o fato de que, à medida que continuamos aquecendo o planeta, os grandes edifícios provavelmente usarão mais ar-condicionado e bombearão ainda mais calor residual para o solo. A razão para essas omissões, disse Rotta Loria, é que ele está tentando descobrir uma estimativa conservadora para o aquecimento subterrâneo, não um cenário de pior caso. — Isso já mostra que há um problema — disse ele. O gabinete do prefeito de Chicago, Brandon Johnson, não respondeu aos pedidos de comentários. Em busca de amostras Em uma manhã recente, Rotta Loria e Anjali Thota, uma candidata a doutorado em engenharia civil da Northwestern, levaram um repórter e um fotógrafo para um passeio por sua rede de sensores de temperatura, que traçam uma espécie de cidade invisível sob a cidade. Rotta Loria disse que a Autoridade de Trânsito de Chicago não permitia que ele instalasse sensores nas estações de metrô por medo de que as pessoas os confundissem com detonadores de bombas. Mas ele e sua equipe conseguiram colocar sensores em muitos outros locais conhecidos (e outros menos conhecidos): em plataformas de trens suburbanos e em entradas de serviço atrás de arranha-céus, no arborizado Millennium Park e na Wacker Drive. Os próprios sensores são indefinidos: uma caixa de plástico branca com um botão e duas luzes indicadoras. Eles custaram US$ 55 (R$ 267) cada. As informações de temperatura que eles coletam - uma leitura a cada minuto ou uma a cada 10 minutos, dependendo da localização - são baixadas em um telefone via Bluetooth, o que significa que o professor e seus alunos devem visitá-los pessoalmente periodicamente para coletar os dados, por volta de 20 mil registros por dia no total. Muitos dos sensores foram roubados ou desapareceram ao longo dos anos, deixando 100 em serviço. No Millennium Garages, um complexo de estacionamento subterrâneo, um deles está amarrado a um cano atrás de uma coluna.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

EXPRESSE O SEU PENSAMENTO AQUI.